Mudança, a mentira mais sórdida

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dia da mentiraHoje, 1º de abril, é Dia da Mentira, uma data associada à frivolidade, mas que no Maranhão do presente deve ser levada a sério, tamanha a desfaçatez de um governo que se elegeu pregando um discurso de mudança, que jamais se confirmou na prática. De novidade mesmo só os métodos mais mesquinhos e odiosos já registradas na história do estado, que empurram os maranhenses de volta à pobreza, dando vazão a um único sentimento: a desesperança.

No Maranhão de hoje o desemprego bate à porta clamorosamente, frustrando todas as expectativas de progresso de outrora e desmentindo categoricamente a promessa de igualdade e justiça social difundida em palanque pelos atuais donos do poder. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, revelam que só em janeiro e fevereiro deste ano – portanto, nos dois primeiros meses da era Flávio Dino – foram fechados 6.369 postos de trabalho no estado.

O episódio mais recente a confirmar essa estatística dramática foi o anúncio da demissão de 650 empregados da Alumar, um duro golpe na economia local, que gera sobressalto em todos os outros setores produtivos.

A promessa de paz também não passou de balela. A verdade é que a violência campeia pavorosamente, enchendo de dor e sobressalto as famílias. Independente da classe social, a insegurança mostra a sua face impiedosa a cada dia. Nesta quarta-feira, por exemplo, São Luís foi acordada com a notícia macabra do latrocínio de um estudante em pleno Centro, um grave atentado à sociedade, que chocou ainda mais por ter ocorrido em plena luz do dia, na região mais movimentada da cidade.

O pior é que não há qualquer indício concreto de que esse quadro será alterado. A ação governamental nesse sentido não vai além de um discurso mal engendrado, desconstruído por sucessivos erros e omissões e, obviamente, pela escalada do crime.

Os maranhenses também foram enganados com promessas de melhorias na saúde, na educação, na infraestrutura e em tantas outras áreas de competência do governo. O atendimento hospitalar, revolucionado na gestão passada, agora passa por crise, materializada pela falta de médicos, enfermeiros e outros profissionais, sucateamento e superlotação de UPAs e outras unidades de saúde e até atrasos salariais, um caso flagrante de descaso com a vida.

Dezenas de escolas têm o quadro de professores desfalcado e precisam de reformas emergenciais, pendências que comprometem drasticamente o ensino e o aprendizado. Os investimentos em infraestrutura são pífios. Não há qualquer plano para recuperação de rodovias estaduais. As estradas que cortam a Ilha de São Luís, por exemplo, têm trechos quase intrafegáveis. A situação não é nova, mas, a julgar pelo que foi prometido, a tão esperada recuperação deveria ser prioridade.

Eleito com votação expressiva, o governador Flávio Dino vai perdendo a credibilidade em meio a tantas promessas não cumpridas. Para desgosto do povo, o Dia da Mentira remete à triste realidade vivida hoje em dia no Maranhão.

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