Seria mesmo o fim da agiotagem no Maranhão?

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Prefeito de Bacuri, Richard Nixon Monteiro dos Santos, foi preso sob acusação de envolvimento com agiotagem
Prefeito de Bacuri, Richard Nixon Monteiro dos Santos, foi preso sob acusação de envolvimento com agiotagem

Será que o esquema de agiotagem envolvendo prefeituras do Maranhão está mesmo com os dias contados? Levando em conta os resultados das últimas operações realizadas pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), com apoio providencial do Ministério Público, a resposta é sim. Mas, para evitar precipitações, é preciso esperar os fatos se desdobrarem por completo.

Nas primeiras horas de hoje, foram presos o empresário e suposto agiota Josival Cavalcanti da Silva, o Pacovan, os prefeitos Richard Nixon Monteiro dos Santos (Bacuri) e Edvan Costa (Marajá do Sena), além do ex-prefeito de Marajá do Sena Perachi Roberto Moraes e do contador daquele Município, José Epitácio Muniz Silva, o Cafeteira. Os maranhenses assistiram, portanto, a mais um capítulo de uma história com desfecho ainda imprevisível.

Resta saber se a polícia estadual agirá com a mesma diligência quando os alvos das investigações forem os peixes graúdos que, sabidamente, ganham fortunas promovendo a sangria dos cofres públicos. Estaria o governo disposto a levar o caso até o fim? Só o tempo dirá.

A repressão à agiotagem e aos que dela sobrevivem requer muita boa vontade dos atuais governantes. O combate efetivo à relação criminosa entre prefeitos e usurários travestidos de empresários/fornecedores depende de vários fatores.

O enfrentamento está condicionado, por exemplo, ao rigor e à eficiência das investigações, que devem estar muito bem fundamentadas para que haja a devida punição. Em meio à imprevisibilidade do caso, duas perguntas pertinentes não querem calar:

– Estariam os atuais donos do poder convictos de que as consequências não respingarão nas paredes alvas do Palácio dos Leões?

– Ou estaria o governo disposto a cortar na própria carne?

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