Inglaterra enviará carta de alerta para pais de crianças obesas

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Informações sobre o peso dos alunos já são coletadas para estatísticas do governo.
Escolas não usarão o termo ‘obeso’ para não traumatizar as crianças.

Para tentar controlar a epidemia de obesidade infantil, a Inglaterra vai enviar cartas aos pais de alunos acima do peso, informa o jornal britânico “The Guardian”. A proposta polêmica foi anunciada  pelo Departamento de Saúde do governo inglês. Dados de 2006/2007 mostraram que 22,9% das crianças inglesas entre quatro e cinco anos estava obesa –- entre os 10 e 11 anos, a taxa sobe para 31,6%.

O peso e a altura de todas as crianças do país já é medido por enfermeiras nas escolas no primeiro e no último ano da educação primária (a não ser que os pais não queiram). Com as informações, o Índice de Massa Corporal de cada criança é calculado e enviado para o Departamento de Saúde ser informado das taxas de obesidade em cada região do país. O governo agora acredita que as famílias também devem ter acesso a esses dados.

O material deve tomar cuidado para não usar as palavras “gordo” ou “obeso”, para não traumatizar as crianças nem irritar seus pais. Segundo o governo, existe uma tendência a associar essas palavras com pessoas que pesam “meia tonelada”. O temor é que ler uma coisa dessas vai fazer os pais não levarem o alerta a sério. A decisão, no entanto, foi criticada pelo Fórum de Obesidade Nacional, que chamou de “frescura” a atitude de evitar usar esses nomes.

As cartas começarão a ser enviadas no próximo mês, com conselhos sobre o que fazer se a criança está acima do peso.

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O que é angioplastia coronariana

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A angioplastia coronariana ( AC ) é uma modalidade de tratamento , que consiste na destruição mecânica  de uma placa de gordura , chamada de ateroma , por  intermédio de um cateter provido de um balão em sua extremidade . A  AC poderá ser realizada de emergência ou de forma eletiva ( programada previamente ).  Os stents coronarianos  são estruturas metálicas , que na maioria das vezes , são liberadas pelo cateter balão durante uma AC. Os stents podem ser farmacológicos ( com droga ) ou convencionais ( sem droga ). 

Como é feita a angioplastia coronariana? 

Local: a angioplastia coronariana ( AC ) é realizada em um laboratório de hemodinâmica , local que dispõem de todos os recursos para que o procedimento transcorra da forma mais segura possível. A equipe que realiza a AC costuma ser  constituída de três pessoas : um médico cardiologista ( chamado de hemodinamicista ) , uma enfermeira especializada e um técnico. A AC poderá ser realizada apenas com uma leve sedação  ou   com uma anestesia geral , de curta duração. O tempo de realização do procedimento é variável , podendo ser de cerca de 30 minutos ou superior a uma ou até  duas horas, principalmente se são realizadas mais do que uma AC , no mesmo momento .  

Técnica : a  AC é iniciada com a punção de uma grande artéria periférica, em geral a artéria radial ( localizada no membro superior ) ou a artéria femoral ( localizada no membro inferior ) , através de uma agulha calibrosa  . Em seguida, um fio guia de metal é inserido através da agulha e introduzido no sistema arterial, até atingir a aorta e, finalmente, a artéria coronária obstruída pela placa de ateroma. Um cateter com um balão em sua extremidade  é passado sobre o fio-guia até atingir o ponto exato da obstrução  . Em seguida, o balão é insuflado sob alta pressão , por alguns segundos , destruindo a placa de ateroma . A insuflação e a deflação podem ser repetidas várias vezes , até que se obtenha uma desobstrução adequada da artéria coronária. Na maioria dos casos de AC  são liberados stents coronarianos , exatamente  no ponto em que artéria está obstruída . Os stents são estruturas metálicas que  ficam encravadas na parede da artéria. Após uma AC eletiva , o paciente costuma permanecer 24 horas internado , visando monitorar possíveis complicações relacionadas ao procedimento. Em casos de AC emergencial , a gravidade do quadro clínico apresentado pelo paciente é que determinará o seu tempo de internação. 

