UEMASUL promove Encontro Maranhense de Ciências Agrárias

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A Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL) promove, de 20 a 24 deste mês, em seu campus, em Imperatriz, a quinta edição do Encontro Maranhense de Ciências Agrárias. Na programação, minicursos e palestras.

Participam estudantes dos cursos de Engenharia Agronômica, Engenharia Florestal, Medicina Veterinária, Zootecnia e áreas afins e produtores da Região Tocantina. O evento é aberto às pessoas interessadas.

O tema é Agroecologia, Transição Agroecológica na Busca de Produção de Alimentos Saudáveis. Entre os palestrantes, a veterinária Carolina Mura Ramos, especialista na área de Clínica e Cirurgia e Reprodução de Equinos e professora da UEMASUL.

Site com inforamções, programação e acesso a inscrição

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Site do Clube de Engenharia do Maranhão é opção de pesquisa

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O  site do Clube de Engenharia do Maranhão (CEM) é uma boa opção de consulta para profissionais e estudantes das engenharias.

A plataforma, que ganhou novo visual neste mês de agosto, oferece diversos serviços e disponibiliza notícias.

Entre os serviços, o acesso a inscrições, conteúdos, calendário e programação dos cursos, palestras e visitas técnicas disponibilizadas pelo CEM ao público.

Há espaço de acesso a descontos a cursos de pós-graduação oferecidos por meio de convênio entre o CEM e a Instituição de Ensino Superior (IES) Navigare.

O novo visual proporciona uma navegação fácil e descontraída, com interinidade rápida e opções de consulta a plataformas afins.

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Acadêmicos de Medicina são recebidos para Internato no HU-UFMA

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O Hospital Universitário da UFMA, vinculado a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, recebeu na manhã desta segunda-feira, 30, mais uma turma do curso de Medicina da UFMA para iniciar o internato na instituição. Durante 24 meses, 44 alunos vão vivenciar in locoas práticas das áreas de saúde coletiva, clínica médica, pediatria, ginecologia, obstetrícia e cirurgia geral.  Esta é a centésima turma do curso de medicina da UFMA.

Na solenidade de acolhimento, além da superintendente do HU-UFMA, Joyce Santos Lages, estavam presentes a gerente de Ensino e Pesquisa, Rita da Graça Carvalhal; a coordenadora do curso de Medicina da UFMA, Maria do Carmo Lacerda Barbosa; a coordenadora do internato hospitalar, Adriana Lima Reis e a coordenadora do Internato em Pediatria, Feliciana Pinheiro.

O internato hospitalar corresponde a um estágio obrigatório nos últimos dois anos do curso de graduação em medicina. Nele, o acadêmico tem supervisão direta de um médico responsável pelo serviço e é acompanhado por residentes. Proporciona o aprimoramento e o acúmulo de experiência para a tomada de decisões clínicas e a destreza em procedimentos médicos.  A turma inicia o internato no HU-UFMA pela área da pediatria, percorrendo posteriormente as diversas áreas.

O período de estágio tem por objetivos específicos consolidar os conhecimentos e habilidades adquiridas pelo acadêmico nos oito primeiros semestres letivos do curso de medicina por meio da interação com usuários e profissionais da saúde; possibilitar ao aluno a atuação nos diferentes níveis de atenção à saúde através do contato com problemas reais, para que o mesmo possa assumir responsabilidades crescentes como agente prestador de cuidados e atenção; e estimular o senso crítico do aluno, aguçando a responsabilidade do processo de aprendizagem no decorrer de sua vida profissional.

A superintendente do HU-UFMA, Joyce Lages, ressaltou a oportunidade que os acadêmicos têm de estagiar no maior hospital da rede MEC. “O Internato é um feito importante, que a gente coloca como mérito muito grande do curso de Medicina da UFMA, mas com uma parcela significativa do HU. Vocês estão tendo uma chance única de estarem aqui, no maior campo de prática dos cursos da área das ciências da saúde. Aproveitem ao máximo essa experiência e nos ajudem contribuindo cada vez mais com o nosso crescimento”.

A acadêmica Edith Mendonça Batista disse esperar que suas expectativas sejam correspondidas. “É a hora de vermos se o Internato é tudo o que realmente escutamos falar: bastante enriquecedor, a oportunidade de consolidar tudo o que aprendemos. Será o momento de interagir com a equipe multiprofissional e vivenciar a rotina do paciente, entendendo o caso, acompanhando a sua evolução, vendo o quão diferente é a doença no livro e na vida real”.

O estudante Talysson Martins Rodrigues se mostrou bastante motivado com essa nova etapa da sua formação. “Esse é o momento em que todo acadêmico sedimenta seus conhecimentos adquiridos ao longo da parte do ciclo básico, do ciclo clínico, conseguindo ter maior responsabilidade, uma visão bem mais prática da atividade do médico. Sempre pensei em ser cirurgião e essa é a oportunidade de passar em grandes áreas e desenvolver as habilidades para poder fazer um bom atendimento à comunidade”.

Divulgação: Assessoria de Comunicação do HU Ufma

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A volta do sarampo; tire as dúvidas sobre a vacina

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A BBC News Brasil entrevistou especialistas da área de saúde com relação a vacina contra sarampo, doença que ameaça voltar ao Brasil depois de ter sido extinta.

O surto no Brasil, por enquanto, se concentra nos estados Amazonas e Roraima, mas o vírus já começou a se espalhar para outras regiões.

No Rio de Janeiro, 2 casos já foram confirmados e outros 14 são investigados. Sete casos já foram confirmados no Rio Grande do Sul, além de 2 casos no Mato Grosso e 1 em São Paulo.

