Sexo diário melhora qualidade do esperma, diz estudo

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Ejaculações frequentes reduziriam riscos de danos no DNA do esperma, afirmam pesquisadores.

Um estudo australiano sugere que fazer sexo todos os dias melhora a qualidade do esperma e poderia aumentar as chances de gravidez.
 

A pesquisa do Sydney IVF, um centro de tratamento de infertilidade, foi apresentada em Amsterdã, na Holanda, durante um seminário da Sociedade Europeia para Reprodução e Embriologia.
 

Os pesquisadores analisaram 118 homens com problemas de infertilidade e os resultados apontam que oito em cada dez participantes apresentaram uma melhora média de 12% nos danos do DNA do esperma depois de sete dias de ejaculação diária.
 

Além disso, o esperma também se tornou mais ativo durante a semana de análise, com um pequeno aumento na mobilidade.
 

O estudo observou ainda uma queda no número de espermatozóides no sêmen de 180 milhões para 70 milhões durante o período. Segundo os pesquisadores, apesar da queda, os homens permaneceram no nível normal de fertilidade.
 

Danos

O pesquisador David Greening, que liderou o estudo, disse que o conselho geral para os casais tem sido o de fazer sexo a cada dois ou três dias.
 

Ele explica, no entanto, que a melhora na qualidade do esperma observada a partir da ejaculação diária poderia ser explicada pois os espermas acumulados durante dias podem apresentar mais deformações pois ficam expostos a radicais livres durante o tempo em que ficam armazenados nos epidídimos – pequenos canais localizados nos testículos.
 

Segundo Greening, apesar dos resultados promissores, mais testes são necessários para identificar se os benefícios da ejaculação diária podem ser observados também em homens sem problemas de infertilidade.
 

Ele alerta que fazer sexo todos os dias por muito tempo — um período de 15 dias, por exemplo — poderia reduzir demais o número de espermatozóides.
 

Greening explica que “muito sexo diário” é recomendado no período de ovulação da mulher para aumentar as chances de gravidez.
 

De acordo com o pesquisador, os resultados do estudo podem ter implicações para casais que estão fazendo tratamento de fertilização in vitro. Isso porque os homens que passam por esse tipo de tratamento são aconselhados a não manter relações sexuais por pelo menos dois dias para aumentar o número de espermatozoides na hora da ejaculação.
 

Casos individuais

Segundo o especialista em fertilidade Alan Pacey, da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, a descoberta de que ejaculações diárias melhoram as chances de gravidez é interessante, mas seria errado pensar que esse é o caso para todos os homens.
 

“Por exemplo, para homens que já possuem pouca quantidade de esperma, as ejaculações diárias podem reduzir ainda mais esse total e apesar de o esperma ser mais saudável, o número reduzido pode impedir as chances de uma concepção normal”, disse Pacey.
 

Ele afirma ainda que o melhor conselho geral para casais que estão tentando engravidar naturalmente seria “manter relações a cada dois dias para garantir a saúde do esperma em cada ocasião”.
 

Greening explica ainda que esse conselho pode ser diferente para homens que estão se preparando para tratamentos como a fertilização in vitro. Segundo ele, exames que medem os danos no DNA do esperma podem alterar a recomendação médica sobre a frequência das relações sexuais.

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Cientistas colhem imagens inéditas de coração após ataque cardíaco

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Imagens de sangramento permitirão avaliação de danos no órgão.

Cientistas britânicos registraram pela primeira vez imagens de sangramento no interior do coração após um ataque cardíaco.
 

As imagens foram feitas pelo Imperial College London e incluídas em um estudo divulgado na revista Radiology.
 

A pesquisa mostra que a intensidade do sangramento pode indicar o quão danificado ficou o coração de um paciente após o ataque cardíaco. Os cientistas esperam que este tipo de imagem seja usado juntamente com outros testes para criar um quadro mais claro do estado do paciente e de suas chances de recuperação.
 

As pessoas sofrem um ataque cardíaco quando uma artéria que leva sangue ao coração fica bloqueada, interrompendo o suprimento ao coração e privando o músculo cardíaco de oxigênio.
 

Atualmente a maioria das pessoas tratadas após um ataque cardíaco recebem um tubo de metal(stent) para manter aberta a artéria bloqueada.
 

Pesquisas recentes mostraram que algumas pessoas têm sangramento dentro do músculo cardíaco quando o sangue começa a fluir no órgão novamente. Mas o significado deste sangramento ainda não é totalmente compreendido.

  Ressonância magnética

Para o estudo, os especialistas submeteram 15 pacientes a exames de ressonância magnética (MRI, em inglês).
 

Em pacientes que tinham sofrido um ataque cardíaco de grandes proporções, onde o músculo cardíaco havia tido danos extensos, o sangramento foi muito maior em comparação àqueles cujo ataque cardíaco foi relativamente pequeno.
 

Os pesquisadores puderam detectar a área de sangramento por causa dos efeitos magnéticos do ferro, que está presente no sangue.
 

Declan O’Regan, um dos autores do estudo e integrante do Centro de Ciências Clínicas do Imperial College London, disse: “Nosso estudo nos dá uma nova visão em relação aos danos que ataques cardíacos podem causar. O uso desta nova técnica de scan nos mostra que pacientes que desenvolveram sangramento dentro de seu músculo cardíaco danificado têm uma chance muito menor de recuperação. Nós esperamos que isto nos ajude a identificar quais os pacientes que estão mais sujeitos ao risco de complicações depois de seus ataques cardíacos.”
 

Seu colega, Stuart Cook, acrescentou: “Nós ainda temos muitas perguntas não respondidas sobre se o sangramento em si pode causar mais danos ao músculo cardíaco e esta é uma área que necessita de mais pesquisas. Quanto mais nós entendermos o que acontece durante e depois de um ataque cardíaco, maiores as chances de os cientistas encontrarem novas formas de combater os danos que os ataques cardíacos causam.”
 

A pesquisa foi financiada pelo Conselho de Pesquisa Médica da Grã-Bretanha, Fundação Britânica do Coração e Departamento de Saúde da Grã-Bretanha.

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