‘Até quando Flávio Dino’, pergunta Andrea

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A deputada estadual Andrea Murad (PRP), questionou, nas redes sociais, o governador Flávio Dino (PCdoB) por não ter dado continuidade às obras de construção de sete Centros de Hemodiálise no Maranhão tudo por conta de mais um caso que ganhou repercussão nacional.

Esta semana, a dona Hilda que morava em Pinheiro e era obrigada a fazer o seu tratamento em São Luís acabou morrendo na porta do hospital e o caso acabou no Jornal Hoje, da Rede Globo e provocou a revolta em meio aos maranhenses.

“Já foram várias as reportagens da Globo este ano mostrando a peleja desses pacientes que dependem da hemodiálise, percorrendo quilômetros e quilômetros para realizar procedimentos. A cada reportagem é uma angústia que me dá com tantas mortes que poderiam ser evitadas se Flávio Dino tivesse dado continuidade aos 7 Centros de Hemodiálise que foram deixados licitados, com recursos garantidos e alguns até em construção na gestão de Ricardo. Desta vez, dona Hilda não suportou tanto sofrimento e faleceu na porta do hospital depois de ter atendimento negado. Revoltante, triste, de completa indignação. Até quando Flávio Dino?”, destacou.

Andrea Murad disse que o assunto virou caso de polícia e que a Justiça precisa dar uma resposta.

“Estes quase quatro anos do meu mandato passei cobrando a entrega dessas unidades tão indispensáveis. Visitei alguns locais de obras como em Chapadinha e o que vi foi a incapacidade de um governador em oferecer serviços especializados, cuja responsabilidade é, principalmente, do Estado. O descaso de Flávio Dino com os Centros de Hemodiálises é algo que já passou dos limites, é caso de polícia e a justiça precisa tomar uma providência diante de tantas mortes”, finalizou.

Foto: Reprodução/TV Mirante

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Prá dona Hilda é tarde demais…

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O Jornal Hoje da TV Globo relatou o fim triste da história da luta diária de uma paciente brasileira. (Clique aqui e veja a reportagem completa).

A dona Hilda, assim como milhares de outras pessoas precisava viajar distâncias muito longas para se tratar num hospital.

Dona Hilda voltava de São Luís com pacientes de Pinheiro que fazem hemodiálise na capital quando ela passou mal. A viagem é longa. Eles gastam 3h para ir e 3h para voltar. Ao chegar a Pinheiro, sem antendimento, ela morreu na porta do hospital.

A reportagem de Alex Barbosa mostrou que há de dois meses, dona Hilda participou de um protesto pedindo a conclusão das obras e a abertura do Centro de Hemodiálise em Pinheiro. Ela já demonstrava cansaço por conta das viagens e da dificuldade em conseguir tratamento.

“Eu estou muito cansada demais (…) eu só vou porque sou obrigada, porque se não fosse eu não ia… e quando chega uma hora dessas a gente tá morto de cansado”, contou.

A Secretaria de Saúde do Maranhão lamentou a morte da paciente e disse que havia orientado a dona Hilda a permanecer no hospital e ainda, apesar do que foi mostrado na retorgaem, a dona Hilda recebeu toda a assistência necessária no hospital de Pinheiro.

A Secretaria disse também que vai inaugurar um serviço de hemodiálise em Pinheiro até o fim do mês “prá dona Hilda é tarde demais”, disse a apresentadora Sandra Annenberg.

Veja aqui

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Hemodiálise: idosa morre na porta de hospital

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Uma idosa identificada como Ilda Ferreira Barbosa, de 65 anos, morreu na noite dessa quinta-feira (20), em frente ao Hospital Regional da Baixada Maranhense Dr. Jackson Lago, em Pinheiro, distante 87 km de São Luís. Segundo familiares, ela não foi atendida e a reclamação dos familiares é que houve omissão de socorro. A idosa morreu dentro do ônibus de pacientes, que fazem hemodiálise em São Luís.