No total, são 995 casos de sarampo registrados no Brasil entre 1º de janeiro e 23 de maio, sendo 475 confirmados, com 3 mortes.

Sarampo é uma doença que pode ser transmitida por contato com secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou pelo ar, estando no mesmo ambiente que uma pessoa infectada

Neste mês, o Ministério da Saúde alerta para que se redobre a atenção contra o sarampo por vários motivos.

No mundo todo, o número de casos registrados de sarampo aumentou em 30% no ano passado. Foram 173.330, 41 mil a mais do que em 2016. Destes, 775 casos foram na região das Américas.

O sarampo era considerado erradicado nas Américas desde 2016, segundo certificado emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Ministério da Saúde orienta que devem ser vacinadas todas as pessoas – com exceção de gestantes e pessoas com imunidade afetada – entre os 12 meses de vida e os 49 anos que nunca tenham se vacinado contra o sarampo ou que não sabem se foram ou não imunizadas.

Como prevenir o sarampo?

Existem medidas de prevenção contra o sarampo, mas a imunização por meio das vacinas é a única medida eficaz contra o sarampo. Por isso, o Ministério da Saúde busca vacinar 95% da população de 6 meses a 49 anos.

Além das vacinas, as pessoas podem adotar demais medidas, como: higienizar as mãos com água e sabão antes das refeições, antes de tocar os olhos, a boca e o nariz, assim como após tossir, espirrar, ir ao banheiro ou cumprimentar pessoas. Ao tossir e espirrar, deve-se proteger a boca e o nariz com lenços descartáveis e nunca espirrar nas mãos; caso não tenha um lenço descartável, recomenda-se espirrar no antebraço, próximo ao cotovelo. Evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados são outras medidas de prevenção contra a transmissão do sarampo.

O sarampo é uma doença infecciosa grave, extremamente contagiosa, que pode afetar qualquer pessoa, de qualquer idade, que não tenha anticorpos contra a doença.

Entre as várias complicações que o vírus pode causar estão a pneumonia e as alterações neurológicas, como convulsões, confusão mental, alucinações, fraqueza e perda de sensibilidade. Essas complicações costumam ser mais severas em crianças desnutridas e menores de um ano de idades.

A doença também pode deixar sequelas graves para o resto da vida. “As mais comuns são as neurológicas e podem ocorrer durante a doença ou até vários anos após a infecção”, informa o médico infectologista.

Grávidas     

Gestantes não devem receber a vacina e há indicação de se evitar a gravidez por pelo menos 28 dias após a vacinação porque ocorre o risco teórico de efeitos maléficos para o feto, apesar desse risco nunca ter sido provado na prática.

Bebês

Devem tomar a vacina, mas somente os bebês a partir dos seis meses de vida podem ser vacinados contra o sarampo.

Tomei uma dose na infância. Estou protegido?

Não. Quem não tomou duas doses a partir dos 12 meses de vida não está adequadamente protegido, ainda está com algum nível de suscetibilidade. Em caso de dúvidas se está ou não totalmente protegido, o melhor é revacinar-se.

Todos podem se vacinar?

Dois grupos não devem tomar a vacina tríplice viral sem prescrição médica: grávidas, conforme explicado acima, e pessoas com a imunidade baixa.

Qual a idade correta para tomar vacina?

A tríplice viral deve ser tomada aos 12 meses de vida. Já a tetravalente viral deve ser tomada aos 15 meses.

Pelo Programa Nacional de Imunizações, os adultos até os 29 anos de idade deverão receber duas doses com a vacina tríplice viral. Pessoas de 30 a 49 anos de idade devem receber uma dose”, explica a epidemiologista Tatiana Noronha, pesquisadora da unidade Bio-Manguinhos, da FioCruz, uma das produtoras da vacina tríplice viral.

É proibido em alguma idade tomar vacina para sarampo?

Sim, recém-nascidos e bebês abaixo dos seis meses de vida não devem tomar nenhuma das vacinas contra o vírus.

Já tive sarampo. Preciso me vacinar?

Pega-se o sarampo apenas uma vez na vida: quem já foi infectado pelo vírus, nunca mais terá a doença.

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Quanto menos você dorme, mais curta será sua vida

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Você provavelmente está farto de ouvir líderes políticos e empresários falarem o tempo todo que dormem muito pouco. O problema é que isso não é uma característica admirável: a falta de sono é muito prejudicial para nossos corpos e cérebro.

Matthew Walker, professor de neurociência e psicologia, da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, explica por que você deveria parar de admirar pessoas que dormem pouco. Walker é autor de Por Que Dormimos, um livro com o potencial de mudar (e estender) sua vida

Ela explica tudo o que você deve saber sobre o sono e como desenvolver hábitos de vida mais saudáveis.

Por que dormir é importante

As descobertas da ciência até agora apontam que quanto menos tempo de sono, mais curta será a sua vida. Então, se você quer chegar à velhice de maneira saudável, deve investir em uma boa noite de sono.

De fato, dormir é tão benéfico que Walker começou a pressionar os médicos a prescreverem isso a seus pacientes.

No entanto, essa indução ao sono tem de acontecer naturalmente. Muitos estudos relacionam remédios para dormir a um aumento do risco de câncer, infecção e mortalidade.

  • Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionNosso corpo e nossa mente não funcionam direito se a noite foi mal dormida

O que acontece com nosso corpo e nossa mente se não dormimos?

Muitas das doenças de que sofremos têm uma ligação significativa com a falta de sono – por exemplo, o mal de Alzheimer, câncer, doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes, depressão, ansiedade e até mesmo tendências ao suicídio.

