DESCENDENTES LIBANESES NO PODER

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O brilhante advogado Ricardo Duailibe é mais um descendente libanês a conquistar um lugar de destaque na estrutura estatal do Maranhão. Na última sexta-feira, em sessão solene, no Tribunal de Justiça, assumiu o elevado cargo de desembargador, após ser o mais votado da lista sexta preparada pela Ordem dos Advogados do Maranhão e o colocado em primeiro lugar na votação da lista tríplice que o Poder Judiciário encaminhou à governadora Roseana Sarney a qual, sem pestanejar, o nomeou para integrar a cúpula do TJ do Estado.
Ricardo faz parte da segunda geração da família Duailibe, neto do patriarca Salim Nicolau, casado com Linda Salim, com a qual teve uma prole de doze filhos. Chegando ao Brasil no começo do século passado, vindo de Monte Líbano, Salim estabeleceu-se definitivamente em São Luis, onde se firmou como um dos comerciantes mais categorizados da Praia Grande, o grande centro polarizador do sistema produtivo do Maranhão, no século passado.
Fiz todo esse intróito para evocar a enorme contribuição que os libaneses ao longo do tempo prestam ao Maranhão em todas as áreas do conhecimento humano. Os primeiros imigrantes do Líbano aqui aportados, com o sangue fenício nas veias, optaram pelas atividades comerciais, antes, porém, ganharam a vida como mascates no interior do Brasil.
Os libaneses abraçaram o comércio de maneira impetuosa e aguerrida e assim se impuseram na sociedade maranhense, onde amealharam recursos suficientes para ter uma boa qualidade de vida e proporcionar aos filhos, aqui nascidos, condições de estudarem em bons colégios e ocuparem um lugar ao sol como profissionais competentes, conceituados e respeitados.
Um olhar mais atento na cena maranhense pode-se evidenciar em toda a plenitude a nossa afirmação. Não é à toa que vamos encontrar, em São Luis, um significativo e brilhante número de descendentes da primeira e da segunda geração libanesa em plena ação laboral, seja no setor público ou privado.
Como ilustração, vejamos os filhos ou netos de libaneses que ocuparam cargos de relevância nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário do Maranhão, a partir da redemocratização do país em 1946.
Na área do Executivo, o primeiro a exercer o cargo de governador, ainda que interinamente, foi César Aboud, na condição de presidente da Assembleia Legislativa. Substituiu Eugênio Barros, em março de 1951,enquanto este aguardava o julgamento dos recursos contra sua diplomação e posse no Superior Tribunal Eleitoral.
O segundo, Alfredo Duailibe, vice-governador. Assumiu o governo em função da renúncia do titular Newton Bello, dias antes de José Sarney ocupar o cargo em janeiro de 1966.
O terceiro, Antônio Jorge Dino, vice-governador. Ocupou o cargo de governador quando o titular em função da lei de desincompatibilização, deixou o governo para disputar as eleições de senador em outubro de 1970.
O quarto: José Murad, vice-governador. Chegou ao poder, em março de 1975, antes da posse do titular, Nunes Freire, que se encontrava em tratamento de saúde, em Belo Horizonte.
Por último, Ribamar Fiquene, vice de Edison Lobão. Exerceu o cargo de governador em abril de 1994, face à renúncia do titular, que se desincompatibilizara para concorrer às eleições ao Senado da República.
Na esfera do Poder Legislativo, que sejam lembrados os nomes de deputado estaduais, filhos ou netos de libaneses que tiveram atuações marcantes como representantes do povo maranhense: César Aboud, Emílio Biló Murad, Benedito Buzar, Antônio Dino, João Jorge, Joaquim Itapary, José Lamar, Nagib Haickel, José Elouf, Benedito Saback Tomé, Riod Ayoub Jorge, Antônio Carlos Braid, Mauro Fecury, Joaquim Haickel, Socorro Waquim, Teresa Murad, Ricardo e Eduardo Braid.
Nessa relação, encontram-se cinco parlamentares que chegaram à presidência do Poder Legislativo do Estado: César Aboud, Nagib Haickel, José Elouf, Antônio Carlos Braid e Ricardo Murad.
Na órbita do Poder Judiciário, que se realcem as figuras dos desembargadores Ives Miguel Azar, Jorge Rachid Mubarack Maluf e Jamil Gedeon, como representantes do universo libanês no Maranhão.
Jorge Rachid e Jamil Gedeon, pelos méritos pessoais e jurídicos foram alçados à Presidência do Tribunal de Justiça.
Extrapolando da área institucional para a cultura, tendo como referência a Academia Maranhense de Letras, não se pode esquecer os acadêmicos Salomão Fiquene, João Mohana, Joaquim Itapary, Benedito Buzar e Joaquim Haickel, com assento naquele sodalício. Os dois primeiros descendentes da primeira geração libanesa. Os três últimos da segunda geração.

3 comentários para "DESCENDENTES LIBANESES NO PODER"


  1. Emilio Carlos Murad

    Meu querido amigo e imortal Buzar, lembro que na relacao de deputados estaduais faltou o nome de Sebastiao Murad. Um grande abraco e parabens pela mensagem.

  2. Emilio Carlos Murad

    Meu querido amigo e imortal Buzar, lembro que faltaram os nomes de Sebastiao Murad e Cloves Fecury. Um grande abraco.

  3. Emilio Carlos Murad

    Meu querido amigo Buzar…
    Voce esqueceu os nomes de Sebastiao Murad(deputado estadak)e Cloves Fecury(deputado federal). Um grande abraco.

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