Sucesso maranhense além mar: dupla mostra de Meireles Jr. em Portugal

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Momentos especiais da mostra do fotógrafo Meireles Jr. em Portugal

Como bem descreveu o escritor português Fernando Pessoa “todo homem de ação é essencialmente animado e otimista”. E também “somos do tamanho de nossos sonhos”, por isso “viajar é preciso, viver não é preciso”.

Essas célebres frases são perfeitas para descreverem a jornada do fotógrafo e designer maranhense Meireles Jr. Um otimista sonhador, que não mede esforços para viabilizar seus projetos culturais, e revelar ao mundo as belezas do Maranhão através da sua arte na fotografia; sempre de forma independente e com apoio de patrocínios importantes, como o do Grupo Potiguar e do Governo do Estado, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, entre outros apoios empresariais.

Dessa vez, celebrando os 28 anos de uma premiada carreira na fotografia, Meireles Jr. levou à terra de Fernando Pessoa a mostra de fotos do seu décimo livro bilíngue (português e inglês) “Joias da Arquitetura Civil Portuguesa – Casario de São Luís do Maranhão”. Trata-se de uma ampla pesquisa sobre o tema, e que retrata verdadeiras joias da arquitetura pombalina, fotografadas por ele em São Luís e nas cidades portuguesas de Lisboa, Porto, Braga, Coimbra, Sintra, Guimarães e Fátima.

O projeto encantou os portugueses, nos dois eventos que foram promovidos nas cidades vizinhas de Póvoa do Varzim e Braga, no último dia 14 de março. O périplo foi um verdadeiro desafio logístico para Meireles Jr, que estava acompanhado da esposa Andreia Carolina e dos filhos João Guilherme e Maria Eduarda (Duda).

Mas o sucesso não poderia ser maior ou melhor: Público super qualificado e muitos elogios ao maranhense, inclusive na imprensa portuguesa. O primeiro evento foi viabilizado com o apoio do também maranhense Francisco Rocha, e aconteceu a tarde, na icônica Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, que leva o nome do avô de Chico Rocha. E foi prestigiado por diversos expoentes culturais da região, a exemplo de Tomás Carneiro, Presidente do Museu Internacional de Arte Contemporânea de Póvoa do Varzim e Dr. Afonso Queiroz, Pres. da Fundação Gramaxo de Oliveira.

Para Lurdes Adriano, Diretora da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto “o evento foi fantástico e nos sentimos entre amigos, que se reuniram para conhecer paisagens magníficas reveladas na obra, nos trazendo belas memórias e insights para grandes projetos futuros”.

Detalhe: Meireles Jr. teve a honra de usar a mesa na qual também já autografaram seus respectivos livros anteriormente, muitos autores renomados, a exemplo do Presidente José Sarney.

Em seguida, aconteceu uma animada noite de autógrafos e mostra de fotos, no badalado restaurante Dona Pipa de Rogerio Lima e da Chef Mônica Almada Lima, na cidade vizinha de Braga; com direito a pocket show de MPB dos músicos Cláudio e Cacau Oliveira. Entre muitos brindes e autógrafos, Meireles Jr. celebrou sua jornada como um embaixador do Maranhão no mundo, missão que ele tão bem desempenha a cada obra que lança.

Nos dois eventos em Portugal, Meireles Jr. fez questão de agradecer as empresas que o ajudaram a realizar mais esse sonho: Ceuma, Martins & Nogueira, Indubrima, Ideia Propaganda, InterMídia Comunicação, Target Veículos; além do Restaurante Dona Pipa (Braga) e da Biblioteca Municipal Rocha Peixoto (Póvoa do Varzim).

“Voltamos a Portugal para apresentar um trabalho de resgate arquitetônico. Esse décimo livro tem um significado muito especial para mim e sou muito grato aos patrocinadores e apoiadores que viabilizaram a chegada desse projeto em Portugal. Meu intuito foi nos aproximar dos europeus através da fotografia, e mostrar aos portugueses o porquê da capital maranhense ser reconhecida como Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco. Como legado desse esforço, que fique o fomento ao turismo, novos projetos culturais entre os dois países, e o meu apelo à conservação dessa riqueza única que é o Centro Histórico de São Luís” enfatizou Meireles Jr.

