MARANHÃO OU MARANHÃOZINHO

0comentário

No seu primeiro mandato, o governador Flávio Dino não anunciou de uma só vez, como os antecessores costumavam fazer, a equipe de trabalho que o ajudaria a gerir a máquina administrativa do Maranhão.

Lembro da curiosidade reinante nos meios políticos e jornalísticos, dias antes da posse, com relação aos nomes que subiriam as escadas do Palácio dos Leões com o novo governante, empenhados na realização de um governo renovado e capacitado.

Conquanto assediado pela imprensa, Flávio manteve-se, nessa questão, em pleno mutismo e até fazia mistério em torno dos integrantes do primeiro escalão de seu governo.

Esse silêncio só foi rompido às vésperas da sua investidura no cargo para o qual se elegeu, quando assumiu a responsabilidade de anunciar em doses homeopáticas os atores incumbidos de executar uma gestão de tendência esquerdista.

À medida que a opinião pública tomava conhecimento do cargo e de seu ocupante,  concluía que a grande maioria do primeiro escalão de Flávio não emanava dos conhecidos e viciados quadros partidários, mas de um exército de jovens profissionais liberais, marinheiros de primeira viagem na vida pública, mas dotados de potencial intelectual e de boa formação moral, atributos que lhe davam a garantia de ter a seu lado gente não comprometida com a politicalha, mas de pessoas do nível de Felipe Camarão, Rubens Junior, Carlos Lula, Rodrigo Maia, Diogo Galdino, Marcellus Ribeiro,  Rodrigo Lago, Jeferson Portela,  Antônio Nunes, Davi Teles e Duarte Junior.

Com esse grupo, que sofreu mudanças ao longo do governo, Flávio Dino conduziu uma máquina administrativa que o levou à reeleição em 2018, para cumprir um novo mandato, iniciado em janeiro de 2019, mas visivelmente diferenciado e tendente a não repetir o desempenho da gestão anterior por dois motivos.

Primeiro, pelo prematuro lançamento de sua candidatura à sucessão do Presidente Jair Bolsonaro, o que significa dizer que terá pela frente encargos e compromissos que vão exigir dele atenções especiais e fora da rotina estadual.

Segundo, porque abriu mão de requisitos usados na primeira administração, quando organizou uma equipe de trabalho fiel à sua imagem e semelhança, que não tem nada a ver com a formação atual, preenchida por figuras egressas da sacola de políticos comprometidos com o que há de pior, gente que se elegeu às custas de recursos públicos das prefeituras municipais e que desejam transformar o Maranhão em Maranhãozinho.

PALMAS PARA OTHELINO

O deputado Othelino Neto surpreendeu a mim e aos convidados à solenidade em que a Assembleia Legislativa do Maranhão comemorou 184 anos de instalação.

Sem alarde, mas de modo firme, o chefe do Legislativo deu sequência ao projeto concebido anos atrás pelo deputado César Pires e continuado na gestão do deputado Arnaldo Melo, o de recuperar a história do Parlamento estadual.

Com os meus olhos de pesquisador, vi com satisfação e emoção, o magnífico trabalho realizado na gestão de Othelino e voltado para a revitalização de um acervo histórico de grande valia, que se achava perdido.

DEPUTADO POR UM MÊS

O secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, aceitou o convite do governador Flávio Dino para continuar à frente do órgão que dirige desde a gestão passada.

Aceitou, mas fez uma proposta para permitir que o segundo suplente Gastão Vieira assuma o mandato de deputado federal: ficar um mês na Câmara de Deputados para apresentar projetos que considera proveitosos ao país.

CORRENDO PERIGO

Pelo que se sabe, o governador Flávio Dino concordou com a proposta de Simplício, mas deixou no ar um prudente aviso.

Se dentro de um mês ele não reassumir o cargo de secretário de Indústria e Comércio poderá ser exonerado.

GASTÃO E A REFORMA

Nos mandatos cumpridos por Gastão Vieira na Câmara dos Deputados, pelo seu brilhantismo e por defender intensamente causas pela melhoria da Educação, não por acaso chegou à presidência da Comissão de Educação e Cultura.

Na expectativa de retornar ao Congresso Nacional, Gastão quer, nesta legislatura, participar ativamente dos debates em torno da Reforma da Previdência, para o qual tem em vista apresentar emendas de excelente alcance social.

 A GÁS O QUE É DE ANA

O governador Flávio Dino não acertou quando nomeou a deputada estadual Ana do Gás para a Secretaria da Mulher.

Ainda que seja uma parlamentar atuante em defesa das causas femininas, melhor seria se ocupasse um cargo com a qual se identifica politicamente:  presidente da Companhia Maranhense de Gás.

 PLACAS DO PANTHEON

Pelos numerosos equívocos encontrados nas placas dos pedestais, que sustentam os bustos dos intelectuais maranhenses, na Praça do Pantheon, o IPHAN resolveu entrar em ação.

Pediu à Academia Maranhense de Letras a revisão dos registros sobre a vida e a obra das figuras que ali representam a cultura de nossa terra.

PALCO PRESIDENCIAL

Os camarotes da Passarela do Samba, no Rio de Janeiro, servem de palco para os políticos que se lançam candidatos à Presidência da República.

Com esse objetivo, o governador de São Paulo, João Dória, pretende marcar presença no Desfile das Escolas de Samba, na Marquês de Sapucaí.

O governador Flávio Dino, com a sua candidatura, também, lançada a Presidente da República, resolveu ficar em São Luís e brincar o carnaval ao lado dos foliões maranhenses.

GASTO SUSPEITO

Maria Regina Duarte Teixeira, candidata a deputada estadual, pelo PRB, recebeu nas eleições de 2018 apenas 161 votos.

Para fazer face à sua campanha eleitoral, o partido do deputado Kleber Verde, repassou a ela R$ 3.633,00, recurso que teria empregado na confecção de adesivos e de material impresso em uma gráfica suspeita.

Vem chumbo grosso aí.       

Sem comentário para "MARANHÃO OU MARANHÃOZINHO"


deixe seu comentário

Twitter Facebook RSS