Oposição destina R$ 3 milhões para combate ao Covid

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Os deputados estaduais Adriano Sarney (PV), César Pires (PV) e Wellington do Curso (PSDB), solicitaram nesta terça-feira (7) ao Governador Flávio Dino e para o Presidente da Assembleia Othelino Neto, indicação de emendas parlamentares a Lei Orçamentária de 2019 para o combate do covid-19 e a H1N1. No Estado do Maranhão, há um drástico aumento de casos, até o presente momento estão confirmados 230 e 11 chegaram a óbitos. 

Cada um indicou o valor de R$1.000.000,00 (um milhão de reais) totalizando R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais) com execução no exercício financeiro de 2020. O valor será destinado para impedir a proliferação do vírus, proporcionando o tratamento adequado aos infectados e para reparar os danos sociais e econômico-financeiros causados por essas enfermidades.  

Adriano destacou a importância de investir na economia, saúde e cuidados com a população. “Já comunicamos ao presidente da Assembleia e ao Governador, nos colocamos à disposição para ajudar onde puder dentro das nossas limitações. Precisamos avançar e trabalhar em união nesse momento desafiador que o Maranhão e o Brasil passam. Estou focado em apresentar propostas que auxiliem no combate ao Coronavírus e preservem a saúde e a economia dos maranhenses “, assinalou o parlamentar.

A ação conjunta dos deputados oposicionistas é mais uma demonstração de que todos estão unidos em benefício da população e o montante, já está previsto, sendo necessário apenas o remanejamento para Secretaria de Estado da Saúde (SES).

“Fizemos o encaminhamento no total de R$3 milhões de reais de nossas emendas parlamentares para combate ao Coronavírus e a gripe H1N1, esse momento independe de oposição ou base. Trata-se de um só inimigo, no caso, Covid-19. Aguardamos que, ao menos dessa vez, Flávio Dino deixe de lado a perseguição política e libere esses valores que, certamente, farão a diferença na vida das pessoas. Seguimos firmes, trabalhando em defesa dos maranhenses”, disse Wellington do Curso. 

Para o deputado estadual César Pires (PV), o momento é de enfrentamento e amparar as famílias que precisam de apoio neste momento. “Estamos dando a nossa contribuição para que o Maranhão possa enfrentar as dificuldades causadas pelo Coronavírus nos campos social e econômico, pensando principalmente nas famílias maranhenses mais fragilizadas”, completou o parlamentar.

Foto: Divulgação

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A oposição no Maranhão

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Por Adriano Sarney

Nas eleições de 2018, Flavio Dino obteve 59,29% dos votos e a oposição 40%, os outros 0,71% foram para o PSTU e PSOL. Neste artigo vamos examinar os votos conquistados pela oposição e apresentar os principais grupos que preferem não caminhar com o PCdoB no Maranhão. Vejo a oposição composta por duas correntes que se dividem em grupos: a corrente que apoiou Roseana Sarney em 2018 e a que pretende embarcar na onda Bolsonaro. Hoje o cenário ainda é confuso, mas deve começar a clarear até as eleições do ano que vem.

Dos mais de 1,3 milhão de votos recebidos pela oposição, 75% foram para Roseana, 20% para Maura Jorge e 5% para Roberto Rocha. Isso se traduziu em um fluxo de polarização entre Flavio (governo) e Roseana (oposição) em 2018. A ex-governadora mantém um forte recall eleitoral, trabalho prestado, carisma e amizade com forças políticas na capital e no interior. Tradicionalmente, ela tem a confiança sólida de 30% do eleitorado do Maranhão e de São Luís.

O partido da Roseana é o MDB, presidido no Maranhão pelo ex-senador João Alberto. O PV, do qual sou presidente estadual, sempre caminhou com a ex-governadora, fazemos oposição ao governo estadual e pretendemos lançar candidatos a prefeito em várias cidades de nosso estado com a bandeira da renovação política e do incentivo à geração de emprego e renda. Inclusive o PV indicou meu nome como pré-candidato a prefeito de São Luis. O PSD do jovem deputado federal Edilázio Junior também deu sustentação à Roseana. Edilázio vem se destacando em Brasília e organizando seu partido a nível estadual. Essa corrente ainda prevalece como a principal força da oposição e que, caso não lance candidato para as próximas eleições estaduais, pode ser o fiel da balança.