É que, durante o sono, ocorre uma espécie de “revisão” de todos os sistemas fisiológicos importantes do nosso corpo e de cada rede ou operação da mente. Se você não dorme o suficiente, essa revisão é prejudicada e seu corpo será afetado

Após 50 anos de pesquisa científica, a questão na cabeça dos cientistas não é mais “o que o sono faz pela gente?” e sim “o que não faz o sono pela gente?”.

Quantas horas devemos dormir para nos sentir bem?

Você deve dormir pelo menos de sete a nove horas por dia. Se dormir menos de sete horas, seu sistema imunológico e seu desempenho cognitivo começarão a ser afetados.

Depois de estar acordado 20 horas seguidas, você se sentirá tão incapacitado quanto se estivesse bêbado – tanto que um dos problemas com a privação de sono é que você não percebe de imediato o dano que ela causa.

É como um motorista bêbado em um bar que pega as chaves do carro e diz: “Estou bem, posso dirigir”. Mas todo mundo ao redor sabe que ele está incapacitado para assumir a direção de um veículo.

Cada vez dormimos menos. Por quê?

Se analisamos os dados das nações industrializadas, notamos uma tendência clara: nos últimos cem anos, o tempo que dormimos diminuiu.

Se dormimos menos, é mais difícil entrar na fase REM (movimento rápido dos olhos, na sigla em inglês), o ciclo em que sonhamos. E qualquer interferência na fase REM é muito prejudicial, pois ela é crucial para a nossa criatividade e saúde mental.

Existem várias razões pelas quais as pessoas dormem cada vez menos, segundo Walker:

1 – Falta de conhecimento: A comunidade científica sabe como é crucial dormir bem, mas, até agora, não foi capaz de comunicar efetivamente isso para o público em geral. A maioria das pessoas não entende por que o sono é importante.

2 – Ritmo de vida: Em geral, estamos trabalhando mais horas e passamos mais tempo indo e vindo do trabalho. Saímos de casa muito cedo e voltamos para casa tarde da noite e, naturalmente, não queremos deixar de passar tempo com a família e com os amigos. Estar com a família, sair com os amigos, assistir TV… no final, sacrificamos horas de sono.

3 – Atitudes e crenças: O sono não é bem visto pela sociedade. Se você disser a alguém que dorme nove horas, pensarão que você é preguiçoso. Então, estigmatizamos o sono, e muitas pessoas se gabam de quão pouco dormem todas as noites. Isso nem sempre foi assim. Ninguém vai chamar de preguiçoso um bebê dormindo, porque sabemos que o sono é essencial para seu desenvolvimento. Mas essa noção muda quando atingimos a idade adulta. Não apenas abandonamos a ideia de que o sono é necessário, mas também punimos as pessoas por dormir quando precisam.

4 – Falta de luz natural: Não gostamos de ficar sem luz quando escurece. Mas a escuridão é necessária para liberar um hormônio essencial que nos ajuda a dormir, chamado melatonina. Infelizmente, um dos efeitos colaterais da modernidade e seus avanços tecnológicos é que estamos constantemente sob luz artificial. Isso piorou com a chegada das telas de LED, que projetam uma poderosa luz azul que bloqueia a produção da melatonina.

5 – Temperatura: Outro efeito colateral inesperado da modernidade é não mais experimentarmos o fluxo natural de frio e calor durante o período de 24 horas. Todos queremos lares quentes, mas também precisamos de um pouco de ar fresco para dormir bem. Nosso cérebro e nosso corpo precisam reduzir essa temperatura central, aproximadamente 1°C mais baixa, para que possamos relaxar de maneira natural. A maioria de nós coloca o aquecimento em nível muito alto: se você quiser dormir bem, programe seu termostato a 18ºC à noite.

Por que não recuperamos as horas de sono perdidas

Identificados os erros, mas será que o dano pode ser revertido?

Uma das grandes mentiras é que, se você não dormiu bem, pode “recuperar o sono”. Não pode. O sono não é como um banco, em que você pode acumular uma dívida e depois pagá-la.

Mas é o que muitas pessoas fazem: dormem pouco durante a semana e querem se recuperar durante o final de semana. Isso é chamado de jet lag social ou até mesmo bulimia do sono. O que você pode fazer, na verdade, é mudar seus hábitos.

Estudos mostram que pessoas que antes dormiam mal, mas mudam sua rotina e começam a dormir mais, evitam a deterioração degenerativa e o mal de Alzheimer por mais de dez anos, em comparação com pessoas que mantiveram um padrão de sono insuficiente.

Por que não podemos armazenar o sono?

Imagine quão maravilhoso seria se pudéssemos armazenar horas de sono e usá-las como gostaríamos.

Há um precedente na biologia chamado de célula adiposa. A evolução nos deu essa célula, graças à qual podemos armazenar energia em tempos de abundância que nos permite sobreviver em tempos de fome.

Então, por que não desenvolvemos um sistema semelhante para armazenar o sono?

Porque somos a única espécie que, deliberadamente, se priva do sono sem motivo aparente.

É por isso que mesmo uma única noite de sono ruim pode afetar nosso corpo e nosso cérebro.

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O que seu computador sabe de você?

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Com dados e imagens da BBC Brasil

Computador

Nossos computadores pessoais são como armazéns em que acumulamos todo tipo de coisas: desde fotos da infância e vídeos com os amigos até músicas marcantes e textos íntimos. As máquinas guardam tudo isso em arquivos compostos por uns e zeros, um código de dígitos binários (bits) que eles são capazes de compreender e traduzir imediatamente.