Vantagens e desvantagens dos stents  ( convencionais e   farmacológicos ) :

-Stents convencionais : sua principais vantagens  são o seu preço ( bem inferior aos farmacológicos ) e a menor possibilidade de formação de coágulos tardios.  A sua principal desvantagem é que este tipo de stent  é menos efetivo no combate da reestenose .

– Stents farmacológicos : sua principal vantagem é o baixo índice de reestenose. Suas desvantagens  são o seu preço e uma maior possibilidade de formação de coágulos tardios. Devem ser utilizados em pacientes com maior risco de reestenose.   

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Morre o prêmio Nobel Aleksander Solzhenitsyn

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– O escritor russo Aleksander Solzhenitsyn morreu neste domingo, aos 89 anos, com o diagnóstico de Insuficiência Cardíaca.

Solzhenitsyn, prêmio Nobel de Literatura em 1970, era um crítico feroz do regime de Josef Stalin na antiga União Soviética, e viveu durante 20 anos no exílio.

Ainda jovem, quando servia no Exército durante a Segunda Guerra Mundial, Solzhenitsyn foi denunciado por suas críticas ao regime de Stalin e passou oito anos preso em um Gulag, como eram chamados os campos de trabalho forçado, antes de ser exilado no Casaquistão.

Seu primeiro romance, Um Dia na vida de Ivan Denisovich, de 1962, contava a história de um prisioneiro político e foi aclamado pela crítica.

Aquela que é considerada sua obra-prima, Arquipélago Gulag, teve o primeiro volume publicado em 1973, em Paris.

Solzhenitsyn foi considerado traidor e exilado. Ele deixou a então União Soviética em 1974 e permaneceu 20 anos no exílio, nos Estados Unidos, onde completou os outros dois volumes de Arquipélago Gulag.

Após voltar à Rússia, em 1994, Solzhenitsyn se dedicou a escrever sobre a história e a identidade russa, causando polêmica com suas críticas à corrupção política e aos valores da Rússia pós-comunista. 

 

 

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Sexo após o infarto do miocárdio

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Os mesmos fatores de risco cardiovascular , são fatores de risco para a disfunção erétil  ,  como o tabagismo, sedentarismo, diabete melito, hipertensão arterial ,  dislipidemias ( anormalidades do colesterol e suas frações ) , depressão , entre outros. Logo , a disfunção erétil , é um marcador  de doença cardiovascular. É importante lembrarmos , que a atividade sexual deve ser considerada como qualquer outra atividade física, que condiciona e melhora a capacidade funcional do paciente e, portanto, está relacionada a um aspecto da qualidade de vida. A desinformação sobre a doença cardíaca e  o retorno à atividade sexual não está apenas relacionada ao nível de escolaridade. Muitas vezes, o sexo é visto pelos profissionais da saúde e pelos pacientes como assunto de abordagem delicada, já que em nosso meio ainda vigoram o preconceito e o tabu sobre o tema. Estima-se que, após um diagnóstico de infarto do miocárdio ou procedimento intervencionista ( angioplastia coronariana ) , cerca de 25% dos pacientes retornem à vida sexual normal, apresentando a mesma freqüência e a mesma intensidade anteriores ao evento coronariano. Metade dos pacientes retorna à vida sexual com algum grau de diminuição em freqüência e/ou intensidade, e os outros 25% restantes não reassumem sua vida sexual.