Por outro lado, vimos um tímido movimento da onda Bolsonaro em nosso estado em 2018, ele ganhou em duas grandes cidades: Imperatriz e Açailândia. Nesses colégios eleitorais, Maura Jorge, candidata do partido do presidente, o PSL, conseguiu performar melhor que Roseana em Imperatriz e ficou bem próxima da ex-governadora em Açailandia. Em Açailandia, a soma dos votos das opositoras foi superior ao do governador, demonstrando assim a coerência de quem vota em Bolsonaro não escolhe candidatos comunistas. No entanto, curiosamente, Flavio levou os votos dos eleitores de Bolsonaro em Imperatriz e ganhou da oposição. Soma-se à incógnita da capacidade de transferência de votos de Bolsonaro, a forte influência do lulismo no Maranhão. Fatos que podem mudar de acordo com a atuação do governo federal e de seus aliados.

Na corrente ligada à Bolsonaro, temos também seus grupos. O senador Roberto Rocha se aproximou do presidente, assim como a atual superintendente da FUNASA, Maura Jorge. O partido de Bolsonaro, o PSL, é presidido pelo vereador Chico Carvalho. Por sua vez, o superintendente da SPU, Coronel Monteiro, tem uma boa relação com o presidente e o vice-presidente Mourão. Ele também é uma referencia da direita maranhense. Já o médico Allan Garcês atua na oposição e trabalha no Ministério da Saúde.

Com o governo estadual desgastado e quebrado financeiramente, acredito que se as eleições fossem hoje, o resultado seria diferente. Surge, mais uma vez, para a população a chance de pavimentar o caminho para a alternância do modelo de gestão que hoje predomina.

A articulação dos grupos de oposição das duas correntes citadas acima é um fator essencial para viabilizar uma opção melhor para o maranhense. As eleições de 2020 é um portador de futuro para 2022, quer a oposição resgate a pujança do Maranhão produtivo ou as forças que estão no poder continuem a desmontá-lo.

*Adriano Sarney é deputado Estadual, economista com pós-graduação pela Université Paris (Sorbonne, França) e em Gestão pela Universidade Harvard.

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Adriano é o líder da Oposição na Assembleia

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O deputado estadual Adriano Sarney (PV) anunciou, nesta terça-feira (19), na Assembleia Legislativa, que vai liderar, nesta legislatura, o Bloco Parlamentar de Oposição, formado por uma aliança entre PV e MDB, em um total de cinco deputados. “A oposição é um bloco de extrema importância para a democracia, um contraponto em todos os governos é necessário com respeito, educação, profissionalismo e, sobretudo, pensando em primeiro lugar no povo do Maranhão”, declarou.

O Bloco de Oposição será formado pelos deputados Adriano (PV), Arnaldo Melo (MDB), César Pires (PV), Roberto Costa (MDB) e Rigo Teles (PV). Vale lembrar que Adriano está em seu segundo mandato na Assembleia e que foi reeleito com mais de 50 mil votos nas últimas eleições. O deputado enfrentará o desafio de coordenar um grupo parlamentar experiente e firme em suas posições políticas.

“Quero agradecer aos colegas pela minha indicação para líder do bloco. Cada um dos 42 deputados desta Casa são naturalmente líderes, pois honraram cada voto popular que receberam, e nunca vou pretender ser líder de líderes, ao contrário, serei amigo, colega, voltado ao diálogo, com intuito de, sempre, avançar no caminho da democracia e em benefício do nosso Maranhão”, disse Adriano, lembrando que, nos quatro anos da legislatura passada, os dois partidos, PV e MDB, não conseguiram diálogo suficiente para harmonizarem-se em bloco, mas atualmente isto se tornou realidade.

Com o Bloco de Oposição concretizado, conclui-se uma importante etapa na formação das forças políticas na Assembleia e começa-se a definir a participação de cada grupo nas comissões técnicas. Neste caso, a Oposição poderá indicar membros para as comissões de Constituição e Justiça (CCJ), Orçamento, Assuntos Econômicos, Desenvolvimento, entre outras. O deputado informou ainda que um membro da Oposição deverá presidir a Comissão de Meio Ambiente.

