Rato no ciclo da esquistossomose no MA

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Estudo realizados no Laboratório de Parasitologia Humana da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) descobriu a presença de ratos no ciclo de contaminação da esquistossomose  no Maranhão.

A pesquisa, coordenada pelo professor Nêuton Silva-Souza, têm apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema).

Foto 1 Uema - laboratório de parasitologia
Professor da Uema, Nêuton Silva-Souza

 

No Maranhão

Nêuton Silva-Souza explica que a esquistossomose se manifesta de um modo peculiar no Maranhão, se comparada a outras regiões do país.

Em outros estados, o ciclo da doença ocorre entre o homem e o caramujo do gênero Biomphalaria.

No Maranhão, a doença tem mais um hospedeiro definitivo, o roedor silvestre do gênero Holochilus.

Rato no ciclo

O professor Nêuton Silva-Souza informou que o ciclo de contágio mais conhecido da doença envolve homem-caramujo e caramujo-homem.

No entanto, durante as pesquisas, foi verificada a existência de outro ciclo envolvendo rato-caramujo e caramujo-rato.

Se o homem for contagiado pela doença, por meio do rato que vive na Baixada Maranhense, principalmente na cidade de São Bento, a manifestação torna-se mais agressiva.

Após a descoberta, os pesquisadores passaram a classificar a doença como humana e silvestre, esta última definição por causa do contágio por meio do roedor.

Foto 2 Uema - laboratório de parasitologia
Ratos participam do ciclo da Esquistossomose na Baixada Maranhese

 

Baixada Maranhense

A área onde facilmente pode ser encontrada esta forma de manifestação da endemia é na Baixada Maranhense.

Geralmente, as pessoas portadoras da doença vivem em locais sem saneamento básico ou residem próximo de rios, córregos e outros ambientes com água doce.

É uma população de nível de escolaridade baixo e dificuldade de fazer exames para detecção da doença, enquanto ainda está em estágio inicial.

Esquistossomose

A esquistossomose, conhecida como Barriga d’água é disseminada quando indivíduos contaminados liberam ovos do parasito em suas fezes e urina nos rios, córregos ou outros ambientes de águas doces.

Na água, as larvas, chamadas de miracídios, procuram hospedeiros intermediários que, geralmente, são caramujos do gênero Biomphalaria para se alojarem.

Após esta fase, as larvas, que agora são denominadas cercárias, são liberadas na água e penetram na pele ou mucosa humana (hospedeiro definitivo) quando entram em contato com elas. Isto causa inflamação, coceira e vermelhidão nas áreas de contato. Depois disso, as cercárias se desenvolvem e eliminam ovos pelas veias do fígado e intestino, prejudicando-as.

Sintomas

Os sintomas, que podem aparecer cinco semanas após o contato com as larvas, são: vermelhidão e coceira cutâneas, febre, fraqueza, náusea, vômito, constipações intestinais e diarreias. Na fase crônica, o fígado e o baço podem aumentar de tamanho, também ocorrem hemorragias, com liberação de sangue em vômitos e fezes.

Exames

O exame de fezes é o mais simples para descobrir a doença na fase inicial, também pode ser feito exame da mucosa do intestino ou de sangue. Caso a pessoa esteja doente, é receitado medicamento parasitário, em geral, em dose única.

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