As combinações diferentes de bits criam arquivos de tamanhos diferentes: oito bits fazem um byte; 1.000 bytes são um kilobyte; 1.000 kilobytes formam um megabyte; 1.000 megabytes, um gigabyte; e 1.000 gigabytes recebem o nome de um terabyte.

E todos esses bytes armazenados em um disco rígido permanecem ali para sempre – a não ser que você o destrua ou que ele seja danificado.

 

A BBC investigou quanto é possível descobrir sobre uma pessoa analisando apenas o interior de seu computador.

Durante três meses, um casal de Lincolnshire, no leste da Inglaterra, recebeu um laptop para usar no dia a dia.

Depois desse período, o especialista em informática forense Thomas Moore se encarregou de revisar os dados dentro da máquina. E os resultados foram… “inquietantes”, segundo ele.

“Não sei qual é o nome dessas pessoas, mas consegui descobrir uma grande quantidade de coisas sobre sua identidade e seu estilo de vida”, disse à BBC.

Perturbador

Moore extraiu os cookies – registros de visitação de sites – e outras informações públicas disponíveis na memória da máquina.

Cookies são arquivos pequenos enviados por sites e armazenados no navegador, que registram dados sobre nós. Esses programas “espiões” coletam informações-chave para a publicidade online, especialmente no que diz respeito aos anúncios exibidos de forma personalizada para cada usuário.

Os cookies “contam” às marcas e empresas como nos comportamos na internet para que possam exibir propaganda de acordo com nossos gostos e interesses.

Usando só esses dados, o especialista criou um perfil de cada usuário do laptop. “Sabemos que essas pessoas vivem em Lincolnshire, no Reino Unido”, afirma.

“Também conseguimos saber que eles são politicamente ativos e têm interesse especial em questões europeias, sobretudo no Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia).”

“E sabemos que eles têm interesse se hospedar em casas (pelo site) AirBnB e que estão cotando preços para uma viagem ao País de Gales, à pedreira de Penrhyn, para praticar tirolesa”, afirma Moore.

O especialista também descobriu que o casal possui cartões de crédito do banco britânico Egg Bank (que só funciona pela internet), que é cliente da empresa de telefonia EE e que assiste a programas de televisão como The Cleveland Show(uma série de animação) e I’m a Celebrity… Get Me Out of Here! (um reality show).

Usando apenas os dados remanescentes no computador, Moore também descobriu que o casal tem uma filha adolescente que gosta de festas e que a família tem um BMW. Há também um segundo carro na casa, um Ford S Max, que está precisando de um limpador de para-brisa novo.

“Sabemos também que eles têm um gato e são compradores bastante espertos”, disse o especialista, enquanto o casal assentia, impressionado.

Praticamente todos os dados que ele conseguiu estavam corretos. Em apenas três meses, o computador havia armazenado 3.100 cookies – 25% dos quais eram de rastreamento publicitário (os chamados “cookies de seguimento”).

Esses arquivos permitem a terceiros identificar tendências e direcionar campanhas a usuários específicos.

Que dados seu computador armazena?

Enquanto você navega na internet, o navegador e os cookies que ficam registrados nele gravam:

– Seu endereço de IP (número que identifica seu computador);

– Seu provedor de internet, sua velocidade de conexão;

– A quantidade de bateria que sua máquina tem a cada momento;

– A orientação do seu computador (através dos dados do giroscópio – sensores que informam a direção na qual os aparelhos eletrônicos estão se movendo);

– O sistema operacional que você usa e também os dados sobre seu processador;

– A resolução de sua tela e outras especificações de hardware.

Para além dos dados técnicos, a máquina também registra os seguintes dados pessoais:

-Sua localização – e, por consequência, a casa em que você vive (geralmente, um endereço aproximado bastante certeiro);

– O idioma que você fala (ou, ao menos, no qual escreve);

– Seu cartão de crédito (se você tiver o número registrado ou salvo para algum site);

– As redes sociais que você visita;

E tudo o mais que as páginas de internet que você visita revelarem sobre sua vida familiar, seus costumes, se você tem filhos, se tem carro (e qual), os filmes e séries que vê… a lista pode ser maior de acordo com o uso que você faça do dispositivo.

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Governo dos EUA envia alerta falso de ataque zombie na Flórida

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Do site observador (de Portugal)

Sistema de alertas norte-americano enviou mensagem a uma cidade da Flórida a alertar para um ataque de zombies. Tudo não passou de um engano, o segundo desde o início do ano.

A população de Lake Worth, uma cidade norte-americana no estado da Flórida, recebeu uma mensagem do Governo dos Estados Unidos a alertar para um ataque de zombies. Eram quase duas da manhã de domingo quando os habitantes da cidade receberam uma notificação do sistema governamental de alertas escrita em letras capitais que dizia: “Falha de energia e alerta de zombies para os residentes de Lake Worth e Terminus. Há agora menos de 7.380 de clientes afetados pela atividade zombie extrema. Hora de recuperação incerta”. De facto, não havia energia na cidade por essa hora. O alerta de zombies é que foi por engano.

O que é ainda mais caricato na mensagem de alerta é que Terminus não é uma verdadeira cidade dos Estados Unidos, mas sim um local referido na série pós-apocalíptica de culto “The Walking Dead”: era em Terminus que vivia um grupo secundário de antagonistas que era referido na quarta e na quinta temporadas do programa da AMC. A referência não passou despercebida aos gestores de redes sociais da série, que partilharam a história na página oficial no Twitter. Para alguns internautas, a pergunta não é como é que o Governo enviou um alerta errado, mas sim porque é que mantém um alerta de ataque zombie.