Diversos fatores estão bem estabelecidos quanto à possibilidade da redução da atividade sexual após eventos cardiológicos, dentre os quais medo da morte ou do novo infarto do miocárdio , dispnéia ( falta de ar ), angina do peito , exaustão, alterações da libido ( desejo sexual ), depressão, impotência, preocupação ou ansiedade do cônjuge, além da sensação de culpa. Esses fatores podem estar associados à falta de esclarecimento sobre a doença e sobre a necessidade de um boa reabilitação cardiopulmonar  após evento cardíaco, além da ignorância a respeito dos possíveis riscos que a prática sexual pode de fato acarretar. É sabido que  o aumento do batimento cardíaco e a elevação da pressão arterial durante a relação sexual podem servir de gatilho para outro evento cardíaco. No entanto, após avaliação adequada, o risco absoluto é muito baixo. 

O infarto do miocárdio recente , da região inferior do coração por exemplo  , nas primeiras  seis semanas, é classificado como de risco intermediário para atividade sexual. Estudos têm demonstrado aumento do consumo máximo de oxigênio e aumento da pressão arterial sistólica após exercício físico ou após a prática sexual. Dessa forma, torna-se essencial a avaliação do risco  dos pacientes, para uma orientação ótima quanto à retomada dessa prática e posterior liberação pela equipe médica. Dentro dessa perspectiva, ficam claras as dúvidas e dificuldades, tanto dos pacientes quanto da equipe de saúde, de como abordar e/ou engajar nos programas de reabilitação cardiopulmonar as orientações sobre a atividade sexual.

Nesse contexto, estratégias que possam adicionar orientações verbais e/ou escritas têm trazido resultados benéficos. É importante mencionar que o desconhecimento sobre a doença e o retorno da atividade sexual podem ser identificados no período de internação, desde que as instituições e os profissionais direcionem a atenção para esses pacientes. O aconselhamento sexual é um importante aspecto a ser abordado e discutido com pacientes e companheiros durante a internação hospitalar. As orientações dispensadas contribuirão para a redução do medo e da ansiedade dos pacientes após infarto do miocárdio , e, portanto, não irão comprometer aspectos relacionados à qualidade de vida.

As orientações para indivíduos após- infato do miocárdio  seguem as recomendações da American Heart Association, estabelecidas de acordo com a prática da atividade sexual e conforme o quadro clínico: a) pacientes de baixo risco cardiovascular : assintomáticos, portadores de menos de três fatores de risco para doença arterial coronária (excluindo gênero masculino ), aqueles com hipertensão arterial sistêmica controlada, angina do peito estável leve , aqueles submetidos a revascularização miocárdica com sucesso, pacientes com infarto do miocárdio passado não-complicado, portadores de doença valvar leve, insuficiência cardíaca sem disfunção do ventrículo esquerdo e/ou em classe funcional I ( falta de ar apenas aos grandes esforços ) – esses sujeitos podem ser encorajados para recomeçar a atividade sexual ou receber tratamento para disfunção sexual imediatamente; b) pacientes de risco intermediário: portadores de três ou mais fatores de risco para doença arterial coronária (excluindo gênero masculino ), presença de angina do peito estável moderada , pacientes com infarto do miocárdio recente (ocorrido entre duas e seis semanas), portadores de disfunção de ventrículo esquerdo e/ou insuficiência cardíaca congestiva classe funcional II ( falta de ar aos médios esforços ), seqüela não-cardíaca de doença aterosclerótica ( derrame cerebral e/ou doença vascular periférica) – esses indivíduos devem realizar uma avaliação cardiológica criteriosa antes de recomeçar a atividade sexual; c) pacientes de alto risco cardiovascular: presença de angina instável ou refratária ao tratamento, hipertensão arterial sistêmica não-controlada, insuficiência cardíaca congestiva grave ( falta de ar aos mínimos esforços ou ao repouso ), infarto recente (menos de duas semanas), arritmias de alto risco, miocardiopatias graves, doença valvar moderada a grave – para esses pacientes a atividade sexual pode constituir um risco significativo, devendo a mesma ser postergada até estabilização da condição cardíaca. A liberação do cardiologista é necessária antes de se reassumir a vida sexual ativa, pois, nessas circunstâncias, o risco pode suplementar o benefício.

