Em 4 anos, segundo delegado é preso em Açailândia por cometer crimes na função

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Delegado Thiago Philip e seus comparsas usavam a autoridade policial para perpetrar crimes

Açailândia assistiu hoje, estarrecida, à prisão de mais um delegado de Polícia Civil lotado no município. É o segundo em quatro anos e o motivo é o mesmo: corrupção no exercício do cargo. Em junho de 2013, após aprofundada investigação, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) mandou para a cadeia a delegada Clenir Pereira, acusada de extorsão. Desta vez, foi para trás das grades o delegado Thiago Filipin, que, assim como a colega, assumiu o papel de bandido, mesmo estando investindo na função de agente da lei.

Se a prisão Clenir Pereira abalou a credibilidade do sistema de segurança, a detenção de Thiago Philip foi desmoralizante para a polícia. Isso porque além do delegado, foram presos um investigador, uma escrivã, um carcereiro e um advogado. Os cinco são acusados pelo Ministério Público de formar uma quadrilha cujo modus operandi consistia na violação de um dos direitos humanos mais sagrados: a liberdade.

A ação do delegado e dos seus quatro cúmplices, que vinham sendo investigado pelo MP desde o ano passado, se dava da seguinte forma: uma pessoa era presa sem que fosse instaurado qualquer procedimento contra ela. Daí, entrava em cena o advogado, cuja função era simular um acordo com o Thiago Filip para que o indivíduo detido fosse solto.

Ato contínuo, o o causídico voltava informando ao preso, que àquela altura também já havia se tornado vítima, que o processo era longo, mas que se pagasse um valor “x” os autos que dariam origem ao inquérito simplesmente sumiriam. E assim era feito.

O delegado, o investigador, o escrivão, o carcereiro e o advogado foram encaminhados a São Luís em um helicóptero do Grupo Tático Aéreo (GAT). Espera-se punição exemplar à quadrilha, cujos métodos comprovaram que a banda podre da polícia do Maranhão opera em várias frentes e de forma cada vez mais audaciosa e sofisticada.

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