Assim como os outros passageiros do ônibus, dona Hilda morava em Pinheiro, mas tinha que fazer hemodiálise na capital do estado, pois na cidade já deveria ter sido inaugurado um Centro de Hemodiálise, mas as obras estão atrasadas. Isso obriga os pacientes a viajarem oito horas por dia, sendo três vezes por semana para fazer o tratamento.

Há dois meses dona Hilda participou de um protesto pedindo a conclusão das obras e a abertura do Centro de Hemodiálise em Pinheiro. Ela já demonstrava cansaço por conta das viagens e da dificuldade em conseguir tratamento.

“Eu estou muito cansada demais (…) eu só vou porque sou obrigada, porque se não fosse eu não ia… e quando chega uma hora dessas a gente tá morto de cansado”, contou.

Segundo outros pacientes que vinham no ônibus, no trajeto próximo a São Luís para Pinheiro, a idosa começou a passar mal. Neste momento foi feito um contato com o hospital em questão para que a idosa fosse atendida. O hospital não atende em urgência e emergência, mas é o mais equipado da cidade por se tratar de um hospital de alta complexidade. Ao chegar na porta do hospital, as pessoas que acompanharam o caso, dizem que a entrada da idosa não foi autorizada e, assim, ela morreu no local.

Em nota ao G1, a SES disse que a paciente foi orientada a não sair de São Luís, por recomendação médica. A nota contradiz ainda as testemunhas, pois a secretaria garante que “um médico da unidade entrou no microônibus para realizar o primeiro socorro, e, em seguida, a paciente foi submetida aos procedimentos clínicos exigidos neste caso, dentro do hospital”.

Centros de Hemodiálise

O problema dos centros de hemodiálise no Maranhão não foi resolvido até hoje. O governo havia reservado em 2014 quase R$ 7 milhões para a construção de sete novos centros de hemodiálise no estado. A obra da clínica de Chapadinha deveria ter sido entregue em 2015 e, segundo o governador Flávio Dino (PCdoB), em entrevista à TV Mirante, começou a funcionar no segundo semestre de 2018, mas o local onde deveria ser construído o centro de tratamento, continua apenas com uma placa e sem obras. Os outros centros também não foram entregues ainda.

Em 2016, uma liminar da justiça determinou que o Governo do Estado entregasse a clínica de Chapadinha em um prazo de um ano sob pena de multa de 10 mil reais por dia. Até o fim de 2017, a multa já passava de R$ 1 milhão. Para esta obra específica, o Ministério Público do Maranhão investiga o uso R$ 2 milhões e 400 mil que haviam sido liberados para a obra da clínica em Chapadinha em um convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

As dificuldades de quem precisa deste tratamento semanal já foram tratadas em reportagens no Jornal Hoje e no Jornal Nacional.

Nota da SES

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) lamenta a morte da paciente que estava em tratamento em São Luís e informa que a mesma foi orientada a permanecer na capital por recomendação médica. A SES esclarece, ainda, que:

1. A equipe do Hospital Macrorregional de Pinheiro prestou toda a assistência à paciente. Inclusive, um médico da unidade entrou no microônibus para realizar o primeiro socorro, e, em seguida, a paciente foi submetida aos procedimentos clínicos exigidos neste caso, dentro do hospital;

2. O serviço de hemodiálise de Pinheiro será inaugurado ainda em setembro e funcionará dentro do Hospital Macrorregional;

3. Como parte da expansão do serviço de hemodiálise no interior do estado, deu-se início ao atendimento dos pacientes crônicos renais na cidade de Chapadinha esta semana e, em janeiro, o município de Balsas também contará com o serviço.

Leia no G1

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Sousa Neto critica descaso do governo Flávio Dino

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O deputado estadual Sousa Neto (PRP), criticou, nas redes sociais, o descaso do governo Flávio Dino (PCdoB) com os pacientes que precisam fazer hemodiálise no Maranhão.

