Honorato repudia condenação prévia de Dino

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Vereador repudia condenação prévia e desrespeito a direitos individuais constitucionais

O vereador Honorato Fernandes (PT), repudiou na tribuna da Câmara de São Luís, nesta segunda-feira (17), a forma como a classe política vem sendo tratada em decorrência das denúncias dos delatores da operação Lava Jato, sem deixar, no entanto, de destacar a relevância da operação no combate à corrupção.

“Nós estamos passando por um momento político muito turbulento. A operação Lava Jato tem e deve ser tratada como uma atividade séria de combate à corrupção, já tão entranhada na cultura da nossa sociedade. Mas, nós, enquanto membros do poder legislativo, não podemos aceitar a forma como a política vem sendo tratada, como se esta fosse algo errado, quando na verdade a política é um instrumento de mudança e justiça social”, destacou o vereador, que cobrou da bancada maranhense do Congresso Nacional uma postura de enfrentamento às reformas que o governo Temer tenta implantar.

“Precisamos cobrar dos nossos representantes, a nível estadual e federal, que façam um enfrentamento às medidas cruéis que vêm sendo implementadas pelo governo Temer, governo ilegítimo, que quer acabar com a aposentadoria e trata a classe trabalhadora com total desrespeito, na medida em que apresenta uma série projetos que retiram do trabalhador direitos conquistados com muita luta ao longo desses anos”, afirmou.

Honorato deu sequência ao pronunciamento, criticando a condenação prévia dos políticos citados nas delações, a exemplo do governador Flávio Dino.

“Não podemos permitir também que fala daqueles que cometeram crimes e se declaram culpados tenha mais valor que a fala e a conduta de homens e mulheres de bem. O que percebemos é o achincalhamento da classe política como um todo, tal qual aconteceu como o governador Flávio Dino, cuja lisura no processo não me deixa dúvidas, tendo em vista a sua trajetória de luta, desde o movimento estudantil, passando pelo judiciário, pelo legislativo e agora no governo do estado”, afirmou Honorato, que finalizou o pronunciamento esclarecendo que o posicionamento dele não é em defesa do governador Flávio Dino, mas contra o que chamou de “achincalhamento da classe política”, com base em denúncias, quase sempre, não apuradas. Conduta que, segundo ele, fere o princípio da presunção de inocência previsto na constituição.

“Quero frisar ainda que a defesa que faço aqui não é do governador, mas de cada um de nós que integramos a classe política. Investigar crimes de corrupção é justo e ninguém está acima disso, mas nós precisamos honrar as garantias e direitos individuais previstos na nossa constituição, que nos garante também a presunção de inocência, até que o mérito seja julgado”, finalizou o vereador.

Foto: Divulgação

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Flávio Dino é citado em delação da Odebrecht

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Os executivos e ex-dirigentes da Odebrecht que fecharam acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato citaram situações suspeitas envolvendo 12 governadores.

Deste total, três serão investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por terem sido mencionados ao lado de outras autoridades que têm foro privilegiado na Corte: Tião Viana (PT), do Acre; Robinson Faria (PSD), do Rio Grande do Norte; e Renan Filho (PMDB), de Alagoas.

Por ordem do relator da Lava Jato no STF, ministro Luiz Edson Fachin, os episódios que envolvem outros nove governadores foram enviados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), foro competente para julgar os chefes dos Executivos estaduais.

Agora, caberá ao STJ analisar o pedido e autorizar o início das diligências solicitadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Na lista estão: Paulo Hartung (PMDB), do Espírito Santo; Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo; Beto Richa (PSDB), do Paraná; Fernando Pimentel (PT), de Minas Gerais; Flávio Dino (PC do B), do Maranhão; Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio de Janeiro; Marconi Perillo (PSDB), de Goiás; Raimundo Colombo (PSD), de Santa Catarina e Marcelo Miranda (PMDB), de Tocantins.

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Andrea repercute delação que cita Dino

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Deputada estadual Andrea Murad (PMDB)
Deputada estadual Andrea Murad (PMDB)

Em seu discurso na Assembleia Legislativa do Maranhão, a deputada Andrea Murad repercutiu o fato de o governador Flávio Dino ser citado em delação do ex-presidente da Odebrecht na Lava Jato, como beneficiado de caixa dois na campanha pra governador em 2010.

“Neste domingo o Maranhão assistiu ao escândalo que envolve o governador Flávio Dino na operação Lava Jato que possivelmente recebeu R$ 200 mil reais em caixa dois da Odebrecht para a campanha eleitoral de 2010. Ano passado, Flávio Dino já havia sido citado por se beneficiar de doações das empresas Constran-UTC e OAS, investigadas na Lava Jato. É divulgado pela imprensa que a delação do ex-presidente da OAS relata situações gravíssimas que nunca antes haviam sido reveladas. A OAS é a maior doadora de Flávio Dino. Até agora, o que apareceu, o que está declarado lá para justiça eleitoral, só a OAS doou mais de R$ 3 milhões de reais”, disse Andrea que ainda destacou a expectativa quanto à delação do ex-presidente da OAS.

Andrea Murad disse que o possível envolvimento de Flávio Dino não é novidade para os maranhenses que aguardam o desenrolar das investigações. A falta de declaração também foi citada pela parlamentar que cobrou um posicionamento do governador.

“Nós já sabemos como foi feita a campanha do governador, através da agiotagem e agora através de caixa dois. O rei da moralidade, aquele que se diz o correto, o justo, que pede legalidade em tudo, como sempre disse, está também envolvido na maior sujeira da historia do Brasil. Cadê o governador que ainda não foi para o twitter se defender? Cadê as explicações ali cara a cara com o povo que o elegeu? Ou então, para nós que somos representantes do povo. Uma acusação tão grave de um jornal de circulação nacional. Quem não deve não teme. Nós podemos até admitir que isso não passa de calúnia, de acusações sem fundamento. Agora, precisa nos convencer disso. Convencer o povo disso. Espero que ele continue com o mesmo discurso apoiando o trabalho do Ministério Público, apoiando o trabalho da justiça, apoiando o trabalho da polícia como fazia antes de ser mencionado nessa operação onde vai vir ainda muita sujeira”, concluiu a deputada.

Foto: Nestor Bezerra

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