Cabe salientar que, em pacientes com doença arterial coronariana estabelecida, o ato sexual , assim como a atividade física vigorosa e/ou a resposta emocional intensa, acaba por representar pequeno risco de desencadeamento de infarto do miocárdio. Além disso, comparado com METs de atividades diárias, a demanda corporal total de oxigênio e o aumento da demanda miocárdica de oxigênio durante a atividade sexual marital são modestas e a duração do aumento é breve . Esse gasto equivale a subir dois lances de escada rapidamente (a atividade sexual vigorosa pode aumentar o gasto de energia para 5 METs a 6 METs). Por fim, tem sido descrito que o risco de evento cardiovascular durante a atividade sexual é significativamente menor naqueles indivíduos que realizam atividade física de forma regular e crônica. Além disso, parece salutar lembrar que sintomas cardiovasculares durante o sexo raramente ocorrem em pacientes que não têm sintomas similares durante o teste de esforço, especialmente se o indivíduo alcançou o equivalente a 6 METs no teste e permaneceu assintomático e sem alterações eletrocardiográficas de isquemia.

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Uso de estatina reduz demência

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Uma pesquisa de cientistas americanos indicou que o uso de estatinas, substâncias utilizadas no combate ao colesterol, por um longo período de tempo pode reduzir até pela metade o risco de demência, como perda de memória e mal de Alzheimer.
O estudo acompanhou idosos de origem mexicana em Sacramento, Califórnia, desde 1997. De 1.674 que não apresentavam nenhum tipo de demência ou disfunção cognitiva no início do estudo, 27%, ou 452, tomaram estatina em algum momento da pesquisa.
Ao longo dos cinco anos seguintes, 130 desenvolveram algum tipo de demência ou disfunção cognitiva. Os pesquisadores ajustaram os resultados considerando fatores como educação, hábito de fumar, a presença de determinados genes que, acredita-se, indicam demência, e o histórico de diabetes e infartos de cada um.
“Se uma pessoa toma estatina ao longo de 5 a 7 anos, reduz pela metade o risco de demência, e essa é uma grande mudança”, afirmou a coordenadora da pesquisa, Mary Haan, professora de epidemiologia na Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan.
“Não estamos sugerindo que as pessoas tomem estatina para outras finalidades que não aquelas para as quais o medicamento é indicado. Mas esperamos que este estudo e outros abram as portas para testes envolvendo o uso de estatina contra a demência e outros tipos de disfunções cognitivas.”
As conclusões do estudo circulam na edição da revista científica Neurology, que chega ao público nesta terça-feira.

 Alzheimer

Estudos anteriores do grupo da professora Haan haviam estabelecido que certos problemas metabólicos e desordens vasculares têm relação com doenças como o mal de Alzheimer. Por exemplo, pessoas com diabetes tipo 2 têm três vezes mais probabilidade de desenvolver Alzheimer, calcularam os cientistas.
Outros fatores de risco são colesterol alto, obesidade e hipertensão.
Haan ressalvou que o estudo não considerou o uso de estatina para o tratamento de demência já existente, e sim de forma preventiva. As substâncias são utilizadas para o tratamento do chamado colesterol ruim, ou LDL.
O próximo passo, segundo ela, é determinar exatamente de que maneira a estatina atua no percurso biológico que conduz à demência. Como um dos fatores de risco é o alto nível de insulina, uma teoria é que as estatinas atuam de modo a corrigir esses níveis no cérebro.
“Em pessoas mais idosas há tantos e diferentes tipos de doenças crônicas que os efeitos de alguma intervenção tardia são limitados”, disse Haan. “Digamos que você tenha 75 ou 80 anos e seis doenças. Quanto um tratamento vai ajudar de verdade?”, ela diz.
“Nossa pesquisa mostra que se você começar tomar estatinas antes de que as demências se desenvolvam, é possível prevenir até metade dos casos.”

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