Um sonho para compartilhar.

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Eu tive um sonho… E no comecinho, do que me lembro dele, vi o reverendo Martin Luther King, que me dizia: “Se estás tentando me plagiar tens que colocar o verbo ‘ter’ no presente!” Mas eu não queria plagiar descaradamente o líder dos direitos civis! Eu tive mesmo um sonho no qual eu havia me elegido governador do Maranhão.
Elegi-me pelo PCB e meus maiores cabos eleitorais eram Maria Aragão e João do Vale. Estava nas mídias nacionais e internacionais como o primeiro governador eleito pelo Partido Comunista Brasileiro. Fui recebido por Prestes, que naquela altura havia até ressuscitado, tal qual Cristo, só para me dizer do orgulho que sentia por ver que logo o Maranhão, um lugar tão atrasado, havia dado ao Brasil seu primeiro governador comunista.
Eu convoquei, para me assessorar, os melhores quadros que havia nas fileiras dos exércitos que me levaram a aquela privilegiada posição. Nessa hora, dentro de meu próprio sonho, lembrei-me de gigantes da história mundial e de algumas de suas famosas frases como aquela do sonho do senhor King, que não se deveria perguntar o que nosso país poderia fazer por nós, mas nos colocarmos a fazer coisas em benefício de nosso país como falou JFK, que o comunismo não é amor, mas um martelo com o qual se deve golpear o inimigo, segundo o mestre Mao ou aquela outra, também dele, que diz que a bosta do gado é mais útil que os dogmas, pois com ela se faz estrume…
De repente meu sonho saltou no tempo e no espaço, e fui parar em um imenso auditório onde eu falava em mandarim para uma atenta plateia de membros do PC chinês, que me ouviam falar sobre as oportunidades de negócios no Brasil, especialmente no Maranhão, e eu os convidava para implantarem algumas indústrias aqui, para que aproveitassem o aço que iria ser produzido pela siderúrgica que o governo chinês e a Baoshan Iron & Steel Co iriam construir no mesmo lugar onde outrora seria a Refinaria Premium, da Petrobrás.
Meses antes, isso aparece em flash back em meu sonho, meu governo havia feito um acordo com a Petrobrás e ficamos com o terreno e com as obras ali realizadas por ela, e oferecemos aos comunistas chineses, para que nele fosse instalado todo um complexo industrial que garantisse ao Maranhão o progresso do qual tanto precisamos.
Abruptamente, no meio de meu sonho, aparece Ademir Santos gritando: “Se tu estás pensando em escrever domingo, sobre esse teu sonho, trata de sonhar pouco, pois só tens 3.200 toques!”. Peguei um susto tão grande que até acordei. Mas como faço desde muito jovem, sou capaz de voltar para os sonhos que porventura sejam interrompidos por um despertar inapropriado.
Voltei a dormir e a sonhar que eu era governador do Maranhão e que estava trazendo para nosso Estado grandes investimentos industriais que de forma encandeada, fariam do nosso estado uma grande potência econômica de nosso país.
Em meus devaneios oníricos, fazíamos negócios com Andrew Carnegie e com Cornelius Vanderbilt, um no setor de aço e o outro no setor de ferrovias.
Meu sonho era o sonho de um megalômano, um maluco com um pouquinho de informação e um pouco menos de cultura que sabe até dormindo das excelentes condições geográficas e logísticas de nosso Estado que favorecem a grandes empreendimentos, e de como atrairmos os chineses para cá, para implantarem uma siderúrgica e no entorno dela construírem outras indústrias de transformação e exportação para o mercado sul-americano! Isso seria equivalente a inventar a pólvora, que é criação dos mesmos chineses.
Reconheço que meu sonho é difícil de realizar-se, mas acredito que todos nós, principalmente quem mais pode fazer esse sonho se transformar em realidade, deveria sonhá-lo um pouquinho.

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