A Medicina, sexualidade e as grandes invenções

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A grande invenção do século passado talvez tenha sido o anticoncepcional, que permitiu a liberação das mulheres ao evitar que a gravidez indesejada. Por outro lado, tivemos a pílula para a disfunção erétil para os homens. Isso mudou o comportamento de alguns homens. Aumentou a incidência dos caos de Aids em homens com mais de 70 anos, segundo patologistas. São pessoas que estão se beneficiando das inovações farmacêuticas para a disfunção erétil, mas não têm a mesma mentalidade sobre a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis que gerações mais jovens.
A disfunção erétil pode esconder outros problemas.No consultório, por exemplo, a partir de um dado do paciente sobre disfunção erétil, pode-se descobrir que este paciente também tem um problema coronariano. O sexo desperta interesse, é muito importante. A disfunção tem um componente orgânico. Pode estar associada a disfunções metabólicas como a diabetes, mas, na grande maioria das vezes, também há problemas psicológicos. Por isso, ao abordamos esse tema, é preciso multidisplinaridade, representantes da área da psiquiatria, psicanálise, que envolve comportamento, e um urologista.
E a longevidade. O que está mudando? As pessoas morriam de fome, de peste… Depois houve a transição epidemiológica, foi a época das doenças degenerativas, ligadas ao estresse, em um mundo com pressa. Na próxima transição, o que se espera é que se viva mais e com mais qualidade. É o processo do envelhecimento ativo. Antigamente se morria aos 70 e as pessoas falavam “ele descansou, já era idoso”.
Antigamente, o médico tinha uma imagem de Deus, com quem nada se questionava. Depois, a medicina passou ser mais a estatura do médico, mas a do pé-direito do prédio da instituição para qual trabalha. Ou seja, iam a uma instituição de grande porte esperando ter grandes médicos. E atualmente entramos numa era em que, mais do que ser multidisciplinar, temos que ser multi e interdisdciplinar. É aquilo que chamamos de time médico. Para abordar um paciente que deseja para de fumar, são necessários psicólogos, nutricionistas…
Muitas vezes o paciente já vem com pesquisa pronta. O Dr Google é a nova vedete. O médico não tinha antes a interferência da internet. Hoje o paciente chega ao consultório informado. Há muita coisa boa na rede, mas também há lixo. No entanto, desprezar o que o paciente está trazendo pode quebrar a relação com o médico. O paciente gastou seu tempo precioso fazendo a pesquisa afinal..

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