Certo é que a população de Lake Worth ficou preocupada. A calma só voltou à cidade depois de Ben Kerr, do gabinete de comunicação da Câmara Municipal, ter usado a página “Lake Worth Live” para esclarecer que tudo não tinha passado de um engano: a seguir ao alerta inicial, o sistema enviou outra atualização onde dizia que a mensagem foi enviada “sem intenções”. E acrescentou: “Quero reiterar que Lake Worth não tem qualquer atividade zombie atualmente e que pede desculpa pela mensagem do sistema”. Quanto à falha de energia, que foi real, Ben Kerr disse que houve 7.880 pessoas afetadas mas que foi a luz regressou ao fim de 27 minutos.

Na origem do erro deve estar o hábito de utilizar mensagens absurdas e anedóticas para testar os programas de envio de alertas: é possível que essa mensagem tenha entrado no sistema por engano e enviado para a população em vez de um simples alerta de falha de energia. Mas três dias antes do engano, a polícia teve de pedir desculpa depois do plasma usado pelas autoridades para avisar de perigos na estrada ter sido acedido por alguém que escreveu: “Zombies Lá à Frente! Cuidado!”.

E no início do ano o Hawai acordou em pânico porque a população recebeu um alerta que dizia ter sido detetado um míssil a caminho da ilha: a mensagem dizia que o conteúdo “não era um exercício”, mas a polícia teve de esclarecer que tinha sido um engano.

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Brasil luta contra hepatite C que mata 400 mil pessoas por ano no mundo

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Um fato científico é a principal manchete da

Plataforma BBC Brasil na noite deste sábado.

Veja abaixo.

 

FígadoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionHepatites atrapalham o funcionamento do fígado; tipo C da doença é o mais letal e não tem vacina

Até 2030, é possível que o Brasil e o mundo consigam conter a hepatite C, um dos maiores problemas de saúde pública globais, com mais de 71 milhões de pessoas infectadas (700 mil delas no Brasil) e 400 mil mortes por ano no planeta.

O motivo principal disso é um grande avanço da medicina: tratamentos com novos antivirais, mais efetivos, de curta duração e com menos efeitos colaterais, têm ganhado escala em diversos países e levado à cura em até 90% dos casos. O Ministério da Saúde universalizou há um mês o acesso a esses novos medicamentos através do Sistema Único de Saúde (SUS), medida que pode ser fundamental para o Brasil alcançar a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de controle da infecção – embora especialista diga que a universalização ainda precisa ocorrer na prática.

Até o início desta década, os únicos tratamentos disponíveis, com uso combinado de um antiviral mais antigo (ribavirina) e interferon (modulador da resposta imunológica), podiam demorar até um ano, com muitos efeitos colaterais, taxas de sucesso relativamente baixas (cerca de 50%) e risco de retorno da infecção quando os medicamentos eram interrompidos.

Os novos antivirais, conhecidos como DAAs (antivirais de ação direta), usados isoladamente ou em associação, ampliaram o arsenal contra o HCV, encurtaram o tempo de tratamento (para 8 a 12 semanas), têm efeitos colaterais toleráveis e atingem taxas de sucesso na casa dos 90%-95%, mesmo em estágios mais avançados de doença hepática. Até pacientes que antes não tinham indicação para um transplante de fígado (pelo alto risco de recorrência da hepatite C) passaram a ter suas chances reavaliadas.

Os mais novos DAAs prometem ser ainda mais efetivos, simplificando o tratamento e resolvendo as infecções causadas por qualquer um dos genótipos do vírus (com a geração anterior havia a necessidade de testes genéticos para definir qual droga deveria ser empregada contra cada tipo de HCV).

Além de curar as pessoas, os DAAs trouxeram a esperança da redução significativa do risco de transmissão da hepatite C, o que levou os especialistas a considerarem a perspectiva de uma eventual eliminação de novas infecções pelo HCV.

Segundo Hugo Cheinquer, professor titular de hepatologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, eliminar não equivale a erradicar o vírus, o que dependeria provavelmente de uma vacina (que não existe) aplicada na maior parte da população. Eliminar o vírus até 2030, de acordo com as metas da OMS, significa reduzir em até 90% a chance de novas infecções e a diminuição em até 65% do número de mortes causadas pela hepatite C.

Doença silenciosa

Um dos grandes desafios hoje é identificar quem possui a doença, mas desconhece sua condição, já que ela pode permanecer “silenciosa” por décadas. Outra barreira é garantir que o tratamento seja, de fato, acessível para todos os infectados, já que o custo elevado e a logística de distribuição dos medicamentos podem ser limites importantes para os sobrecarregados sistemas de saúde pública dos países em desenvolvimento.

A infecção pelos vírus da hepatite C (HCV) é transmitida basicamente pelo sangue. A maior parte dos portadores se infectou em transfusões realizadas antes de 1992 (quando ainda não existiam testes específicos para detecção do vírus nos bancos de sangue) ou ao compartilhar agulhas e seringas, principalmente entre usuários de drogas injetáveis. Em quase um terço dos casos se desconhece a origem da infecção (transmissão na gestação, sexo sem proteção ou uso de materiais domésticos ou hospitalares com sangue contaminado são algumas possibilidades).

Teste de hepatite CDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionMaior parte dos portadores se infectou em transfusões realizadas antes de haver testes específicos ou ao compartilhar agulhas e seringas

Cerca de 20% dos infectados se curam espontaneamente, mas os demais 80% evoluem para uma infecção crônica (mais ou menos grave) que leva até 20 anos para se manifestar. O vírus provoca um processo inflamatório no fígado que pode causar danos sérios antes de ser detectado.

