Professores do Município não abrem mão das férias de julho e atrasarão ainda mais o ano letivo

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Em comunicado divulgado ontem, o Sindicato dos Trabalhadores do Magistério da Rede Pública Municipal de São Luís (Sindeducação) informa que a entidade não firmou qualquer acordo com o prefeito João Castelo (PSDB) em relação às férias de julho e que por isso os professores não abrirão mão do período de descanso. A decisão da categoria retardará ainda mais o ano letivo e dificultará o cumprimento da promessa feita pelo secretário municipal de Educação, Albertino Leal, de que o calendário será cumprido integralmente, mesmo com o início tardio das aulas em razão das reformas nas escolas.

“As férias dos servidores do magistério são garantidas por lei e devem ser cumpridas de forma integral, inclusive com o pagamento do adicional de 1/3”, diz o comunicado. “O Município de São Luís tem a obrigação de suspender as aulas no mês de julho para o gozo das férias coletivas do magistério”, assinala o sindicato, mais adiante.

O Sindeducação ressalva que os trabalhadores podem negociar as férias com os gestores escolares. “Essa é uma faculdade, não uma obrigação. O acordo deve ser uma decisão individual de cada servidor”, pontua a entidade.

Ao não abrir mãos de suas férias e com isso atrasar ainda mais o calendário letivo, os professores criam mais um embaraço a João Castelo. E o que é pior, o problema surge no exato momento em que a campanha eleitoral começa a se intensificar.

Além dos transtornos causados aos estudantes, o caos em um setor crucial como a educação também pode resultar em desgaste político, pois dá aos adversários munição de sobra para fazer frente ao prefeito e os estimula ainda mais a tentar tomar-lhe o mandato.

Segue o comunicado na íntegra:

Foto: Biaman Prado/O Estado do Maranhão

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