Foto: Agência Assembleia

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Oposição toma forma

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Mesmo durante o recesso, algumas movimentações e ações vão dando forma ao que deverá ser a nova oposição ao governo Flávio Dino (PCdoB), a partir de 2019, na Assembleia Legislativa.

No desenho atual, destacam-se os deputados Adriano Sarney (PV), César Pires (PV) e Wellington do Curso (PSDB).

Na tarde de ontem mesmo, por exemplo, Adriano já decretou: – A temporada de moleza comunista no Maranhão acabou.

O parlamentar, por sinal, já vem trabalhando, mesmo nas “férias”, pelo êxito de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) que questiona o texto aprovado no fim do ano passado na Assembleia Legislativa elevando impostos em todo o estado.

Já César Pires revelou, nesta semana, que no início da próxima legislatura, em fevereiro, apresentará nova PEC à Assembleia Legislativa regulamentando a emenda impositiva em âmbito estadual. O tema vem sendo evitado pelo Palácio dos Leões, mas o oposicionista acredita que pode convencer até mesmo colegas governistas a aprovar o texto.

Já Wellington do Curso iniciou o ano focando em ações de defesa de concursados em várias áreas.

Sãos alguns dos temas que devem dominar a pauta oposicionista nos primeiros meses deste ano.

Estado Maior

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Adriano diz que manterá ‘oposição responsável’

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O deputado estadual Adriano Sarney (PV) foi o entrevistado desta quarta-feira (21), no Abrindo o Verbo, com Geraldo Castro, na Rádio Mirante AM. Reeleito com 50.679 votos, Adriano disse que conseguiu aumentar a sua votação e que isso mostra que o povo do Maranhão aprovou o seu primeiro mandato.

“Eu fui reeleito com mais 50 mil votos e consegui aumentar a minha votação o que me deixa muito feliz e significa que o povo do Maranhão aprovou o meu mandato, a minha forma de fazer política e a minha forma de fazer Oposição competente na Assembleia Legislativa. Costumam dizer que a reeleição é muito mais difícil do que a eleição e eu, graças a Deus e ao meu trabalho neste primeiro mandato consegui êxito. E neste segundo mandato trabalharei ainda muito mais pelo povo do Maranhão e para quem sabe a gente possa certamente alçar vôos maiores no futuro”, disse.

Adriano Sarney disse que continuará exercendo o papel de Oposição responsável ao governo de Flávio Dino (PCdoB), mas que o seu mandato também será propositivo. O parlamentar criticou os gastos do governo com propaganda.

“Certamente, agora é hora de desmistificar. Nós todos sabemos que governo comunista que está ai é muito bom em fazer propaganda. Isso ninguém pode negar que esse governo faz muita propaganda e gasta muito em propaganda. Se o governo gastasse menos com a Comunicação, eu acho que o Maranhão estaria em condições muito melhor em termos financeiros. O governo gasta tanto gastou tanto com mídia para reeleger o governador e agora mais do que nunca com o projeto pessoal do governador que quer ser conhecido nacionalmente, nós já estamos vendo o resultado de tudo isso. Dificuldade para pagar funcionários, atraso no pagamento de fornecedores e aumento da extrema pobreza, o PIB do estado do Maranhão que caiu muito mais do que a média nacional e não podemos culpar uma crise externa, mas culpar a gestão que está ai, a gestão comunista que vem fazendo um péssimo serviço na realidade, mas que na propaganda parece que tudo está maravilhoso. Vou continuar sendo uma das poucas vozes na Assembleia Legislatura contra o atual governo, mas também continuaremos com o mandato propositivo como fizemos até aqui”, explicou.

O deputado também destacou o projeto de Lei nº 162/2018, de sua autoria, que cria o Código de Defesa do Contribuinte do Maranhão.

“O Código do Contribuinte é uma lei inovadora no país. Existe o Código do Consumidor, mas não existe o Código do Contribuinte. Dentro dele existem inúmeras lei que permite que você se defenda de muitas ações. Foi aprovado por unanimidade na Assembleia e agora está na mesa do governador e esperamos agora que seja sancionado porque é uma lei muito importante aos nossos contribuintes”.

Adriano voltou a questionar a retirada pelo governo dos recursos do FEPa e disse que há 4 anos atrás o FEPA tinha R$ 1,2 bilhão guardados e que teve acesso a números do próprio governo referente ao mês de setembro e que o fundo tem pouco mais de 161 milhões.

