Violência volta a disparar na Ilha

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Elisãngela Carvalho Azevedo, assassinada na Ilhinha, foi uma das vítimas da violência em julho (Foto: Douglas Jr.)
Elisãngela Azevedo, assassinada na Ilhinha, foi uma das vítimas da violência em julho (Foto: Douglas Jr.)

O número de mortes violentas registradas na Ilha de São Luís voltou a disparar, de acordo com as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública (SSP). No mês passado ocorreram 89 casos na capital, em São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, somando homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte, mortes em presídios e delegacias, confrontos com a polícia, crimes a definir e mortes com causa a esclarecer. Agosto também começou tenebroso e apenas nos primeiros quatro dias contabilizou 15 assassinatos.

O número elevado de homicídios registrado desde o mês passado, que este ano só foi menos sangrento do que janeiro, quando ocorreram 103 mortes violentas, contraria a tendência verificada de abril a junho. Nesse período houve queda significativa na quantidade de mortes violentas. Em junho, por exemplo, a redução foi 18% em relação a maio, mesmo com as festas juninas e com a euforia causada pelos jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo.

É fato que a grande maioria das mortes violentas está relacionada a acertos de contas entre traficantes de drogas e a rixas entre facções criminosas. Os bandidos costumam se matar entre si, mas também aterrorizam os cidadãos de bem. Prova disso é o número elevado de latrocínios registrado este ano, até agora: 17.

A ousadia dos criminosos é um componente a mais para a carnificina. Até o dia 21 de julho, quando foi registrado o último caso, 23 pessoas já haviam morrido em confronto com a polícia em bairros diversos. Bem armados, muitos bandidos não hesitam em trocar tiros com as forças de segurança, mas quase sempre levam a pior.

A recente elevação dos índices de violência requer uma resposta imediata e eficaz do sistema de segurança pública. A Polícia Militar precisa intensificar sua presença nas ruas, enquanto a Polícia Civil deve redobrar o empenho nas investigações. Só assim a violência que voltou a assombrar a população recuará novamente.

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