HAROLDO TAVARES, O PREFEITO INESQUECÍVEL

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O excelente documentário sobre a atuação e o trabalho do engenheiro Haroldo Tavares, na Secretaria de Viação e Obras Públicas, no Governo José Sarney, e na Prefeitura de São Luis, na gestão do Governador Pedro Neiva de Santana, produzido e dirigido talentosamente pelo cineasta Joaquim Haickel, oportunizou aos que o assistiram, na semana passada, momentos de alegria e de saudade.

Alegria, pelo desempenho de um jovem técnico maranhense, recém-formado que se entregou de corpo e alma a um trabalho extraordinário em favor da cidade, não acostumada com iniciativas inovadoras e ações nada politiqueiras e imediatistas.

Saudade, porque depois de Haroldo Tavares, São Luis nunca mais contou com um gestor de sua envergadura, que alavancava obras não por impulso ou improvisação, mas sob o critério do planejamento e do ordenamento urbanístico.

Bons tempos aqueles em que um gestor administrava sem se preocupar com as eleições, mas com as gerações, e, como se bastasse, pensava, agia e trabalhava para São Luis progredir e se desenvolver em consonância com as diretrizes da técnica e da racionalidade.

Como foi bom ver e ouvir do próprio engenheiro o seu encontro com o governador José Sarney, jovem e idealista como ele, que o convidou a participar de sua equipe administrativa e ocupar o cargo de secretário de Viação e Obras Públicas, que jamais pensou exercê-lo, pois acabara de chegar da Europa onde se especializara em assuntos de natureza científica.

Aceitou o desafio e, mesmo com o pouco conhecimento das pessoas e da cidade, montou uma boa equipe, que o ajudou a construir obras estruturantes e realizar projetos audaciosos, que mudaram a fisionomia da capital e do interior do Maranhão.

Pelo documentário, quem não sabia ficou sabendo que, da iluminada cabeça de Haroldo, surgiram projetos audaciosos que os adversários de Sarney apelidaram de mirabolantes e fantasiosos, mas que produziram resultados satisfatórios na mobilidade urbana de São Luis, sem afetar ou comprometer a arquitetura e a paisagem histórica da cidade.

Dessa forja de obras de vulto, planejadas por Haroldo e aprovadas por Sarney, vieram à tona a Barragem do Bacanga, que fez São Luis espraiar-se para área do futuro Porto do Itaqui; a instalação do bairro Anjo da Guarda, para receber novos fluxos migratórios; a Ponte de São Francisco, para ligar o Centro Histórico à orla praiana, onde nasceram numerosos conjuntos habitacionais; a criação das Faculdades de Engenharia, Administração e Agronomia, para a preparação de mão de obra de nível superior; a fundação do Centro Maranhense de Televisão Educativa, para fornecer ensino a distância; a construção da Ponte do Caratatiua; a pavimentação da Estrada São Luis-Teresina, a construção da Hidrelétrica de Boa Esperança, a instalação de novos conjuntos habitacionais, com recursos do BNH, a implantação do Distrito Industrial, e outros empreendimentos.

A obra do cineasta Haickel, também, revelou que, com o término do mandato do Governador Sarney, assumiu a chefia do Poder Executivo do Estado, o professor Pedro Neiva de Santana, o qual, para comandar os destinos de São Luis, nomeou Haroldo Tavares.

Dentre as obras construídas na capital maranhense, sob a inspiração do jovem e dinâmico prefeito, duas ganharam relevo e até hoje são referências no desenvolvimento da cidade. Em primeiro plano, a construção do Anel Viário, de grande valia para a mobilidade urbana, por meio do qual se abriram novas alternativas para o transporte coletivo e particular, descomprimindo o centro da cidade e preservando a sua configuração original. Sem o Anel Viário, o tráfego hoje estaria literalmente estrangulado e mais caótico.

Em segundo plano, o projeto de recuperação das áreas palafitadas, sendo saneadas para ocupação de famílias de baixa renda, às quais a prefeitura outorgava lotes devidamente legalizados e no ponto de serem aproveitadas em moradias. Esse projeto, à época, pela sua magnitude social, recebeu das autoridades e dos técnicos de todo o País, os maiores elogios, por recuperar áreas abandonadas ou subutilizadas e transformadas em espaços úteis e legalizados.

Para coroar o gigantesco trabalho de Haroldo Tavares, que não se perca de vista a divulgação e a promoção de nossos valores – na música, na dança, nas artes plásticas e nas letras – que passaram a se apresentar não apenas em São Luis, mas em outras cidades brasileiras, que se encantaram com a riqueza cultural maranhense.

Ao final da exibição do filme, os espectadores, extasiados com o que acabaram de ver, buscavam uma resposta para uma inquietante pergunta: por que um homem do nível intelectual e técnico de Haroldo Tavares, com desempenho notável no Governo do Estado e na Prefeitura da Capital, ficou esquecido, viveu um impiedoso ostracismo e nunca foi lembrado ou indicado para governar o Maranhão?

Talvez, Freud explique.

 

DEPUTADO DORMINHOCO

A foto do deputado João Castelo, no plenário do Congresso Nacional,  dormindo escancaradamente e de boca aberta, foi exaustivamente postada na rede social.

Anos atrás, outro parlamentar maranhense, Cid Carvalho, no plenário da Câmara Federal, numa sessão noturna, também, foi flagrado, de boca aberta e dormindo a sono solto. A fotografia de Cid ganhou destaque na imprensa nacional e, durante bom tempo, os jornais de São Luis dela usaram e abusaram.

PALPITE DE RICARDO

Na opinião do ex-deputado Ricardo Murad a candidata Eliziane Gama tem tudo para ganhar a eleição de prefeito de São Luis.

Só há uma maneira dela não se eleger, diz Ricardo: Se aparecer um fenômeno político tipo Fernando Collor.

DISPUTA SEM BRIGA

O cargo de superintendente da Empresa Brasileira de Comunicação, em São Luis, é alvo de disputa entre a ex-governadora Roseana Sarney e o senador João Alberto.

Trata-se de uma luta sem vencido ou vencedor.

Enquanto Roseana luta pela nomeação da advogada Ana Graziela, João Alberto faz força por Assis.

NO CAMINHO DE GASTÃO

Quem tem competência se estabelece. Mesmo com pouco tempo à frente do FNDE, Gastão Vieira conquistou o apoio do corpo técnico e administrativo do órgão mais importante do Ministério da Educação.

O presidente Michel Temer e o ministro Mendonça Filho querem mantê-lo à frente do FNDE, pois sabe que Gastão é competente e probo.

Mas há uma pedra no caminho do maranhense: a bancada do PSDB paulista que não quer abrir mão do cargo.

CONVERSA ENTRE PRESIDENTES

Este jornalista e o dirigente do PMDB, Remy Ribeiro são testemunhas do telefonema trocado entre o presidente Michel Temer e o ex-presidente José Sarney.

A conversa, em tom de pura cordialidade, ocorreu na manhã de domingo passado. Temer estava em Brasília, Sarney em São Luis, mas delação premiada foi assunto descartado.

VIDA PREGRESSA

O jornal O Globo, do Rio de Janeiro, edição de domingo passado, dedicou três páginas ao deputado Waldir Maranhão.

Relatos e informações em abundância sobre a vida do maranhense, antes e depois de ingressar na política.

Pelo que o jornal mostrou, diria o saudoso Jânio Quadros, Waldir é irrecuperável para a democracia.

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