Ele destacou a reportagem exibida pelo Jornal Hoje, na Rede Globo de Televisão que mostrou o drama de centenas de pacientes renais que, quase que diariamente, enfrentam longas viagens até São Luis, em busca de tratamento.

“Mais um escândalo para este governo comunista, que fez tanta propaganda com a entrega das clínicas de hemodialise, e que até agora não passou de promessa, de mentira! Até quando, ‘Josés e Marias’ vão perder suas vidas, para que algo seja feito, de fato?”, disse.

“O que mais nos revolta é que sabemos da triste realidade que enfrenta o estado, e não é só Chapahinha. Flávio Dino deu fim ao mais de R$ 13 milhões das contas do governo para a construção de sete Centros de Hemodiálise no Maranhão, deixados por Ricardo e Roseana, pelo Programa Saúde é Vida, desde 2014, e que, até hoje, praticamente 4 anos depois, NADA, avançou. A Saúde está na UTI. Agonizando. Clamando por socorro. Por várias vezes ja denunciamos na tribuna como tem agido essa quadrilha que se instalou no nosso estado. É preciso dar um basta!”, finalizou.

Foto: Reprodução

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Obra permanece parada em Chapadinha

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Clínicas de hemodiálise que já deveriam ter sido inauguradas pelo Governo do Estado seguem com obras paradas ou lentas no Maranhão. Enquanto isso, pacientes renais crônicos no interior do Maranhão seguem sofrendo com longas viagens para fazer o tratamento na capital.

“Quando nós tomamos conhecimento dessa situação, quando tivemos notícias de que pessoas estavam fazendo esse tratamento em situações totalmente extenuantes… cansativas… viajando três vezes por semana, nós começamos a conversar com essas pessoas e reunir as provas. Demos entrada com uma ação civil pública para obrigar o estado a construir esse centro de hemodiálise”, afirmou o defensor público Renan Barros dos Reis.

Quando chegam na capital os pacientes do interior passam quatro horas nas máquinas de hemodiálise, saem debilitados depois do processo agressivo de filtragem do sangue e seguem viagem de volta pra casa.

Na volta são mais cinco horas e só chegam em casa no fim da noite. Maria Amorim de Souza, paciente renal de Chapadinha, precisa madrugar para conseguir a condução que a levará até São Luís. A viagem dura cinco horas e é feita três vezes por semana.

“Tem hora que nem dá vontade de ir, mas é o jeito que tem eu ir”, reclamou.

Clínica de Chapadinha

O Ministério Público do Maranhão também investiga o uso de 2 milhões e 400 mil que haviam sido liberados para a obra da clínica em Chapadinha, a 247 km de São Luís, em um convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

No total, o governo havia reservado em 2014 quase sete milhões de reais para a construção de sete novos centros de hemodiálise no estado, mas até agora nenhum foi entregue. A obra da clínica de de Chapadinha deveria ter sido entregue em 2015.

Em 2016, uma liminar da justiça determinou que o Governo do Estado entregasse a clínica em um prazo de um ano sob pena de multa de 10 mil reais por dia. Até o fim do ano passado a multa já passava de um milhão de reais e atualmente a obra continua abandonada.

Em nota, o Governo do Maranhão informou que as obras tiveram de passar por readequação com relação ao projeto original. Também disse que a empresa responsável está concluindo um dos sete novos centros de hemodiálise, que fica na capital, e que depois seguirá com os serviços no interior do estado, mas não deu nenhum prazo novo para a conclusão das obras.

A nota diz ainda que o dinheiro liberado pelo BNDES para o Centro de Hemodiálise de Chapadinha continua disponível. Sobre a multa aplicada pela Justiça, o governo afirmou que vai recorrer da decisão.

Leia no G1

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Sousa Neto aponta falta de transparência de Dino

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O deputado estadual Sousa Neto (PRP) se manifestou sobre a importância do requerimento n° 262/2018, de autoria da deputada Nina Melo, que solicita informações sobre o andamento das obras dos sete Centros de Hemodiálise no interior do Maranhão.