Em teoria, quanto mais cedo a detecção e o tratamento, maiores as chances de cura, com menos impactos para a saúde. A doença é hoje uma das principais responsáveis pela insuficiência hepática, cirrose, câncer do fígado e a necessidade de transplante do órgão. Cerca de 20% das infecções crônicas evoluem para cirrose e, de 1% a 5% para câncer de fígado.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as hepatites virais (incluindo as hepatites A,B,C,D e E) mataram 1,4 milhão de pessoas em 2016, mais do que malária, tuberculose ou aids.

Nos EUA, por exemplo, de acordo com dados dos Centros de Controle de Doenças (CDC), a hepatite C atinge hoje 4,1 milhões de pessoas (quase 4 vezes o número de portadores do HIV, causador da aids), mata mais do que qualquer outra infecção e o número de casos só vem aumentado, principalmente em função da epidemia de drogas opioides.

Brasil

Dados do Ministério da Saúde estimam que 700 mil pessoas estão cronicamente infectadas com o HCV. Aproximadamente dois terços desse montante não sabem que têm a doença. Foram realizados 319 mil diagnósticos de 1999 até 2016 e, cerca de 67 mil pessoas já receberam os novos tratamentos contra hepatite C.

De acordo com Cheinquer, descontados os casos tratados e os óbitos no período, cerca de 100 mil pessoas estão hoje na “fila de espera” dos novos medicamentos no SUS, além daqueles que ainda vão ser identificados. O plano para atingir a meta da OMS até 2030 prevê o tratamento de cerca de 600 mil pessoas.

Um modelo matemático da eliminação da hepatite C, apresentado pelo Ministério da Saúde no último Congresso Internacional do Fígado, que aconteceu em Paris no início de abril, mostra que um esforço concentrado do país, a partir de 2018, para aumentar a detecção de casos nas populações de alta prevalência e a ampliação do acesso aos novos medicamentos, tornaria possível alcançar os objetivos da OMS.

Segundo Edison Parise, presidente do Instituto Brasileiro do Fígado, da Sociedade Brasileira de Hepatologia, a boa notícia é que no mês passado, o tratamento no Brasil, antes restrito a pacientes com doença avançada (apenas graus 3 e 4 de fibrose no fígado), foi universalizado para todos pacientes que testem positividade para o vírus, independentemente da gravidade da doença.

Tirar universalização do papel

Cheinquer também avalia que universalizar o acesso no Brasil é um avanço. No entanto, ele aponta uma série de questões estruturais que podem limitar o uso dos medicamentos. “Em diversas regiões do país, uma consulta com um especialista e a espera pelos novos tratamentos pode levar até um ano. A lista de espera não leva em conta a gravidade dos casos. Pacientes com a doença mais avançada, muitas vezes, não podem esperar tanto tempo. Quem tem recursos pode até importar os antivirais, mas quem não tem condições financeiras vai ter que aguardar. É importante tirar a universalização do papel e colocá-la em prática”, diz ele.

O Ministério da Saúde informa que os medicamentos que já estavam disponíveis vêm sendo distribuídos regularmente para as unidades de alto custo, porém os que foram recentemente incorporados ao SUS, no protocolo revisado de 2018, têm prazo de 180 dias para chegarem às unidades. Quanto à demora no atendimento, nas regiões com problemas locais, a capacidade poderia ser expandida recorrendo à atenção básica, e não exclusivamente aos serviços de assistência especializada.

Outra questão central, segundo Parise, é identificar quem ainda está fora da fila de espera.

“No mundo todo houve uma recontagem dos casos prováveis de hepatite. Certamente as prevalências antigas superestimaram o número de portadores da doença. No Brasil não foi diferente. Hoje estamos falando em 0,5% a 0,6% da população. Acreditamos que ainda reste um considerável contingente de pacientes a ser detectado, e que esses casos se concentrem em indivíduos acima de 40-45 anos, que devem ser os pacientes testados prioritariamente. Outras populações de risco incluem usuários de drogas injetáveis, encarcerados e pacientes submetidos a hemodiálise”, afirma.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, entre as estratégias para ampliação do diagnóstico e tratamento será necessário realizar nos próximos anos 9,5 milhões testes rápidos para hepatite C e tratar 50 mil pacientes anualmente.

Medicamentos contra hepatite CDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionNova leva de medicamentos têm eficácia muito superior

Reino Unido: o primeiro a eliminar?

Em janeiro, o NHS (sistema público de saúde do Reino Unido) anunciou que pretende eliminar a hepatite C até 2025, cinco anos antes da meta definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que tornaria o país o pioneiro em dar uma resposta efetiva à eliminação do HCV.

Para isso, o NHS convocou os laboratórios produtores dos novos tratamentos para discutir uma redução no custo das novas tecnologias antivirais. Parte do acordo envolve auxílio da indústria farmacêutica na identificação de potenciais pacientes.

Mais do que tratar, para o NHS, o problema central é identificar os portadores, principalmente as pessoas que se infectaram há muito tempo e os grupos sociais que tendem a ficar mais longe dor serviços de saúde, como os usuários de drogas. Testes rápidos (de sangue ou saliva) que possam ser realizados em qualquer lugar (não apenas em laboratórios ou postos de saúde) e testes de autoaplicação (como os que existem hoje para diagnosticar o HIV) poderiam trazer mais pessoas para o tratamento.

FígadoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionSerá necessário realizar no Brasil, nos próximos anos, 9,5 milhões testes rápidos para hepatite C e tratar 50 mil pacientes anualmente

O exemplo do Egito

O Egito, país com a maior prevalência de hepatite C do mundo (7% da população de 15 a 59 anos tem uma infecção ativa pelo HCV), iniciou já em 2015 um extenso programa de combate à doença. A epidemia no país foi desencadeada nos anos 1950, após um programa para tratamento em massa da esquistossomose, que foi feito sem o uso de agulhas e seringas devidamente esterilizadas.

Acredita-se que mais de 1,3 milhão de pessoas já foram curadas. O programa egípcio envolveu a criação de um site, onde as pessoas infectadas podem se inscrever para receber o tratamento gratuitamente, negociação com a indústria farmacêutica para revisão do preço dos antivirais disponíveis e, finalmente, a produção local de um dos medicamentos, o que reduziu o custo total do tratamento para menos de 1% do valor praticado nos países desenvolvidos.

A lista de espera para tratamento foi zerada em 2016 e, os esforços das autoridades de saúde se concentram agora em identificar outros possíveis 3 milhões de portadores do vírus, que não sabem que são portadores.

Egito, Austrália, França, Geórgia, Alemanha, Islândia, Holanda, Japão e Qatar são os nove países considerados exemplos nas estratégias de combate à hepatite e que devem atingir as metas da OMS até 2030.

Havendo vontade política de todas esferas de poder e coordenação das ações, o Brasil, quem sabe, em breve, pode fazer parte dessa lista.

*Jairo Bouer é médico-psiquiatra pela Universidade de São Paulo (USP), biólogo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e mestrando em antropologia evolutiva na University College London (UCL). Colaborou com os principais veículos de mídia no Brasil, como Rede Globo, CBN, Folha de S. Paulo, Estado de São Paulo, Revista Época e UOL.

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Hospital Universitário homenageia as Mães

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Comédia será encenada em homenagem ao Dia das Mães
Comédia será encenada em homenagem ao Dia das Mães

A divertida comédia “As Vizinhas e o Misterioso Caso do Maníaco das Unhas”, da Companhia Rodapé Teatro, será apresentada nessa sexta-feira, 11, às 10h, no auditório da Unidade Materno Infantil do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (Rua Silva Jardim, nº 215, Centro).

A apresentação é um oferecimento do HU-UFMA em homenagem ao Dia das Mães e prevê um momento de descontração e entretenimento às mães servidoras do hospital e usuárias da unidade hospitalar.

O espetáculo é uma comédia de costumes recortada por acontecimentos que prometem boas risadas. Em cena, três vizinhas fofoqueiras discorrem sobre fatos pitorescos vividos em bairros de São Luís. Com direção de Fernando Braga, que divide a autoria do texto com Ione Coelho, a comédia tem no elenco as atrizes Helena Travassos, Ione Coelho e Diana Mattos. Desenho de luz de Ione Coelho e figurino de Glauber Pinto. A cenografia é de Fernando Braga e Clayton Pinto e a maquiagem de Carlos Maranhão. A sonoplastia é do radialista Marcos Belfort.

Para a superintendente do HU-UFMA, Joyce Santos Lages, a apresentação teatral é também uma forma de reforçar a política de humanização do hospital. “É importante ter esses momentos de alegria no ambiente hospitalar e em datas especiais como o Dia das Mães o significado dessa ação se torna ainda mais motivador”.

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Bactéria do intestino pode afetar estado de espírito das pessoas

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É nesse campo que pesquisadores estão trabalhando ao investigar como os trilhões de micróbios que sobrevivem em nós e nos habitam – o que é chamado de nosso microbioma – afetam a nossa saúde física.

Até mesmo transtornos como depressão, autismo e doenças neurodegenerativas, como o mal de Parkinson, podem de alguma forma estar relacionadas a essas pequenas criaturas.

Nós sabemos há séculos que o modo como nos sentimos afeta o nosso intestino – apenas pense no que acontece com você antes de uma prova ou de uma entrevista de emprego -, mas agora isso está sendo visto como uma via de mão dupla.

Grupos de pesquisadores acreditam estar à beira de uma revolução que usa “micróbios do humor” ou “psicobióticos” para melhorar a saúde mental.

O estudo que deu a partida para esse conceito foi realizado na Universidade de Kyushu, no Japão, em 2004.

Cientistas demonstraram que camundongos “livres de germes” – aqueles que nunca tiveram contato com micróbios – produziram duas vezes a quantidade de hormônio do estresse quando afligidos do que os camundongos normais.

Os animais eram idênticos, exceto pelos micróbios. Isso foi considerado um forte indício de que a diferença era resultado de seus micro-organismos. E o trabalho se tornou a primeira pista do impacto que a medicina microbiana teria na saúde mental.

“Todos nós voltamos sempre àquele primeiro artigo, à primeira leva de neurocientistas japoneses que estudaram os micróbios”, diz Jane Foster, neuropsiquiatra da Universidade McMaster, no Canadá. “Foi realmente muito importante para nós que estavámos estudando depressão e ansiedade”.

Como as bactérias poderiam estar alterando nosso cérebro?

Há agora uma rica corrente de pesquisa relacionando camundongos sem germes a mudanças no comportamento e até mesmo na estrutura do cérebro.

Mas a vida completamente estéril deles não é nada parecida ao mundo real. Estamos constantemente entrando em contato com micróbios em nosso meio ambiente – nenhum de nós é livre de germes.

No Hospital Universitário de Cork na Irlanda, o professor Ted Dinan está tentando descobrir o que acontece com o microbioma de seus pacientes deprimidos.