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DUPLO ANIVERSÁRIO: APAE DE SÃO LUÍS E CAEE ENEY SANTANA CELEBRAM CINCO DÉCADAS DE INCLUSÃO E TRANSFORMAÇÃO DE VIDAS

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A APAE de São Luís e o CAEE Eney Santana celebraram cinco décadas de inclusão e transformação de vidas

Um dia marcado por sorrisos, abraços e uma imensa dose de gratidão: Assim foi a celebração do 53º aniversário da APAE de São Luís e do 52º aniversário do Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE) Eney Santana, que aconteceu na sede da entidade na última segunda-feira (25.03).

A celebração começou com um momento cívico, com a participação da Banda do 24º Batalhão de Infantaria Selva do Exército, que através da música deu um tom ainda mais solene ao momento do hasteamento das bandeiras. Em seguida foi realizada uma cerimônia ecumênica, que reverenciou os valores de inclusão, solidariedade e amor ao próximo, pilares fundamentais das duas instituições.

A Assessora Jurídica Dra. Conceição Lima Melo Rolim da Apae de São Luís entre os seus irmãos Raimundo Alberto e Joaquim Felipe Jr. que foram homenageados

Um momento emocionante foi a apresentação teatral dos alunos do CAEE Eney Santana, que encenaram a trajetória de sucesso da APAE de São Luís, representando a figura dos fundadores Expedito Alves de Melo e Antônia Lima Zeile de Melo, a saudosa Dona Antoninha (ambos in memoriam). Cada cena foi um tributo à resiliência, determinação e conquistas daqueles que lutam diariamente pela inclusão e igualdade de oportunidades das pessoas com deficiência.

Em seu discurso a Presidente da instituição, Arionildes da Silva e Silva, expressou profunda gratidão a todos que estão engajados nessa causa; reconhecendo a jornada árdua e inspiradora dos envolvidos, desde os fundadores visionários até as famílias e alunos que diariamente são fontes de inspiração com suas conquistas.

“Neste momento, é importante lembrarmos daqueles que nos precederam, dos visionários e pioneiros que fundaram esta instituição com base no amor, na compaixão e na determinação. Dr. Expedito Alves de Melo e sua saudosa esposa Dona Antoninha, que juntamente com um grupo de pais e amigos, deram o primeiro passo nessa jornada que hoje continuamos com tanto zelo e dedicação”, destacou a atual Presidente da APAE de São Luís.

A Presidente da Apae de São Luís, Arionildes Silva e Silva, expressou profunda gratidão a todos que estão engajados nessa causa

A ocasião também marcou o lançamento da nova marca da Radio Web APAE de São Luís e do Informe APAE de São Luís, um novo canal de comunicação sobre tudo o que acontece na instituição “Porque Comunicar Também é Incluir”. Além disso, as novas redes sociais da instituição – Linkedin, TikTok e Kwai – foram oficialmente inauguradas, fortalecendo os laços com a comunidade e com objetivo de alcançar novos parceiros.

Ao longo de mais de cinco décadas, a APAE de São Luís tem sido um verdadeiro farol de esperança e transformação, oferecendo suporte integral nas áreas de educação, saúde, trabalho e defesa de direitos das pessoas com deficiência. O CAEE Eney Santana, por sua vez, tem desempenhado um papel fundamental na formação educacional e ética de pessoas com deficiência intelectual ou múltipla, adaptando-se continuamente para atender às necessidades do presente e do futuro.

Celebração dos 53º aniversário da APAE de São Luís e dos 52º aniversário do Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE) Eney Santana

Em meio às festividades, uma mensagem ecoa com clareza: A jornada pela inclusão está longe de terminar, mas juntos, com amor e dedicação, somos capazes de superar qualquer obstáculo.

A APAE de São Luís e o CAEE Eney Santana renovam seu compromisso de continuar sendo agentes de mudança e esperança, construindo um futuro onde todos terão o direito de sonhar e alcançar seus objetivos.

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A passagem de Derrick Morgan por São Luís

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Derrick Morgan

Derrick Morgan desembarcou no Brasil em 26 de outubro de 2011, precisamente em São Luís, MA, onde fez sua única apresentação no país. Estive presente no Aeroporto Internacional Marechal Cunha Machado para recepcioná-lo, juntamente com diversos fãs e colecionadores de reggae que estavam lá para autografar seus discos de vinil. Em uma breve conversa comigo, Derrick disse que já tinha ouvido falar em São Luís e sua história sobre o reggae. Destacou também a escolha do seu repertório do show, voltado para o reggae roots, diferentemente de seus shows habituais focados no ska.