A pauta foi rejeitada pela bancada governista na Assembleia Legislativa.

“É um assunto de extrema importância e o governo Flávio Dino insiste em omitir os dados, por qual motivo?. Cadê a tal transparência que eles propagam? Este parlamento tem o dever de prestar contas à sociedade”, disse.

Sousa Neto lembrou a perigrinação de pacientes em busca de tratamento de hemodiálise.

“São centenas de pacientes de diversas partes do estado, que precisam se deslocar para outras cidades, todos os dias. Em Santa Inês, por exemplo, não há unidade e as pessoas têm que ir para Bacabal ou para São Luis em busca de tratamento. Até quando vamos ver vidas sendo perdidas pela irresponsabilidade dessa gestão comunista?”, acrescentou.

Fota: JR Lisboa/Agência AL

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MP aciona Estado por falta de clínicas de hemodiálise

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A falta de clínicas de hemodiálise no Maranhão fez o Ministério Público entrar com uma ação contra o Estado para garantir o tratamento dos pacientes. São sete clínicas que já deveriam estar funcionando, mas estão com as obras paradas.

Nos últimos quatro meses, pacientes que precisavam fazer longas e cansativas viagens para fazer hemodiálise não resistiram à jornada exaustiva e morreram. Atualmente, mais uma clínica ameaça parar o atendimento em Codó.

O centro de diálise da cidade foi entregue no ano passado, mas a partir do dia 2 de abril todos os atendimentos serão suspensos por falta de repasse de verba do Governo do Maranhão para a empresa terceirizada que administra o centro. Segundo o paciente José de Riibamar Sousa, sem o tratamento o jeito é se preparar para a morte.

“Você tem que saber que vai morrer logo porque não escapa. Quando eu faço o tratamento na sexta-feira e preciso voltar só na segunda, já passo mal. Sem o tratamento eu vou passar da cama para a rede… aquela agonia”, desabafou o paciente.

Enquanto a falta de verbas e problemas nos projetos dos prédios atrasam a inauguração das clínicas, os pacientes têm sofrido. Salvanir Vieira tem 39 anos e sofre com problemas renais há seis anos e toda semana precisa fazer hemodiálise.

A luta de Salvanir se estende para toda a família que morava em Governador Luís Rocha e teve que se mudar para São Luís, que fica a 404 quilômetros de distância. Segundo o marido dela, Leonardo Vieira, que atualmente está desempregado, isso aconteceu porque no município onde moravam não existe tratamento para pessoas que precisam fazer diálise.

“A gente alugou uma casa e estamos aqui (São Luís). Hoje eu estou desempregado e com três meses de aluguel atrasado e minha mulher está doente”, relatou Leonardo.

Clínicas atrasadas

No Maranhão, sete centros deveriam ter sido entregues desde 2015: Em São Luís, Pinheiro, São José de Ribamar, Santa Inês, Chapadinha, Imperatriz e Coroatá, mas as obras estão paradas, segundo o promotor da saúde Herberth Figueiredo.

“Estamos aguardando a formalização das informações da Secretaria de Estado da Saúde para que possamos requisitar informações junto ao Ministério da Saúde e também do banco financiador, que é o BNDES, para que possamos marcar uma audiência pública para a formação de uma TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) tendo em vista que agora não temos nenhum prazo para adiantar à população acerca da inauguração desses sete centros de diálise”, informou o promotor.

“Segunda, quarta e sexta tenho que fazer hemodiálise. Para mim é muito cansativo. Eu chego cansada. É muito difícil”, desaba

Em São Luís, a espera é longa pra ter acesso ao tratamento na vida de cerca de 400 pessoas que precisam de hemodiálise. O anexo do hospital Nina Rodrigues seria mais um centro para desafogar o sistema de atendimento e o prazo para entrega seria no fim de março, mas o Governo do Maranhão alegou que as obras estão paralisadas por problemas estruturais.

