A INFELIZ DECISÃO DO TSE

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De uns tempos para cá, a Justiça brasileira vivia de bem com a sociedade, pela maneira como julgava e condenava os agentes públicos que aplicavam indevidamente as verbas federais.

Com essa postura diferenciada, o Judiciário mostrava-se atento e sintonizado com os novos tempos vividos pelo país, que exigia penalidades aos que, no exercício do cargo, esmeravam-se em malversar os recursos públicos.

Quando se imaginava que a Justiça assumira um novo papel, deixando de ser complacente com os corruptos, eis que o Supremo Tribunal Federal surpreende com uma decisão esdrúxula e na contra mão do que a sociedade anseia, retirando do Tribunal de Contas a competência de aprovar ou não as contas públicas e as transfere para as Casas Legislativas, fazendo voltar os tempos em que as barbaridades administrativas e financeiras praticadas pelos chefes dos Executivos ultrapassavam o limite da decência e ficavam por isso mesmo.

O STF, além de restabelecer a maligna simbiose de prefeitos com vereadores, que se pensava descartada da cena política brasileira, ainda joga a Lei da Ficha Limpa no limbo da História, ela, o instrumento mais eficaz no combate a bandidagem reinante no municipalismo brasileiro.

No interior do Maranhão, o foguetório correu solto quando chegou de Brasília a triste notícia de que a Suprema Corte havia decretado a sentença da Lei da Ficha Limpa.

CADÊ A FAIXA?

Dias antes da posse do governador Epitácio Cafeteira (março de 1987), um assunto chega às manchetes dos jornais e serve para engrossar o sussurro político maranhense: o desaparecimento do Palácio dos Leões da faixa governamental.

O caso volta à tona por conta da revista Veja ao abordar o sumiço em Brasília da faixa presidencial do Palácio do Planalto, que teria sido surrupiado ou extraviado.

Para descobrir o paradeiro da faixa presidencial, que tem um simbolismo especial, o gabinete do palácio entra em ação e uma sindicância é aberta para saber o destino dado àquele pedaço de pano e se aconteceu no governo de Lula ou de Dilma.

A faixa presidencial de Brasília nos leva à faixa governamental do Maranhão, sem a qual a solenidade de posse de Cafeteira ficaria capenga.  Por isso, o governador eleito apressa-se em mandar fazer outra.

Ao saber que o assunto se torna público por causa de Cafeteira, Luiz Rocha informa mediante nota oficial que a faixa não estava perdida, mas pronta para uso na transmissão do cargo.

A informação, em vez de encerrar o assunto, ao contrário, gera um caso político, porque Cafeteira, em carta dirigida a Luiz Rocha, comunica-lhe que não deseja receber o governo de suas mãos e muito menos a faixa.

Em revide, Luiz Rocha realiza uma pomposa solenidade no Palácio dos Leões e entrega pessoalmente a faixa a um oficial da guarda palaciana.

HISTÓRIA DO COMÉRCIO

Nesta quarta-feira, 31 de agosto, a Associação Comercial do Maranhão completa mais um aniversário de fundação.

Em comemoração à efeméride, serão relançados os quatro volumes da História do Comércio do Maranhão, úteis ao estudo da vida pública e privada do estado.

Os três primeiros volumes foram escritos pelo emérito professor Jerônimo de Viveiros, e o quarto pelo não menos ilustre mestre, Mário Meireles.

O primeiro e o segundo volume foram publicados em 1954, compreendendo o período de 1612 a 1895. O terceiro e último volume, veio a lume em 1964 e corresponde ao período de 1896 a 1934.

O quarto volume aparece trinta anos depois, na segunda gestão do empresário Carlos Gaspar, que convence o professor Mário Meireles a assumir a responsabilidade de dar continuidade ao trabalho do professor Jerônimo de Viveiros, publicando-o em 1994, compreendendo o período de 1935 a 1964, quando a Associação Comercial do Maranhão completava 140 anos de fundação. Gaspar consegue da Prefeitura de São Luis, sob a gestão do médico Jackson Lago, a publicação dos quatro volumes, que estavam esgotados.