Derrick Morgan e DJ Waldiney

Derrick ficou conhecido em São Luís por seus álbuns gravados nos anos 70 e 80, muitos deles em colaboração com seu cunhado, Bunny Lee.

Acompanhado de sua esposa, Nellie Morgan, que o auxilia nos palcos devido à sua visão comprometida, seu show ocorreu em 29 de outubro e contou com a banda Capital Roots. Não faltaram “Angela”, “Two Times”, “Babylon Is Public Enemy” e “Sunday Monday”. A baiana Fabiana Rasta, que residia em São Luís na época, emocionou o público ao interpretar “I’m Living”, originalmente gravada por Derrick ao lado de Hortense Ellis.

Derrick Morgan, DJs e colecionadores de vinis

No dia seguinte ao show, Derrick participou de uma confraternização conosco e amigos de Belém e Fortaleza que vieram prestigiar seu show, organizada pelo produtor Rubens Star.

Nessa ocasião, tivemos a oportunidade de apresentar a ele nossa coleção de discos de vinil, o que o deixou bastante feliz. Derrick Morgan completa nesta quarta-feira 84 anos. Ele é uma das maiores lendas do reggae mundial, tendo sua música como fonte de inspiração para muitos.

Seu filho Merrick Morgan costuma compartilhar momentos sobre seu pai no Instagram, e no ano passado, Derrick gravou um dubplate para o Reggae Point da Mirante FM.

Que a música de Derrick Morgan continue a encantar e inspirar gerações futuras.

djwaldiney

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Porto do Itaqui apoia Via Sacra do Anjo da Guarda e fortalece relação porto-cidade

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Jesus Cristo, vivido pelo ator Jorge Smith, cai diante da numerosa plateia, durante um dos mais emocionantes trechos da Via Sacra do Anjo da Guarda, que todos os anos impressiona milhares de pessoas

São Luís – O Porto do Itaqui reforça, mais uma vez, seu compromisso com a comunidade ao apoiar a Via Sacra do Anjo da Guarda, um espetáculo cultural que se tornou tradição na região do Itaqui Bacanga, contribuindo para o enriquecimento cultural da Grande Ilha.

Nos dias 28 e 29 de março, o bairro do Anjo da Guarda se prepara para receber o espetáculo ao ar livre que, neste ano, chega à sua 43ª edição, com o tema “Humanidade: Uma Poética de Expressão Coletiva”, explorando o papel vital da humanidade na construção de uma convivência harmoniosa na sociedade.

O apoio do Porto do Itaqui não apenas promove a realização do evento cultural, mas também fortalece os laços entre o porto e a comunidade local. Gilberto Lins, presidente do Porto de Itaqui, destaca que “a Via Sacra do Anjo da Guarda é mais do que uma simples apresentação artística; é um espetáculo moldado com o esforço conjunto de muitas mãos, incluindo ativamente os moradores locais em todas as etapas. É uma honra apoiar e participar dessa história, fortalecendo ainda mais nossa relação com a comunidade do entorno do Porto”.

Segundo a organização, a preparação do espetáculo iniciou desde outubro do ano passado. Aproximadamente 1.800 pessoas têm se dedicado para garantir o sucesso desta que é a maior apresentação teatral ao ar livre realizada no Maranhão. Sob a liderança do Grupo Grita, responsável pela concepção da Via Sacra desde 1981, centenas de moradores do Anjo da Guarda e áreas adjacentes participam ativamente, atuando como atores, equipe de produção e técnicos.

Ao longo de mais de quatro décadas, a Via Sacra do Anjo da Guarda tem atraído um público total superior a 2 milhões de espectadores, consolidando-se como um evento marcante no calendário cultural do estado e um importante motor econômico e turístico.

Participação direta

Zezé Lisboa, uma das fundadoras do Grupo Grita e diretora do espetáculo, enfatiza a importância da participação direta da comunidade em todas as fases do evento. “O cenário, construído com muita cooperação e solidariedade, transforma-se no palco perfeito para a representação da Via Sacra, proporcionando uma experiência única e interativa para o público. O apoio do Porto do Itaqui é fundamental para lidarmos com a grandiosidade deste espetáculo”, declara.

Carpinteiros, costureiros e diversos outros voluntários trabalham de mãos dadas para tornar o espetáculo possível, destacando o poder transformador da arte e da colaboração comunitária.

