Convencidos de que seu candidato vencerá a eleição logo no primeiro turno, aliados do comunista Flávio Dino já começaram a montar uma lista de prováveis secretários estaduais. Alguns chegam até a apostar neste ou naquele nome para compor o primeiro escalão do futuro governo dinista, como se o resultado das urnas já estivesse sacramentado, em uma atitude ao mesmo tempo precipitada e contaminada pela arrogância.

Um dos nomes tidos como certos para compor o secretariado é o do deputado estadual e candidato à reeleição Raimundo Cutrim (PCdoB). Segundo os apoiadores de Dino, reeleito ou não, Cutrim retornará ao comando da Segurança Pública do Estado, pasta que já ocupou por duas vezes, somando quase 10 anos no  cargo.

Outro indicado seria o Professor Carvalho, fundador do antigo Colégio Aprovação e ex-coordenador do escritório político do então deputado federal Flávio Dino. Ele vem sendo apontado como futuro titular da Educação. Em 2010, Carvalho disputou a eleição de deputado federal, mas não obteve êxito. O professor é filiado ao PCdoB de Dino, de quem é contemporâneo da época de estudante do curso de Direito na Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

A outra aposta é o jornalista Márcio Jerry, ex-secretário municipal de Comunicação de São Luís e atual presidente estadual do PCdoB. Aliado de todas as horas e amigo pessoal de Dino, Jerry seria o futuro chefe da Casa Civil. A indicação encontra pelo menos um obstáculo: o deputado estadual e coordenador político da campanha comunista, Marcelo Tavares, que também é apontado como aspirante à pasta.

Outros nomes vêm sendo ventilados nos bastidores da oposição, mas com menos força. Como o palanque de Dino é movido por diversos interesses conflitantes, a gestão, mesmo sem a confirmação das urnas, começou a ser loteada desde já.

Empolgados com o resultado das últimas pesquisas eleitorais, principalmente a do Ibope, instituto que até então desqualificavam, os comunistas já cantam vitória antes da hora, mas falta combinar com o eleitor.