Os 120 teleatendentes do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) continuam amargando a defasagem salarial, situação que impõe aos pais e mães de família graves dificuldades financeiras. Os profissionais alegam que a baixa remuneração que recebem (1 salário mínimo, que hoje é R$ 788,00) não condiz com a jornada de trabalho extenuante e a responsabilidade da função.

Como se não bastasse o salário de miséria, os teleatendentes, vinculados à empresa Supritech, que presta serviço à Secretaria de Segurança Pública (SSP), denunciam que também tiveram o plano de saúde suspenso por falta de pagamento. Para piorar, o pagamento do vale-refeição ao qual têm direito atrasa com frequência – o do mês de março só foi repassado no final da manhã desta sexta-feira.

Os trabalhadores alertam que o descaso compromete o teleatendimento, principal canal de comunicação entre a população e as forças de segurança pública. Sentindo-se desvalorizados, alguns profissionais têm faltado ao serviço com frequência, desfalcando as equipes a cada plantão.

Importância

Os teleatendentes realizam um serviço de extrema importância: receber, fazer a triagem e direcionar as ligações emergenciais feitas pela população à Polícia Militar por meio do telefone 190. Os profissionais são divididos em seis turmas de 19 operadores, cada uma com um supervisor, que se revezam durante as 24 horas do dia e nos sete dias da semana.

Além do trabalho estressante e o salário injusto, os teleatendentes comparam os próprios vencimentos à remuneração paga aos monitores do sistema de videomonitoramento e aos teleatendentes do Disque Denúncia, que ganham bem mais.