O parlamentar finalizou a entrevista explicando a sua decisão pessoal de declarar voto em Jair Bolsonaro no 2º turno da eleição.

“Eu não poderia deixar de fazer o contraponto ao governador que estava apoiando o Haddad. O Haddad e o PT foram desleais com o nosso grupo. O Haddad, mal caráter veio ao Maranhão e pediu apoio ao Flávio Dino e fez alguns comentários desleais. Se tem alguém que defendeu o Lula esse alguém foi José Sarney. Nesse sentido, eu decidi e foi uma decisão minha apoiar o Bolsonaro no segundo turno de livre e espontânea vontade e porque nós precisávamos dessa renovação e pelo mau caratismo do Haddad”, finalizou.

Foto: Zeca Soares

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Rogério Cafeteira explica cortes na Saúde

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O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Rogério Cafeteira (DEM), ocupou a tribuna, na  tarde desta segunda-feira (5), para defender o governador Flávio Dino (PCdoB) das críticas `portaria da SES que estabelece redução de despesas na área de saúde e regula plantão de médicos.

O governista enfatizou que a medida está em consonância com a PEC 95, do Governo Federal, que dispõe sobre o controle de despesas com a saúde em todo o Brasil.

“Não é plausível que um médico que presta um plantão em Pinheiro ganhe diferente do outro que ganha em Chapadinha. É apenas e tão somente isso. Agora, me causa estranheza alguns deputados mais afoitos chegarem aqui e questionarem, como se houvesse diminuição de salários. Todos sabem que a Emenda 95  restringiu gastos com saúde em todo o Brasil e os grupos que votaram a favor da referida PEC são os mesmos que chegam aqui chamando de golpistas quem venceu, democraticamente, as eleições, fazendo defesa de presidente eleito”, disse.

Rogério Cafeteira assinalou que todos os que foram derrotados deveriam fazer mea culpa. “Eu perdi e fiz a minha mea culpa. Todos os que perderam deveriam fazer o mesmo. Muitos não aprendem e têm mania de querer botar suas derrotas, seus insucessos na conta dos outros. Isso é um erro, porque devemos encarar as nossas derrotas de frente”, afirmou.

De acordo com Rogério Cafeteira, é importante que a oposição cumpra seu papel, mas de forma responsável. Ele disse que o governo Flávio Dino é um governo forte, que venceu as eleições em primeiro turno, de forma transparente e democrática, e que faz uma administração à altura das expectativas do povo maranhense, o que lhe garantiu o passaporte para o segundo mandato por ampla margem de votos.

Foto: JR Celedônio / Agência Assembleia

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Como Flávio Dino trata a Oposição

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A bancada de oposição do Maranhão deu um exemplo de democracia, quando, afirmou a O Estado que lutaria junto a Jair Bolsonaro para que o Maranhão não fosse prejudicado pela campanha virulenta com que o governador Flávio Dino agrediu o presidente eleito. Sua falta de decoro nos comícios que fazia, nos quais comandava e exercia o papel de apresentador de auditório, orquestrando o coro de “Fora, Bolsonaro” e o atingindo com palavras de ódio, não deve se voltar contra o estado.

Fique claro que os recursos que a bancada vai pedir para o Maranhão devem ser fiscalizados e ter sua aplicação acompanhada, a fim de evitar uso político ou favorecimento de aliados do governo, em detrimento daqueles que não dizem amém aos Leões.

O presidente Bolsonaro deve exigir, na aplicação de verbas mandadas para o estado, lisura em sua destinação e que o governador deixe de tratar a oposição de maneira diferente de como tem sido tratado pelo governo federal.

Para muitos que sentiram o peso da foice comunista, apesar de criticar a ditadura, Dino age como ditador. Para os amigos, afagos, verbas e obras. Aos opositores, ataques e punhos cerrados.

O presidente eleito Jair Bolsonaro deve estar atento e vigilante. E a bancada de oposição, não deixe de fiscalizar e denunciar quando houver uso unilateral dos recursos federais. O Maranhão, certamente, agradecerá.

Juvenil

A postura de estudante juvenil de Flávio Dino tem deixado aberto o espaço para novas lideranças da oposição que têm relações com o presidente eleito Jair Bolsonaro.

Na verdade, tem deixado espaço aberto para seus opositores, que olham na postura do governador uma oportunidade de mostrar que o comunista não tem preparo político para governar o estado.