Para os médicos, um microbioma saudável é um microbioma diverso, que contém uma grande variedade de espécies diferentes de micro-organismos.

“Se você comparar alguém que está clinicamente deprimido com alguém que está saudável, há uma diminuição na diversidade da microbiota (flora intestinal)”, diz Dinan.

“Não estou sugerindo que esta seja a única causa da depressão, mas acredito que, para muitos indivíduos, ela contribui para o surgimento da doença.”

O pesquisador argumenta ainda que alguns estilos de vida que enfraquecem nossas bactérias intestinais, como uma dieta pobre em fibras, pode nos tornar mais vulneráveis.

Microbioma

Pesquisa recente mostra que as pessoas são mais micróbios do que humanas – se você contar todas as células do seu corpo, apenas 43% pertencem à espécie humana.

O resto é o microbioma e inclui bactérias, vírus, fungos e arquea (organismos que eram classificados de forma equivocada como bactérias, mas que têm características genéticas e bioquímicas diferentes).

Isto é conhecido como o “segundo genoma” e também está sendo associado a doenças como Mal de Parkinson, doença inflamatória intestinal, depressão, autismo e ao funcionamento de drogas contra o câncer.

Mistério da depressão

A possível relação de um desequilíbrio no microbioma intestinal com a depressão também é um conceito intrigante.

Para testar esta hipótese, os cientistas do centro de microbiomas APC, na Universidade College Cork, começaram a transplantar o microbioma de pacientes deprimidos para animais. O procedimento é conhecido como transplante fecal.

Ele mostrou que, se você transfere as bactérias, também transfere o comportamento.

“Ficamos muito surpresos com a possibilidade de, apenas pegando amostras de microbioma, reproduzir muitas das características de um indivíduo deprimido em um rato”, diz o professor John Cryan à BBC.

Estas características incluíam, por exemplo, a anedonia – o modo como a depressão pode levar as pessoas a perderem o interesse pelo que normalmente consideram prazeroso.

Para os ratos, esse prazer era obtido com uma água com açúcar que eles queriam beber cada vez mais, mas com a qual passaram a não se importar quando receberam o microbioma de um indivíduo deprimido, diz Cryan.

Evidências semelhantes da relação entre o microbioma, o intestino e o cérebro também estão emergindo em relação ao mal de Parkinson.

A doença é claramente um distúrbio cerebral. Os pacientes perdem o controle de seus músculos à medida que as células cerebrais morrem, e isso os leva a apresentar um tremor característico.

Agora, o professor Sarkis Mazmanian, microbiologista médico do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), tem argumentado que as bactérias intestinais parecem ter um papel nisso.

“Os neurocientistas clássicos considerariam uma heresia pensar que é possível entender os eventos no cérebro pesquisando o intestino”, diz ele, que no entanto encontrou diferenças “muito fortes” entre os microbiomas de pessoas com Parkinson e daquelas sem a doença.

Estudos em animais geneticamente programados para desenvolver o Parkinson mostram que as bactérias intestinais estão ligadas ao surgimento da doença.

E quando as fezes foram transplantadas de pacientes com Parkinson para ratos, estes desenvolveram sintomas “muito piores” do que quando foram usadas fezes provenientes de um indivíduo saudável.

Mazmanian diz à BBC que “as mudanças no microbioma parecem estar induzindo os sintomas motores do Parkinson.”

“Estamos muito animados com isso porque nos permite apontar o microbioma como um caminho para novas terapias”, afirma.

Ainda que fascinante, a evidência que liga o microbioma ao cérebro é, por enquanto, preliminar.

Os pioneiros desse campo de pesquisa veem, entretanto, uma perspectiva interessante no horizonte – uma maneira totalmente nova de influenciar nossa saúde e bem-estar.

Se os micróbios influenciam nossos cérebros, então talvez possamos mudar nossos micróbios para melhor.

Mais estudos

Mas será que alterar as bactérias no intestino de pacientes de Parkinson pode mudar o curso da doença?

Fala-se de psiquiatras que prescrevem micróbios do humor ou psicobióticos – efetivamente um coquetel probiótico de bactérias saudáveis – para impulsionar nossa saúde mental.

A pesquisadora Kirsten Tillisch, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, questiona: “Se mudarmos as bactérias, podemos mudar o modo como reagimos?”.

Ela diz, entretanto, que são necessários estudos muito maiores que realmente investiguem quais espécie e até subespécies de bactérias podem estar exercendo efeito sobre o cérebro e o que elas estão produzindo no intestino.

“Há conexões claras aqui. Acho que nosso entusiasmo e nossa empolgação se explicam porque não tivemos, até agora, tratamentos ótimos (para males como Parkinson). Então é muito empolgante pensar que há um caminho totalmente novo que podemos estudar e com o qual podemos ajudar as pessoas, talvez até para prevenir doenças.”

O microbioma – nosso segundo genoma – está abrindo uma maneira inteiramente nova de se fazer medicina, e seu papel está sendo investigado em quase todas as doenças que se pode imaginar, incluindo alergias, câncer e obesidade.

Impressiona o quão maleável esse segundo genoma é e como isso está em contraste com o nosso próprio DNA.

A comida que comemos, os animais de estimação que temos, os medicamentos que tomamos, como nascemos – tudo modifica nossos habitantes microbianos.

“Prevejo que nos próximos cinco anos, quando você for ao médico fazer seu exame de colesterol, por exemplo, você também vai ter o seu microbioma avaliado. O microbioma é o futuro fundamental da medicina personalizada”, afirma John Cryan.

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