Saiba como se tornar um adepto da corrida

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Democrática, desafiadora e repleta de benefícios para a saúde. Essas são apenas algumas das características que tornaram a corrida um dos esportes preferidos de muita gente. A prática cresce em ritmo acelerado.
Especialistas também fazem coro: a corrida contribui para a saúde principalmente dos músculos, do coração e dos pulmões e pode ser uma importante aliada para uma vida mais saudável. Mas, mesmo com tantas vantagens, é preciso ter atenção: por se tratar de um exercício intenso, exige preparação e pode não ser indicado para todo mundo.

Uma pesquisa publicada no Journal of the American College of Cardiology apontou, inclusive, que correr pode reduzir a expectativa de vida. James O’Keefe, cardiologista e um dos autores do estudo, analisou corredores entre 20 e 93 anos e concluiu que, nos casos em que a frequência de corrida e o pace (ritmo por quilômetro) eram muito altos, houve redução do tempo de vida. Segundo ele, a caminhada seria o exercício ideal para quem quer viver mais.
Controvérsias à parte, em um ponto os especialistas são unânimes: para se tornar um adepto da corrida é preciso ter uma avalição do estado de saúde e respeitar as individualidades do organismo. Conheça, a seguir, os principais caminhos para a linha de chegada.

Dê a largada

Calçar um tênis e sair correndo parece uma atividade simples, mas não é. O exercício requer técnica e demanda preparo cardiorrespiratório e muscular. O primeiro passo é realizar uma boa avaliação médica para saber se seu corpo está preparado para correr e, assim, prevenir lesões.

É preciso saber se a pessoa não corre algum risco cardíaco ou vascular, ou dos sistemas de músculos, ossos e articulações. Depois, é realizada uma avaliação da performance, que serve para direcionar o treinamento. Sempre que possível, isso deve ser feito com o acompanhamento de um educador físico, que vai definir o treino e a periodicidade do exercício para que haja evolução técnica e um menor risco de lesões .

O exame que pode fornecer as informações básicas sobre a saúde de quem deseja começar a correr é o teste de esforço, indispensável para os aspirantes. Também aconselha-se investir na chamada ergoespirometria, que avalia como está a captação de oxigênio do organismo, e como ele está sendo levado ao sangue e para todo o corpo.

Com esses dados, o educador físico consegue saber quais são os limites da pessoa e pode realizar um treinamento personalizado para que ela alcance os seus objetivos.

As duas coisas mais importantes da corrida são a técnica e o planejamento. Assim, o praticante pode atingir suas metas de treino sem lesões.

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Concentre-se no trajeto

Toda corrida começa com uma caminhada, essa é a regra número um da atividade. A indicação dos especialistas é iniciar intercalando caminhada e corrida, sem extrapolar 40 minutos de exercícios no total.

A caminhada deve ser intensa, mas não pode ultrapassar uma velocidade em que já se poderia correr, conforme explica o preparador físico Rodrigo Gomes da Rosa:
Caminhar em velocidade muito alta pode ser prejudicial. Quando a pessoa passa dos 7 km/h caminhando, está fazendo uma força articular maior do que se estivesse correndo.

A escolha do ambiente também é importante. A esteira é aliada em dias de chuva ou de temperaturas extremas, mas a corrida na rua costuma ser mais atrativa. Além disso, há algumas diferenças na intensidade do exercício.

Na esteira, o chão passa pela pessoa, então não se usa tanto a propulsão. Na rua, é preciso fazer força para se deslocar.

Atividades de força, como a musculação, também são importantes no processo. Entretanto, o treino de um corredor é diferente daquele executado por quem deseja apenas moldar os músculos. O objetivo entre os praticantes de corrida é fortalecer as articulações e a estrutura do corpo como um todo, sem promover grande aumento de massa muscular.
Depois do treino, é fundamental descansar. Correr diariamente é uma tarefa indicada somente para quem já tem um bom preparo físico.

Aproveite a linha de chegada

É inegável que praticar exercícios físicos faz bem para a saúde do corpo e da mente. E quando o assunto são os benefícios, a caminhada e a corrida são donas de uma lista extensa. Ambas trabalham o corpo todo e estimulam coração, pulmões e sistema músculoesquelético.
São dois exercícios importantes para o aparelho cardiorrespiratório, o que sinaliza um bom estado de saúde. Quanto melhor estivermos nesse aspecto, menor o risco de doença, e a tendência é ter mais longevidade.

Diferentemente da caminhada, com a qual estamos familiarizados desde bebê, a corrida requer técnica. É preciso aliar movimentos que vão desde a pisada à organização dos joelhos, quadris e braços. A atividade exige, também, um preparo maior da musculatura, principalmente de membros inferiores.

A corrida tem apoio de um pé só, com saltos à frente, o que demanda uma potência muscular maior e exige mais sangue no músculo, resultando em uma maior frequência de batimentos cardíacos.
Com essa ativação maior dos sistemas do corpo, a corrida acaba produzindo melhores resultados do que a caminhada.
Se essa pessoa estiver bem de saúde, os estudos mostram que uma intensidade maior dos exercícios traz também uma resposta maior. É preciso ter os seus cuidados, porque quanto mais intenso fica o exercício, mais nos aproximamos de uma lesão. Mas não existe uma fórmula, cada pessoa tem de ser analisada em todos os aspectos.

NA PISTA

TIPO DE PISADA
Para começar a correr, é fundamental saber qual é seu tipo de pisada. Essa informação permite escolher o tênis adequado, que proteja os pés do impacto. A compra do calçado também deve considerar a frequência de treinamento e o nível de performance.

RESPIRAÇÃO
Durante a corrida, respire com a boca entreaberta. Assim, o ar que não entrar pelo nariz pode ser aspirado pela boca.

MÚSCULO TIBIAL
Uma das dores mais comuns em iniciantes é a do músculo tibial, a chamada canelite. Para tratá-la, é preciso fazer reforço muscular. A tendência é de que, com a adaptação ao exercício, o incômodo desapareça.

DOR
Outra dor comum é aquela que aparece na altura das costelas, mas que nada tem a ver com a respiração. Trata-se de uma fadiga por falta de oxigenação muscular, e o baço é o órgão que mais sente este desgaste.

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