E dizem isto porque Dino decidiu atacar o presidente eleito, quando todos os chefes de Executivos estavam parabenizando Bolsonaro pela vitória.

Estado Maior

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‘A oposição precisa se renovar’, diz Adriano

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O deputado Adriano Sarney (PV) será um dos quatro membros da oposição ao governo Flávio Dino (PCdoB) na Assembleia Legislatura. Seguindo para um segundo mandato, o deputado do PV vem se posicionando para assumir a liderança do grupo oposicionista na Casa a partir de fevereiro de 2019.

Além disto, Adriano Sarney também tem assumido um papel de uma das lideranças de seu grupo político que, em sua avaliação, deverá ser renovado para se encaixar no que ele considerou de novo momento político do Brasil.

Em entrevista a O Estado, parlamentar falou ainda de suas expectativas para os próximos quatro anos no Maranhão, apoio ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que ele considerou ser necessário para marcar posição contra o principal adversário de seu grupo político que é Flávio Dino.

O Estado – Como fazer oposição em uma Assembleia Legislativa com uma maioria de governistas eleitos?

Adriano Sarney – Nós já fizemos uma reunião (eu e o César Pires do PV e os deputados do MDB) para falar sobre a atuação. Sabemos da importância de se ter uma oposição para a democracia e acredito que esta é a hora de mostrarmos nosso compromisso com o Maranhão fazendo um contra ponto ao governo. Agora, o que acertamos é que é necessário renovar e reciclar a oposição. E acredito que até o fim do mandato que se inicia em 2019 haverá um ajuste e acontecerá o que aconteceu nesta legislatura quando a gente começou com apenas quatro deputados na oposição e estamos terminando com cerca de 10.

O Estado – Na sua opinião, qual seria o fato que poderá levar o aumento do quadro da oposição?

Adriano Sarney – As eleições municipais de 2020, com toda certeza, mexerá no grupo de Flávio Dino. Ele com a força do poder da máquina estadual concedendo cargos públicos, recursos e privilégios agregou muita gente e deixou o grupo grande e muito diversificado com lideranças que têm seus interesses e que levarão a conflitos futuros.

O Estado – Quanto ao seu grupo político, quais as expectativas agora com o fim das eleições?

Adriano Sarney – Muitas pessoas dizem que nosso grupo irá se fundir a outro. Eu acredito piamente nisto. Neste momento, acredito que precisamos reconstruir, renovar, reciclar o nosso grupo. E esta é nossa estratégia: trabalhar o grupo nesta nova era. Precisamos de nomes novos, precisamos buscar pessoas de fora [do grupo] para a oxigenação. Mas isso, claro, não significa que não precisamos de quem já faz parte do grupo. Claro que precisamos porque a experiência é necessária. Mas além da experiência, queremos pessoas de fora da política, mas que queira entrar na política como, por exemplo, jovens empresários, estudantes, médicos, profissionais liberais de forma geral. Enfim, nós buscaremos novas lideranças na população.

O Estado – O senhor declarou voto em Bolsonaro, mas seu grupo político falou muito no primeiro turno da ligação que vocês tiveram com o ex-presidente Lula. Por que agora no segundo turno o PT não serve mais?

Adriano Sarney – Quando eu decidi de forma individual, após consultar meus correligionários, apoiar Bolsonaro, eu fiz isso para marcar uma posição. Ou seja, se o Haddad veio ao Maranhão e apoio o Flávio Dino e o vice do Haddad é do PCdoB, partido do governador, não temos como ter uma posição diferente. Somos oposição a Flávio Dino e não podemos apoiar um candidato que apoia o comunista que é nosso adversário. Agora não há uma posição fechada em nosso grupo de apoio a Bolsonaro. Muita gente tem dito que a ex-governadora Roseana Sarney fechou voto no candidato do PSL. Não é verdade. Ela fez uma reunião e lá a maioria das lideranças – incluindo eu – decidiu que votaria em Bolsonaro. Roseana não declarou isto. Ou quando falam que Sarney Filho apoia Bolsonaro ou José Sarney, também não é verdade. Então, não podemos dizer que é nosso grupo político. O que ocorreu é que os membros do grupo foram liberados para tomarem suas posições.

