Clínica Eldorado: mentiras e omissões de Flávio Dino favoreceram escândalo nacional

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Internautas manifestaram repúdio às justificativas dadas por Flávio Dino ao aluguel e reforma da clínica

O aluguel e reforma da Clínica Eldorado poderia ter se resumido a um mero vício de gestão, perfeitamente sanável no âmbito administrativo, não fossem as mentiras e omissões do governador Flávio Dino (PCdoB), que fizeram o episódio ganhar status de escândalo nacional. A ocultação do negócio, sobre o qual pairam suspeitas de favorecimento, as versões desencontradas fornecidas pelo comunista e o desequilíbrio verbal exibido por ele ao tentar se defender são indícios mais do que suficientes de que há algo controverso no fato.

A sucessão de mancadas protagonizadas pelo governador maranhense começou tão logo o Bom Dia Brasil, da Rede Globo, denunciou o pagamento de quase R$ 2 milhões pela locação e por obras de adaptação do prédio para abrigar o Hospital de Traumatologia e Ortopedia (HTO), com data de inauguração ainda indefinida.

Flávio Dino mentiu ao afirmar que os R$ 903 mil gastos pelo governo na reforma da clínica particular serão ressarcidos por meio de descontos nas parcelas do aluguel. O próprio contrato de locação desqualificou a justificativa, pois em sua oitava cláusula diz claramente que “as benfeitorias úteis, desde que autorizadas, não serão indenizáveis”. Ou seja, os donos do imóvel não estão obrigados, contratualmente, a compensar financeiramente o Estado pelas melhorias feitas em seu bem com uso de dinheiro público.

Cláusula 8 do contrato desmente Flávio Dino ao prever que gastos do governo com a reforma não serão ressarcidos pelos donos da clínica

Quanto à omissão, esta se configurou quando o comunista permitiu que a reforma da clínica, cujo prazo de conclusão era de 90 dias, se arrastasse por mais de um ano e atrasasse a entrega do hospital. Houve, ainda, um agravante: nesse período, o aluguel mensal, fixado em R$ 90 mil, vem sendo pago normalmente. Não fosse a postura vigilante da parcela da imprensa não alinhada ao Palácio dos Leões, o Estado continuaria bancando a despesa sem qualquer retorno, com lamentável desfaçatez e sob o manto da impunidade.

Placa informa que obra custou R$ 903 e que prazo de conclusão era de 90 dias, extrapolado por pura omissão do governador

Flagrado em mais um ato lesivo ao erário, por meio de aluguel de imóvel pertencente a um membro do seu governo, o comunista recorreu à sua habitual estratégia de culpar adversários políticos. Dessa vez, não colou, como provam os inúmeros comentários de reprovação feitos por internautas em resposta às suas postagens nas redes sociais.

Eleito legitimamente pelo voto popular, Flávio Dino exerce o poder com toda a supremacia que o mandato lhe confere, sem nunca abrir mão da autoridade, que faz questão de reafirmar a cada discurso e a cada gesto.

Prerrogativas do cargo à parte, é notória a crise de credibilidade que atinge a imagem do governo, o que prova que a soberania do comunista está comprometida, pois já lhe falta poder de convencimento.

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