Sobre a clínica em Codó, a Secretaria de Saúde da cidade disse que continua buscando um entendimento com o Governo do Estado para garantir recursos financeiros e atendimento a todos os pacientes de hemodiálise. A Secretaria de Estado da Saúde informou que será celebrado convênio entre o Estado e o Município para repasse financeiro com o objetivo de assegurar assistência e tratamento aos pacientes de hemodiálise.

Sobre os demais centros de hemodiálise com obras paradas, o Governo do Estado informou que tem adotado todas as medidas legais para garantir a entrega das novas unidades em diferentes regiões do Maranhão, mas não deu prazo para a entrega. A Secretaria Estadual de Saúde informou que vai credenciar clínicas em São Luís para abrir novas vagas para o tratamento dos pacientes.

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Uma triste realidade no Maranhão

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Morreu, na madrugada desta sexta-feira (26), o aposentado Raimundo Borges no Hospital Socorrão 2, em São Luís. Ele era morador da cidade de Pinheiro e dependia do tratamento de hemodiálise na capital do Maranhão, distante 341 quilômetros de onde ele vivia. Desde 2017 Raimundo falava que estava cansado do sofrimento pra conseguir se tratar. Veja a reportagem de Alex Barbosa.

“Você não descansa nada e no dia seguinte já tem que voltar novamente. É uma maratona mesmo, mas a gente tem que lutar pela vida”, afirmou o aposentado no ano passado.

Durante três anos, Raimundo e outros pacientes faziam uma jornada até uma clínica em São Luís para fazer hemodiálise três vezes por semana. A viagem de Pinheiro até a capital dura até dez horas por dia dentro de uma van.

O trajeto inclui um viagem de ferry boat de quase uma hora e meia, em que a van tem que ficar desligada e os pacientes sem ar-condicionado no interior do veículo. Como resultado, os pacientes chegam à clínica exaustos. As longas viagens também contribuíram para que Raimundo ficasse cada vez mais debilitado.

Segundo o nefrologista Alex do Vale, o tratamento de hemodiálise deveria dar mais qualidade de vida para pacientes renais crônicos enquanto aguardam transplante de rim. Mas após as sessões – que duram três horas em uma máquina – os pacientes deveriam manter pelo menos algumas horas de repouso.

“É essencial isso para ter adequação dos níveis de pressão, batimento cardíaco… então o paciente que não tem esse tempo de repouso e já tem uma maratona para viagens de deslocamento longo, ele vai ter uma perda na qualidade do tratamento e uma diminuição da expectativa de vida”, explicou o médico.

Em Pinheiro deveria ter uma clínica de hemodiálise funcionando desde 2015, mas as obras estão a passos lentos, assim como as outras clínicas que também já deveriam ter sido inauguradas em outras seis cidades do Maranhão.

Em 2014, sete milhões e meio de reais foram liberados para essas obras. Em Chapadinha, localizado a 247 Km de São Luís, as obras não começaram, apesar dos quase dois milhões e meio de reais liberados.

O problema das longas viagens enfrentadas pelos pacientes que precisam fazer hemodiálise no Maranhão vem sendo acompanhado desde agosto de 2016, quando o Jornal Nacional apresentou a matéria sobre a realidade dos pacientes que acordavam às 4h da manhã e viajavam 500 quilômetros de Chapadinha até São Luís para conseguir fazer o tratamento, três vezes por semana.

Na época, o Governo do Maranhão anunciou, sem informar prazo para conclusão das obras, que construiria uma unidade de hemodiálise na cidade e em mais cinco municípios. Até hoje o centro não ficou pronto.

Um mês depois, o Jornal Nacional mostrou que, em 2014, quase R$ 1 milhão foram liberados para a obra do centro de hemodiálise de Chapadinha, mas no local haviam apenas alguns materiais de construção desgastando com o tempo.