Com uma duração de aproximadamente quatro horas, o espetáculo envolve 47 membros no elenco principal, além de inúmeros figurantes e assistentes de produção. Nos dois dias de apresentação, estima-se a presença de mais de 350 mil espectadores, com o apoio da Polícia Militar garantindo a segurança e o bem-estar de todos os presentes.

“Porto do Itaqui e o Grupo Grita são uma só entidade, pois todos nós trabalhamos em prol do desenvolvimento da região do Itaqui Bacanga. É extremamente gratificante contar com o apoio deste importante aliado para o progresso do Maranhão”, enfatiza Claudio Silva, diretor do espetáculo.

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Seis horas em um domingo chuvoso de março

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Num domingo de março, resfriado e com dor na garganta, resolvi não sair de casa e assisti há três filmes: “Os Rejeitados”, “Uma Vida – A História de Nicholas Winton” e “American Ficcion”, na companhia de minha inseparável esposa, Jacira.

Foram na verdade mais de seis horas, contando com os intervalos para ir ao banheiro ou a cozinha providenciar alguma coisa para beliscar e beber, e para atender uma ou outra chamada ao celular, mas foram as melhores horas que nós poderíamos ter passado em um domingo chuvoso de março.

Esses três filmes não podem deixar de serem vistos, pois são o que há de melhor atualmente no cinema e nas plataformas de filmes.

Não vou fazer uma crítica mais aprofundada de nenhum deles. Quem desejar uma crítica que procure uma nos diversos sites disponíveis para isso. Vou falar um pouco de minha percepção sobre eles, de como eles me tocaram.

“Os Rejeitados” como nome diz, trata de um grupo inusitado de pessoas que por algum motivo e de alguma forma não estavam inseridos entre aqueles que estavam “convidados” em alguns aspectos ou para algum evento ou ocasião. O mais interessante é o ambiente em que transcorre a ação e as pessoas envolvidas nela, uma escola elitista de Massachussets, um controverso professor, alguns alunos problemáticos, um em particular, uma cozinheira da escola…

A simplicidade como a história é contada e o foco que a história e a direção dão a cada personagem, são que há de melhor, além das maravilhosas performances dos atores. Não percam!

“Uma Vida – A História de Nicholas Winton” faz chegar até nós a notícia real da existência de um herói quase totalmente desconhecido, que salvou 669 crianças da morte certa nas mão dos infames nazistas, numa cidade de Praga dominada durante os eventos que culminaram com a Segunda Guerra Mundial.

Nicholas Winton, que teve sua heroica história conhecida do público apenas no final dos anos 1980, quase 50 anos depois de a ter realizado, ficou depois conhecido como o Schindler inglês, por ter realizado façanha semelhante a do lendário empresário alemão retratado por Spielberg no cinema. Também imperdível.

Por fim assistimos “American Ficcion”, que com todo respeito deveria ganhar um Oscar especial e não apenas o de melhor roteiro adaptado. O Oscar especial deveria ser pela grande quantidade de ironia certeira e humor inteligente e refinado disparado contra uma sociedade hipócrita que coloca pessoas e grupos sociais em gavetas e prateleiras como se fossem meros objetos.

Ironizar e rir de si mesmo é para mim uma das fórmulas infalíveis do sucesso, seja de um livro, de um filme ou de qualquer outro tipo de manifestação intelecto-cultural, ou quem sabe psicossocial.

Mas de tudo o que eu mais gostei e me realizei foi que no final da noite, depois de mais de seis horas, minha esposa, Jacira, se virou para mim e num tom grave e eloquente, proferiu uma sentença certeira: “Esse filme é sobre você, meu bem!” .

Eu explico! Jacira estava se referindo ao fato de em 1990 eu ter feito uma coisa muito semelhante ao que fez o personagem principal deste filme, o Monk. Eu apresentei um conto em uma oficina ministrada pelo famoso Caio Fernando Abreu como tendo sido escrito pelo controverso roteirista e diretor de cinema, David Linch, quando na verdade ele fora escrito realmente por mim. O conto se chamava “Pelo Ouvido”, e como a obra de Monk, no filme, mais tarde se tornou realmente uma produção cinematográfica de sucesso.

Filmes são viagens eternas e não podem ser perdidas.

PS: Caso você deseje assistir ao filme “Pelo Ouvido”, acesse o link:  https://www.youtube.com/watch?v=f_IPEo0xmac&list=PL1CRSF1DLcjy3I099RjYmPinddfHsKxfz&index=4

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