NÃO SE FAZ MAIS COMUNISTA COMO ANTIGAMENTE

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A 26 de outubro deste ano, um acontecimento de extrema relevância histórica, completou cem anos: a Revolução Russa de outubro 1917, marco na vida da humanidade, que via desabrochar um regime político, baseado nas ideias do filósofo alemão, Karl Marx, que preconizava uma sociedade sem a dominação da classe burguesa e o fim da exploração do homem pelo homem.

Incrível como, no Maranhão, um evento tão marcante do ponto de vista econômico político e social, foi praticamente esquecida pelos meios acadêmicos, políticos e intelectuais. Até o PC do B, que congrega figuras rotuladas de comunistas, liderado pelo governador Flávio Dino, não fez qualquer manifestação em homenagem a um dos maiores acontecimentos do século XX.

Para fazer justiça, apenas uma pessoa em São Luís, que não é comunista, socialista ou esquerdista, lembrou-se desse fato histórico: o desembargador Lourival Serejo, que registrou em artigo publicado em O Estado do Maranhão (22-10-2017) o feito memorável do povo russo.

O magistrado, sempre atento aos atos que marcaram a humanidade e de imensa repercussão na sociedade, não deixou que a Revolução Russa de 1917 passasse em brancas nuvens.

No artigo do desembargador vianense, de boa lavra e repleto de informações precisas sobre um movimento que abalou o mundo, uma atenção especial foi dada à efetiva participação de Gorbachev no governo russo, em que procurou executar uma abertura econômica e política, através da glanost e da perestroika, tendenciosamente desvirtuada por setores políticos soviéticos, que o estigmatizaram e o acusaram de traidor.

Por falar em Gorbachev, oportuno transcrever o comentário do romancista Josué Montello, inserido no “Diário de Minhas Vigílias”, quando de sua viagem a Moscou, integrando a comitiva do presidente José Sarney: “O discurso que o presidente Gorbachev proferiu no Kremlin, saudado o presidente Sarney, poderia ter sido um discurso meramente político, no sentido de corresponder a momento e uma situação, se não fosse também um discurso histórico, no sentido de definir com exatidão a hora nova dos dois países”.

Josué, entusiasmado com o que viu em Moscou e em outras cidades soviéticas, lembrou-se do velho amigo, jornalista Amorim Parga, que, da mocidade à maturidade, sempre exaltou as virtudes do regime comunista,  e a respeito do qual comentou: “Amorim Parga morreu fiel a si mesmo, às suas lutas, às suas convicções em São Luís, no Largo do Carmo, sentado num banco da praça,  quando, numa roda de amigos se pôs a cantar Internacional Comunista”. Continua o romancista: “Agora, ao ver o que estou vendo, reconheço que Amorim morreu na hora exata, antes que sobreviesse a derrocada. Como um herói, como um bravo. Sempre a sonhar o seu mais belo sonho. Até que lhe exauriu a vida, e ele, em silêncio, deixou pender a cabeça.”

CARA DE SENADOOR

Uma pessoa da minha relação de amizade fez este comentário político,  que passo ao conhecimento dos leitores. Disse ele: “Os deputados Weverton Rocha e Waldir Maranhão jamais serão senadores”. E completou: “Nenhum tem cara de senador.”

E Lobão? perguntei. Explicou: – Este tem cara de senador, a despeito de sua tremenda feiura.

AVIÃO E VAIA

Preparando-se para a campanha eleitoral de 2018, pois pretende se reeleger deputado federal, Júnior Marreca comprou um avião para ganhar tempo em suas visitas políticas.

Por falar em Marreca, foi terrível e uníssona a vaia que recebeu do povo itapecuruense, na inauguração da Agritec, em Itapecuru, na presença do governador Flávio Dino.

Se aqueles apupos se transformarem em votos, Marreca precisa o quanto antes começar a sua campanha na terra que o elegeu e o reelegeu prefeito.

RELIGIÃO NAS ESCOLAS

No Brasil de hoje trava-se uma discussão política e jurídica em torno do ensino de religião nas escolas.

O caso chegou ao julgamento do Supremo Tribunal Federal que permitiu as aulas de religião nos colégios públicos.

No meu tempo de criança, tive aulas semanais de catecismo, na igreja de Itapecuru e de religião no Grupo Escolar Gomes de Sousa, também, na minha terra. Depois, no Colégio dos Irmãos Maristas,  na condição de interno, rezava  antes de dormir e ao acordar, no café da manhã, no almoço, no jantar, no começo e no fim de cada aula, sem falar nas missas diárias.

Com toda essa pesada carga de religião a que fui submetido, na infância e na adolescência, não virei carola. Considero-me um medíocre católico apostólico romano.

CARTAS POLÍTICAS

Começou a temporada das cartas políticas. Por meio delas, os nossos  militantes partidários extravasam o que pensam sobre o momento político no Maranhão e de suas pretensões com vistas às eleições de 2018.

Quem produziu e divulgou a primeira epístola foi Ricardo Murad, na qual torna público a sua intenção de salvar o Maranhão, candidatando-se a cargo eletivo majoritário.

Depois, veio a de José Reinaldo Tavares, praticamente endereçada ao governador Flávio Dino, ao qual revela o propósito de ser candidato a senador e, nas entrelinhas, contar com o seu apoio.

A terceira carta poderá ser da autoria do senador João Alberto, com possíveis revelações sobre o seu futuro político.

FICOU NA SAUDADE

Com a viagem do deputado Rodrigo Maia ao exterior, o deputado Fufuquinha esperava novamente assumir o comando da Câmara Federal.

Desta vez, o 1º vice-presidente, deputado Fábio Ramalho, não viajou e permaneceu no Brasil.

Resultado: o plano de Fufuquinha, de exercer por nove dias a direção da Câmara dos Deputados, rolou por águas abaixo.

KÁTIA BRILHOU

Na semana passada, o Teatro Municipal do Rio de Janeiro foi palco da comemoração dos oitenta anos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Na solenidade, a superintendente do IPHAN, Kátia Bogéa, discorreu sobre a trajetória do órgão ao longo do tempo e dos feitos em prol da preservação do patrimônio histórico e artístico nacional.

O ponto alto do pronunciamento de Kátia, que levou o auditório a aplaudi-la de pé: a situação de penúria e de abandono em que se encontra o IPHAN, que poderá fechar as portas se a sociedade não se posicionar em sua defesa.

ADVOGADO DE SARNEY

A brilhante peça jurídica, de defesa do ex-presidente José Sarney, injustamente acusado de receber propina da Petrobras, foi produzida pelo famoso advogado Kakay.

No iluminado trabalho de Kakay, destaque para este trecho: “Indignação de um homem de 87 anos de idade, sem jamais ter tido de responder a uma só acusação de improbidade, nem a um simples inquérito policial, parlamentar ou ação penal”.

BATE-BOCA

O violento bate-boca, entre os desembargadores Jorge Rachid e Luís Fernando Bayma, que aconteceu, no ano passado, no plenário do Tribunal de Justiça do Maranhão, é considerado refresco quando comparado ao ato protagonizado pelos ministros Gilmar Mendes e Luiz Barroso, no plenário do Supremo Tribunal Federal, em Brasília.

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