Em maio de 2017, mesmo com uma portaria do Ministério da Saúde que determinava a implantação de centros de hemodiálise no estado, o Ministério Público do Maranhão acionou a Justiça para cobrar agilidade na entrega dos centros. Já em Janeiro deste ano, o JMTV mostrou famílias que tiveram que se mudar para São Luís para fazer o tratamento, mesmo sem condições financeiras.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que realizou convênios com um município do Piauí e com uma empresa privada para atender pacientes e passou a gerenciar centros de hemodiálise no interior do Maranhão. Veja a nota na íntegra.

“A Secretaria de Estado da Saúde (SES) lamenta as mortes e reitera o compromisso com os pacientes do Maranhão, por meio da ampliação da oferta do serviço de hemodiálise. A SES esclarece que, entre 2015 e 2017, realizou convênios com o município de Floriano (Piauí) e empresa privada para atendimento aos pacientes da região de Açailândia, além disso implementou o terceiro turno do setor de hemodiálise do Hospital Carlos Macieira, em São Luís, e passou a gerenciar os centros de hemodiálise de Caxias e Bacabal. Sobre os novos centros, a Secretaria informa que o contrato com a empresa responsável pela obra é anterior à atual gestão, cuja execução do projeto depende, exclusivamente, de material e de mão de obra importados do Rio Grande do Sul.

A Secretaria comunica que o atraso das obras se deve, principalmente, à inadequação do serviço realizado pela empresa às regulamentações da Anvisa. A Secretaria comunica que, após nova reunião com a empresa no mês de dezembro de 2017, os novos centros passam por readequação.

Por fim, a SES informa que apesar da falta de avanços na descentralização dos serviços de hemodiálise no Maranhão, entre 2012 e 2014, a atual gestão tem adotado todas as medidas legais para garantir a entrega de novas unidades em diferentes regiões do estado, que fortalecerão a rede de atendimento formada, atualmente, por 12 centros localizados na capital e em outras seis cidades do interior do Maranhão”

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Ricardo promete rede para Hemodiálise

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O ex-secretário de Saúde do Estado, Ricardo Murad (PRP) que é pré-candidato ao governo divulgou mensagem aos maranhenses, especialmente para aqueles que dependem de hemodiálise para continuar vivos enquanto esperam um transplante renal e hoje estão sem esperança e sofrendo horrores.

Após a veiculação de reportagem na TV Mirante que mostrou o drama dos pacientes com hemodiálise no Maranhão, o ex-secretário prometeu concluir 7 Centros de Hemodiálise no Maranhão.

“Eu vou concluir os 7 Centros de Hemodiálise que projetei e iniciei, que eram para estar atendendo às pessoas desde 2015, todos, sem exceção, com recursos 100% assegurados para construção, equipamento e funcionamento”, disse.

“Também irei implantar no anexo do HCM, que incorpora mais 204 leitos à unidade principal e deixei em construção, a ala para transplante de rins em larga escala, único tratamento definitivo para quem é renal crônico dependente de hemodiálise. O projeto de ampliação do hospital, que teve o objeto criminosamente alterado por Flávio Dino será concluído como licitado originalmente para dar conta da demanda reprimida no estado por procedimentos de alta complexidade”, acrescentou.

Na unidade central do HCM,Ricardo disse que deixou funcionando um moderno centro de hemodiálise para os pacientes internos que dependem desse procedimento, com trinta e três módulos, o que há de mais moderno no setor, sob o comando do renomado nefrologista Dr. Carlos Macieira.

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Pacientes com hemodiálise sofrem no MA

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Pacientes que precisam de hemodiálise no Maranhão tem sofrido com uma rotina desgastante pela falta de clínicas no interior do Estado. Há pacientes de municípios distantes que fazem longas viagens para garantir a sobrevivência com o tratamento de hemodiálise em São Luís, sendo clínicas em cidades próximas já deveriam ser entregues.

A Cláudia Rodrigues reclamou que a sua mãe, dona Ana, teve que sair de Serrano do Maranhão e morar na capital pra fazer hemodiálise porque não há lugar mais perto para o tratamento. Serrano do Maranhão é localizado a 486 quilômetros de São Luís.