O Estado – Aliados do governador Flávio Dino têm afirmado que votar em Bolsonaro é votar no grupo Sarney. Esta estratégia, em sua opinião, seria com qual intenção?

Adriano Sarney – Deve ser para manter o discurso Sarney/antisarney. Só pode. Porque nunca conversei com Bolsonaro. O apoio é espontâneo. O máximo que ocorreu foi uma conversa por telefone com o presidente do PSL no Maranhão, Chico Carvalho. Mas nada além disto. Não estou barganhando e nem trocando apoio. Declarei voto em Bolsonaro como forma de marcar posição no maranhão.

O Estado – Quais as expectativas para os próximos quatro anos no Maranhão?

Adriano Sarney – Flávio Dino terá agora no segundo mandato terá que defender o seu primeiro governo. Esta história de antisarney já acabou. Não vai colar mais culpar Sarney por problemas no estado. O que vejo é que o governador terá muitas dificuldades e problemas. Eu alertei várias vezes da situação financeira do estado do Maranhão. Falei que os recursos do Fepa dos aposentados já estão acabando. Ele gastou muitos recursos nesta campanha com atos que em alguns municípios eu considero ter sido abuso de poder político e econômico com obras eleitoreiras. Agora, este preço dentro do planejamento do governo dele, ele vai pagar. E o pior que será ele e infelizmente a população. E para piorar a situação, o provável que é teremos um governo estadual sem o apoio do governo federal porque pelo cenário que estamos acompanhando, o próximo presidente será Bolsonaro e o que Flávio dino vem fazendo? Atacando o presidenciável direto.

O Estado – Nesta legislatura que está findando, tiveram propostas como o da emenda impositiva que ajudaria a fortalecer a Assembleia Legislativa. O que o parlamento precisará, nos próximos quatro anos, para ser uma Casa fortalecida e não uma extensão do Palácio dos Leões?

Adriano Sarney – Eu fiquei extremamente triste com esta legislatura pela falta de independência do Poder Legislativo em relação ao Poder Executivo e a situação da emenda impositiva foi um exemplo quando os deputados governistas se acovardaram e decidiram não enfrentar o Palácio deixando a Assembleia enfraquecida. Para esta próxima legislatura, eu espero quer seja diferente. Que estes novos deputados que estão chegando adotem uma postura mais independente mesmo diante da pressão que o governo estadual venha fazer.

O Estado – Na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa, o senhor decidiu votar em Othelino Neto. Qual o motivo da escolha já que o deputado é do PCdoB, partido do governador?

Adriano Sarney – Na eleição passada para mesa diretora, eu estive presente na chapa que Othelino, sou o terceiro vice-presidente. Então ele votou em mim e eu votei nele. Então, agora eu acredito que dos nomes que chegaram a ser apresentados, o que tem mais força é Othelino porque sabemos que o presidente da Assembleia precisa ter o aval do governo. Além disto, acredito que ele é um presidente que tem respeitado o espaço da oposição e já estamos trabalhando para manter uma vaga na mesa diretora para a oposição e isto o Othelino me garantiu que terá. Eu não sou candidato a qualquer cargo até mesmo porque passei dois mandatos como membro da mesa e agora não quero mais.

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‘Fazer oposição é muito difícil’, diz Andrea Murad

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A deputada estadual Andrea Murad (PRP) divulgou, nota de agradecimento aos maranhenses. Ela não conseguiu se reeleger para a Assembleia Legislativa.

Segundo Andrea, fazer oposição no Maranhão é um trabalho muito difícil. “A responsabilidade de levantar a voz em defesa da nossa gente, voz que muitas vezes soou quase solitária…fiz sem mudar de lado, sem temer as represálias e sem recuar”, disse.

A deputada faz um agradecimento especial à população de Coroatá que lhe deu uma votação expressiva.

Leia a nota na íntegra:

“O momento é de agradecer por tudo. Primeiramente a Deus, que sabe todas as coisas e sempre tem os melhores planos para nós. Compreender isso é difícil para muitos, mas quero que fiquem todos em paz e relembrem que fizemos um bom trabalho pelo Maranhão como oposição ao governo.