Com o relançamento da História do Comércio do Maranhão, a presidente da Associação Comercial, Luiza Resende, marca a operosidade de sua gestão.

MARIA DA TEMPESTADE

Um dos melhores romances publicados no Brasil na década de 1950,  Maria da Tempestade, da autoria e João Mohana, está de volta.

O sucesso do livro, de venda e de crítica, foi tanto que veio a ser editado dez vezes, sempre pela AGIR,  que primava pela publicação de livros de qualidade.

Segundo Tristão de Ataíde, Maria da Tempestade é um romance fora do comum e, por isso impossível de excluí-lo das grandes criações da ficção brasileira.

João Mohana escreveu apenas dois romances: Maria da Tempestade e O outro caminho, que figuram na relação dos mais aplaudidos e procurados.

A última edição de Maria da Tempestade data de 1987. A partir daí, o sacerdote maranhense passou a priorizar só trabalhos com respeito à espiritualidade e orientação existencial.

Para que as novas gerações o leiam e as mais antigas o releiam, a Academia Maranhense de Letras resolveu editar Maria da Tempestade, a ser lançado em setembro, em comemoração ao aniversário de São Luis.

FEIRA DO LIVRO

A X Feira do Livro, promovida pela Prefeitura de São Luis, não será mais  em setembro, como anunciada.

Por determinação do prefeito Edivaldo Holanda Júnior o evento foi transferido para novembro.

Comenta-se que três motivos teriam levado o prefeito a esse procedimento: a pouca disponibilidade de recursos municipais; o receio de a Feira, como no ano passado, ser um fracasso e produzir reflexos negativos na sua reeleição; os recursos prometidos pelo Governo do Estado não chegaram aos cofres da municipalidade.

Em tempo: de uns anos para cá, a Feira do Livro de São Luis tem deixado a desejar. A de 2015 deu o que falar em matéria de desorganização e pelo que se dizia a de 2016 não seria diferente.

FANTASMAS DA FRAUDE

A fraude eleitoral, que grassou no Maranhão, na fase vitorinista, tinha como ponto alto o excesso de eleitores em cidades de pouca população.

Para acabar com essa e outras ilicitudes, que campeavam em diversas Zonas Eleitorais do Maranhão, nas décadas de 1950 e 1960, o Tribunal Superior Eleitoral realizou rigorosa revisão no eleitorado do interior do Estado.

Quando se julgava que essa aberração eleitoral não mais existisse no Maranhão, o TSE informa que nos municípios de Brejo de Areia, Junco do Maranhão e Porto do Rico do Maranhão, o número de eleitores é maior do que a dos que nelas habitam.

Que o Tribunal Regional Eleitoral explique isso.

RUA GRANDE ESVAZIADA

Na semana passada, fiquei estarrecido com uma cena que os meus olhos jamais viram em São Luis.

Eu, que conheço a Rua Oswaldo Cruz de ponta a ponta, desde os meus de jovem, pude ali observar algo inédito, deixando-me bastante preocupado.

Por volta das onze horas da manhã, considerado o pico do movimento comercial, o que vi na Rua Grande: a perda de sua identidade como a mais importante e concorrida da cidade.

Pouquíssimas pessoas nela andavam e sem gente virou um deserto não de areia, mas de asfalto. Diante daquele triste quadro, não há como não concluir: a crise chegou pra valer em São Luis e está fazendo muita gente sofrer.

VISITA DE SENADOR

Sábado passado, o senador Roberto Rocha visitou o empreendedor Mauro Fecury.

Estava acompanhado do filho e vereador, Roberto Rocha Junior, candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Wellington do Curso.

Não demorou, chegou o ex-deputado Gastão Vieira, com o qual, na última eleição de senador, Roberto Rocha trocou muita farpa.

Na saída, Roberto deu a mão a Gastão, demonstrando que em vez de guerra, quer agora  paz.

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