“É cansativo. Minha mãe só vive chorando, querendo ir embora pra casa e a gente fica sem ter o que fazer, né? A gente teve que alugar uma casa. Meu pai tá se desdobrando lá no interior pra trabalhar”, desabafou Cláudia.

Em Santa Quitéria, localizado a 430 quilômetros da capital, vive a família do José Luís, de quinze anos de idade. A dona de casa Maria Silva afirmou que a família está morando de favor na casa de parentes para obter o tratamento dele.

“Fico muito cansada. Porque eu vivo na casa alheia”, reclamou.

Já a dona Salvani relatou que a mudança para São Luís ocorreu porque não havia condições de viajar entre Governador Luís Rocha e São Luís semanalmente. A distância entre as cidades é de 404 quilômetros. Leonardo da Cruz, marido da Salvani, afirmou que se mudou com a mulher e os quatro filhos mesmo sem condições de pagar aluguel, água e luz; e que a Prefeitura da cidade dele deixou de ajudar a família.

“A gente ficou numa casa de apoio e o prefeito atrasou a casa de apoio. Então o dono da casa de apoio botou a gente pra fora”, disse Leonardo.

Enquanto pacientes sofrem com as longas viagens, desde 2015 clínicas de hemodiálise em sete cidades do Maranhão seguem sem inauguração. O Governo do Maranhão reservou quase 7 milhões de reais para as obras e os contratos foram assinados em 2014, mas nenhuma clínica foi entregue até hoje.

Em Pinheiro e São José de Ribamar as obras estão lentas. Já em Chapadinha as obras ainda nem começaram. A obra deveria ter sido iniciada em 2014. O valor total da obra na cidade é de R$ 2.410.000,00 e o prazo de entrega era de 180 dias. Mas até o momento só há placas no local.

No ano passado, o Governo do Maranhão divulgou nota prometendo iniciar a construção das clínicas de Chapadinha, Coroatá, Santa Inês e Imperatriz no mesmo ano. A Secretaria de Saúde também prometeu inaugurar pelo menos três novos centros de hemodiálise.

Na época, Jane Araújo, chefe da Assessoria Jurídica da Secretaria de Saúde do Maranhão alegou que as obras paralisaram por causa de adequações nos projetos.

“Os projetos tiveram que ser revistos. A obra paralisou para adequar as normas do Ministério da Saúde, adequar as normas da Vigilância Sanitária… e nós estamos inaugurando três dessas clínicas na grande São Luís. Até o final do ano vamos ofertar 111 novas vagas”, afirmou Jane em Junho de 2017.

As obras seguem paradas e há paciente que morreu durante o período. A dona Eloísa passou seis anos viajando de Chapadinha até São Luís para fazer hemodiálise. Ela saía de casa com o marido perto das quatro da madrugada pra viajar até a capital e voltava cansada por volta das dez da noite.

Em dezembro, Eloísa passou mal em São Luís, não conseguiu vaga em hospitais e ficou em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que, por uma semana, não tinha máquina de hemodiálise. Como ela não podia ficar tanto tempo sem o tratamento, acabou morrendo.

O lavrador e marido de Eloísa, Arlindo Silva, contou que ela não morreria se a clínica prometida tivesse sido inaugurada em Chapadinha.

“Umas cinco máquinas resolveria. Sem precisar viajar tanto”, afirmou o lavrador.

Os que ainda resistem a essa rotina convivem com o perigo de viajar com transporte em péssimo estado. Um micro-ônibus de Chapadinha está com o para-brisa quebrado e, segundo os pacientes, vive no prego.

O Governo do Estado deu um novo prazo para resolver o problema e informou que as clínicas serão inauguradas a partir de setembro de 2018, mas não deu uma data definitiva. Sobre a van em mau estado, a Prefeitura de Chapadinha informou que faz manutenção constante no veículo, mas que há desgaste em um veículo que roda 3 mil quilômetros por semana.

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