Fazer oposição é um trabalho muito difícil. A responsabilidade de levantar a voz em defesa da nossa gente, voz que muitas vezes soou quase solitária, foi algo que tomou esses 4 anos de mandato de forma muito vigilante, pesada e que chegou até comprometer minha saúde nestes últimos meses. Foram anos dedicados a cumprir, realmente, um papel para o qual a população me chamou em 2014 e o fiz sem mudar de lado, sem temer as represálias e sem recuar.  Mesmo com muitos nos abandonando, — pois acham ser mais confortável ficar debaixo das sombras do Poder —, me mantive firme até o fim. Isso é motivo de muito orgulho, porque sei do meu papel em cada momento da minha vida.

Quando chegaram estas eleições, sabíamos, desde o início, que seria algo ainda mais difícil do que os anos de luta na oposição. Por que acompanhar candidatos oposicionistas alvos de perseguições desenfreadas? Como ter prefeitos, ex-prefeitos e lideranças fortes ao seu lado sem qualquer possibilidade de ajuda-los como parlamentar ou quando se é contra pagar por um voto com valor estabelecido nesse mercado desonesto? Só pude oferecer minha voz para denunciar as injustiças e que muitas vezes fiz enquanto ficavam às escondidas com medo de perseguições. Também foi difícil competir com a força com que a grande maioria dos governistas angariaram seus votos. Sem dúvida, uma disputa desequilibrada, que, infelizmente, a justiça só assistiu sem tomar as providências.

A vitória não veio desta vez e não há nada de errado nisso. Na política, um dia se vence, em outro se perde. Todo o meu grupo, candidatos ao governo, ao senado, os que realmente permaneceram firmes na oposição do início ao fim do governo Flávio Dino, perdemos as eleições, sim, mas isso não significa que amanhã será da mesma forma. Cresci nesse ambiente e já passamos por essa experiência. E não será saqueando prefeitura, tirando do povo o pouco que tem, ou fruto de agiotagens e de abusos, que quero ser deputada, mas sim por reconhecimento do que sempre defendi como parlamentar.

Então, encerrarei meu trabalho defendendo os ideais que sempre acreditei. Obrigada, Maranhão, e um obrigada especial à minha querida Coroatá que me honrou com expressiva votação me fazendo a deputada estadual mais votada do município diante do abuso econômico dos candidatos de Flávio Dino.”

Foto: Nestor Bezerra

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Edilazio diz que manterá oposição a Flávio Dino

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O deputado estadual Edilázio Júnior (PSD), eleito para a Câmara Federal com mais de 106 mil votos no último domingo, afirmou que se manterá na oposição ao governador Flávio Dino (PCdoB) em Brasília, a partir de 2019, quando inicia mandato no Congresso Nacional.

O posicionamento do parlamentar ocorreu em sessão plenária na Assembleia Legislativa.

“Tenho que destacar a vitória maiúscula do governador Flávio Dino, mas os votos que tive sei que são daqueles que não concordam com o Governo que aí está. E assim manterei a minha postura e minha postura ideológica lá em Brasília. Serei oposição a esse Governo que aí está, fiscalizando e cobrando pelas melhorias do povo maranhense. Essa será a nossa postura a partir do dia 1º de fevereiro, lá em Brasília, trabalhando em prol do nosso Estado”, disse.

Além de assegurar um trabalho em busca de desenvolvimento para o povo do Maranhão, Edilázio aproveitou para agradecer a expressiva votação no pleito de domingo.

“Quero também agradecer aos mais de 106 mil maranhenses que acreditaram nessa nossa empreitada rumo à Câmara Federal e, graças a Deus, exitosa. E trabalharei muito para honrar todos esses que saíram de casa no 7 de outubro para votar no Deputado Edilázio para a Câmara Federal”, disse.

Edilázio também agradeceu aos colegas que firmaram parceria para a eleição em todas as regiões do estado. “Tenho que fazer um agradecimento especial, senhor presidente, aos meus colegas de Parlamento que muito me ajudaram para que eu tivesse êxito. Dentre os quais quero citar o Deputado Antônio Pereira, Deputado César Pires, Deputado Adriano Sarney, o Presidente desta Casa, Othelino Neto, Deputado Arnaldo Melo, todos foram essenciais para essa nossa grande vitória, essa nossa conquista”, completou.

Edilázio exerce o seu segundo mandato na Assembleia Legislativa, e cumprirá, a partir de fevereiro de 2019, o primeiro mandato na Câmara Federal.
Foto: Divulgação

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