Prefeitura reafirma postura de diálogo com sindicato dos professores

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Secretário Geraldo Castro Sobrinho reiterou o empenho do município na negociação com o sindicato para o fim da greve
Secretário Geraldo Castro Sobrinho reiterou empenho do Município na negociação com sindicato para o fim da greve

A Prefeitura de São Luís reafirmou a disposição para o diálogo com o Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de Ensino de São Luís (Sindeducação). O posicionamento do Município foi explicitado mais uma vez nesta terça-feira (19) pelo secretário municipal de Educação, Geraldo Castro Sobrinho, durante entrevista às rádios Educadora e Difusora AM.

O secretário lembrou que já foram realizadas sete reuniões até agora, sempre com a presença do Ministério Público Estadual (MPE), por meio da titular da 2ª Promotoria Especializada em Educação, Maria Luciane Belo. O esforço para continuar com as negociações tem ocorrido mesmo após o movimento de paralisação dos professores ter sido decretado ilegal pela Justiça do Maranhão e pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e mesmo com invasão ao prédio da Prefeitura.

“É uma inverdade dizer que este governo não negocia. Foi confirmada a ilegalidade da greve, mas ainda assim nos interessa o diálogo, porque os impasses devem ser resolvidos. Temos conduzido este processo de negociação participando de todos os passos para que se chegue ao entendimento, buscando desarmar os espíritos. Apostar no confronto não beneficia a categoria”, declarou Geraldo Castro Sobrinho.

O titular da Educação lembrou que a Prefeitura está trabalhando para atender às reivindicações do movimento dentro das atuais possibilidades financeiras, respeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ele explicou que essas limitações, cumprimento da LRF e queda da arrecadação, ocorrem na maioria dos municípios brasileiros, não sendo a capital maranhense um caso isolado.

“Assim como a categoria, levada pelo sindicato, está esperando uma proposta, também a Prefeitura, levada pela responsabilidade, está dando passos para que as coisas sejam possíveis. Não tomaremos, porém, nenhuma medida que possa quebrar o município ou comprometer as folhas de pagamento”, afirmou o secretário.

Geraldo Castro Sobrinho enfatizou que quase a totalidade dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais do Magistério (Fundeb) já é utilizada para o pagamento da folha de professores. Ele lembrou que no ano passado, foi possível conceder um reajuste salarial de 9,5% a categoria e também diversas progressões salariais que estavam pendentes.

Outras ações

O secretário destacou ainda os avanços que estão sendo obtidos pela Prefeitura e que foram reforçados na mesa de negociação, a exemplo da regularização funcional de servidores, com a consequente concessão de aposentadorias que estavam estacionadas. Outro importante passo para a Educação foi a regularização do calendário escolar, assim como a aquisição de 40 ônibus para transporte escolar dos estudantes da zona rural.

Para sanar o antigo déficit de professores na rede municipal de ensino, a Prefeitura realizou no ano passado processo seletivo simplificado, contratando mais de 600 professores. Agora, o Município trabalha para realizar o primeiro concurso público na área em vários anos, com a convocação dos aprovados à medida que a saúde financeira do Município for estabilizada. A comissão para elaborar o edital do certame já está constituída, e conta inclusive com a participação de integrantes do Sindeducação.

Fonte: Secretaria Municipal de Comunicação (Secom)

3 comentários para "Prefeitura reafirma postura de diálogo com sindicato dos professores"


  1. Heitor Muniz

    O que falta para esses professores para deciderem acabar com essa greve? Pq o Ministério Público e Gerald Castro já estão a disposição para tentarem encontrar uma solução sensata para todos. Só que do jeito que está sendo colocado, não to botando muita fé por parte dos professores, por questões políticas. Se não deciderem, tá na hora de mandar embora quem não quer, de fato, trabalhar.

  2. Mayrla Fonseca

    A disposição do secretário em pôr fim a greve é clara, mas os professores não parecem ter interesse em voltar à sala de aula. Isso deve ser porque diferente de nós, pais que não podem pagar escola particular, dependemos da boa vontade dos professores para ter nossos filhos na escola. O salário deles nem sequer foi suspenso. Eu se faltar ao trabalho, fico sem receber. Isso não é justo!

  3. Claudia Gomes

    Quem garante que tudo isso é verdade?É necessário que os contrários a greve saibam que nós professores não estamos querendo apenas “reajuste salarial”.Esse famoso dialogo que o senhor secretário ilusoriamente prega e que vocês acreditam não existe pois se existisse a categoria não mais estaria em greve.Lutamos por escolas dignas,com água,ventilação adequada,material didático,iluminação…Infelizmente,provar para vocês que a categoria tem razão só fizermos o convite para visitarem “as escolas de qualidade” que muitos sequer conhecem.Sou professora,tenho orgulho de ser e não me envergonho em dizer que apesar dos insultos de muitos eu de certa forma também patrocino a escola onde trabalho, de que forma?tirando do pouco que ganho que alguns dizem ser muito para comprar material didático.Ah e para o comentário feito acima do senhor Heitor os professores grevistas são concursados e embora seja o desejo de muitos demiti-los em um momento como esse seria dar um tiro no pé.

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