AS PREVISÕES ALEATÓRIAS DE 2015

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Não tenho a mínima intimidade com a mediunidade, o espiritismo e a cartomancia. Também não prezo e nem cultuo as artimanhas dos feiticeiros, bruxos, pais de santos e outras categorias do ramo.

Nem mesmo os que em nome das religiões e das seitas pregam e distorcem a fé dos incautos, ludibriando-os com promessas celestiais mirabolantes, merecem de mim alguma simpatia ou apreço. Ao contrário, detesto-os e desprezo-os e se dependessem da minha vontade, não estariam livres e nem impunes.

O preâmbulo acima serve para dizer que, no Brasil, no começo de cada ano novo, é comum a gente ver e ouvir pelas emissoras de televisão e de rádio, ou ler nos jornais e revistas, previsões ou profecias a respeito de fatos, atos e acontecimentos que deverão ocorrer no país e nos lugares onde se mora ou vive, bem como sobre as pessoas que fazem parte do cotidiano da sociedade.

Por conta disso, atrevo-me hoje, despojado de qualquer ranço de maledicência e animosidade, sem que eu seja médium, espírita, cartomante, feiticeiro, bruxo, ou pai de santo, fazer algumas previsões aleatórias acerca do que poderá acontecer este ano no Maranhão, em decorrência da virada política que veio à tona a partir de outubro de 2014, com o sucesso de Flávio Dino nas eleições. Vejamos, pois.

1 – A nova equipe de governo, escolhida cuidadosamente pelo governador Flávio Dino, a despeito de renovada e remoçada, será parcialmente alterada, em curto prazo. Uns, serão exonerados por não se adequarem ao jeito de administrar do governador; alguns, por incapacidade profissional; outros, por falta de espírito público.

2- Mais cedo do que imaginamos, serão chamadas a ocupar os lugares dos não ajustados ao que deles esperava o chefe do Executivo, algumas figuras humanas de governos passados e com experiência.

3 – Da lista de demissionários, sobrelevam o do secretário de Minas e Energia, José Reinaldo Tavares, da secretária da Cultura, Ester Marques, e da secretária de Educação, Áurea Prazeres. Zé Reinaldo, não por incompetência. Para não romper politicamente com o governador, de quem recebe afagos ou deferências pessoais, afastar-se-á por problemas hierárquicos. Na condição de ex-ministro e de ex-governador não gostará de receber ordens de cima para baixo. Sua ida para a Câmara Federal, para a qual se elegeu deputado, é fato consumado e questão de tempo. Ester, não se sustentará em face da pressão que setores da cultura popular farão para tirá-la do cargo. Áurea, por não dar conta do recado.

4 – Duas coisas que Flávio Dino na campanha eleitoral prometeu fazer à frente do comando do Estado, mas não serão concretizadas: a demolição da Casa de Veraneio de São Marcos e a duplicação do contingente da Polícia Militar.

Para demolir o imóvel governamental, será preciso tomar uma série de procedimentos burocráticos, tais como, autorização, mediante lei, da Assembleia Legislativa; constituir comissão de avaliação; publicação de edital, com fixação de preço mínimo, e realização de leilão.

Quanto à duplicação do contingente da Polícia Militar, motivos orçamentários e a falta de suporte financeiro o impedirão de realizá-la. O incremento de mais de seis mil soldados e oficiais à corporação, inviabilizará a folha de pagamento do funcionalismo público estadual.

5 – Órgãos da máquina administrativa que vão sofrer rigorosas devassas do novo governo: secretarias de Saúde, das Cidades, do Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar, Departamento Estadual de Trânsito e Empresa Maranhense de Administração Portuária.

6 – O deputado Gastão Vieira a despeito de não ter sido chamado pela presidente da República, Dilma Roussef, para compor o seu quadro ministerial, receberá convite para dirigir um órgão importante da administração federal.

7- O prefeito Edivaldo Holanda Júnior será mais visto pela população do que nos anos anteriores. Ao lado do governador Flávio Dino ficará mais corajoso e marcará presença em diferentes eventos que acontecerão em São Luis.

8 – José Sarney ainda que tenha abandonado a vida pública, não deixará de ser prestigiado e convocado a opinar sobre assuntos políticos e administrativos do país.

9 – Antes do final ano, muita gente que abominava José Sarney, lamentará a sua ausência do Senado da República, e se arrependerá de não haver votado em Gastão Vieira a senador.

10 – A cantora Alcione terá sua participação bastante reduzida nos eventos festivos de São Luis. A bola da vez chama-se Zeca Baleiro.

11 – O Boi Barrica e o Bicho Terra serão substituídos nas solenidades palacianas por outras manifestações folclóricas e de afrodescendentes.

12 – O musicista Turíbio Santos não tomará conhecimento de sua eleição para a Academia Maranhense de Letras e um novo pleito poderá ocorrer para preenchimento da vaga do saudoso José Chagas.

13 – Os prefeitos do Maranhão continuarão a desviar recursos dos municípios, sem temerem ou se intimidarem com as ações do Ministério Público, dos Tribunais de Contas, das Auditorias e da Controladoria Geral da União.

14 – As festas do PH devem continuar deslumbrantes e glamorosas, mas não contarão com as presenças do governador Flávio Dino e seus auxiliares.

15 – Desgraçadamente, o Centro Histórico de São Luis será ainda tratado com desprezo e desamor pelas autoridades responsáveis pela sua manutenção e sobrevivência como um dos mais belos monumentos do patrimônio artístico e cultural do país.

16 – O relógio do Largo do Carmo, teimoso como é, deve manter-se sem funcionar e visto apenas como um objeto de decoração.

17 – O time do Sampaio Correia, inobstante os reforços que receberá, não terá um bom desempenho no Campeonato Brasileiro, continuando, portanto, na série B.

18 – O ritmo da construção civil em São Luis deve cair, mas os imóveis da Península da Ponta D’Areia não vão perder as valorizações no mercado, por isso serão os mais procurados, sobretudo, salvo melhor juízo, pelos novos ocupantes de cargos públicos.

19 – Com a construção dos novos shoppings em São Luis, os problemas de trânsito e de mobilidade urbana aumentarão assustadoramente e levarão a população ao desespero coletivo e Canindé Barros à depressão.

20 – Sem novos estabelecimentos hospitalares, ficar doente em São Luis será uma questão mais de morte do que de vida.

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