O SUICÍDIO DE GETÚLIO E A RENÚNCIA DE JÂNIO

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Agosto, do ponto de vista político, é considerado, no Brasil, um mês fatídico.

Este ano, a não ser as insensatas manifestações orais do Presidente da República, Jair Bolsonário, o mês de agosto encerra-se sem o registro de nenhuma efeméride trágica, que mexesse com os nervos ou abalasse emocionalmente o povo brasileiro.

Essa aura conquistada por agosto, de mês carregado de maus presságios políticos, teve como ponto de partida dois eventos, que, em passado não tão remoto, produziram consequências dramáticas na vida brasileira.

O primeiro foi o suicídio do Presidente Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954; o segundo, a renúncia do Presidente Jânio Quadros, em 25 de agosto de 1961, que resultaram em terríveis crises políticas, que se não conduziram o Brasil ao desvio de sua rota democrática, o levaram a sofrer traumas na sua vida institucional.  

Quando Getúlio Vargas praticou o ato extremo contra a própria vida, eu era um garoto de 16 anos, estudante do Liceu Maranhense, mas acompanhava, ainda que timidamente, o que ocorria na cena política brasileira, invariavelmente lavrada no Rio de Janeiro, então capital da República, mas levadas ao conhecimento da população pelas emissoras de rádio e jornais.

Não posso esquecer daquela triste manhã, em que a notícia do suicídio de Vargas invadiu a capital maranhense e fez parar todas as suas atividades públicas e privadas.

Com o encerramento das aulas do Liceu, grande parte dos alunos rumou para a Praça João Lisboa, que se encontrava lotada, com gente em busca de informações a respeito de tão brusca tragédia.

No tocante à renúncia de Jânio Quadros, sete anos depois da morte de Getúlio Vargas, ato que acompanhei com inusitado interesse, pois estava com 23 anos de idade e estudava no Rio de Janeiro, que, a despeito de não ser mais a capital do país, polarizava os protagonismos políticos praticados em Brasília.

 O ato perpetrado por Jânio, em 21 de agosto de 1961, que, inesperadamente, renuncia ao cargo de Presidente da República do Brasil, não comove a opinião pública, como o suicídio de Vargas, mas deixa o país em estado de alerta e gerada por um homem inteligente e sagaz, mas dotado de temperamento imprevisível e emocionalmente descontrolado, cujo desejo era produzir uma agitação social, com o fito de ser reconduzido ao poder, mas investido de prerrogativas excepcionais.

Entre os dois episódios, há um fio condutor a uni-los. Trata-se de Carlos Lacerda, figura humana e política, que pela audácia e coragem como defendia os seus pontos de vista, nem sempre democráticos, pregava a adoção no país de um governo autoritário.

 Se no suicídio de Vargas, Lacerda aproveitou-se do mar de lama que dominava o governo, para tentar golpear as instituições democráticas, na renúncia de Jânio, à guisa de combater a política externa independente, ele, pregava abertamente a introdução de um regime de exceção, que não vingou, mas gerou aguda crise institucional, com o presidencialismo substituído pelo parlamentarismo.

NOVENTA ANOS DE CABRAL

Setembro chega com a alvissareira notícia da mudança de idade do professor e ex-reitor, José Maria Cabral Marques.

No dia 17 vindouro, ele completa noventa anos, cercado do carinho dos familiares e da admiração dos amigos.

Pelo que fez e construiu ao longo da vida, Cabral, além dos cumprimentos, merece muitas homenagens.

BRIGA FAMILIAR

Desde o dia 23 de julho, o prefeito de Paço Lumiar, Domingos Dutra, encontra-se internado no Hospital São Domingos.

Enquanto ele sofre por causa de um AVC, que os médicos lutam para salvá-lo, os familiares tornaram pública uma desenfreada briga pelo direito de acompanhá-lo.

É triste e lamentável ver a Justiça assegurando aos filhos de Dutra o direito de ver o pai sofrendo num leito hospitalar.

LAUTO BANQUETE

Uma vez por mês, em Brasília, o senador Weverton Rocha, reúne a bancada maranhense no Congresso Nacional, para um almoço de confraternização.

O lauto banquete faz parte de uma estratégia política do senador do PDT, na sua miragem de ser candidato à sucessão do governador Flávio Dino.

Em tempo: faz parte dos planos de Weverton Rocha, de ser o próximo governador do Maranhão, a eleição do vereador Osmar Filho a prefeito de São Luís, em 2020.

NOMEAÇÃO DE NATALINO

A qualquer momento pode ser anunciada a nomeação do professor Natalino Salgado, a reitor da Universidade Federal do Maranhão.

O ato já se encontra no Palácio do Planalto e no ponto de ser assinado pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro.

No Ministério da Educação, a vida de Natalino Salgado foi virada do avesso e nada foi encontrado para impedi-lo de retornar ao cargo de reitor da UFMA.

SIMÃO ESTÁCIO E CARLOS GASPAR

Simão Estácio da Silveira escreveu a obra Relação Sumária das Coisas do Maranhão, em 1619, com o propósito de atrair portugueses para a nossa região.

É de sua autoria essa antológica frase: – Das terras que Portugal conquistou o Brasil é o melhor e o Maranhão é o melhor do Brasil.

O empresário Carlos Gaspar diz que se o colonizador português chegasse agora ao Brasil, a sua frase seria: – Das terras que Portugal conquistou o Brasil é o melhor e o Maranhão é o pior do Brasil.

JOSIMAR E ALOÍSIO

Não devem ser convidados para ficar juntos os deputados Josimar de Maranhãozinho e Aloísio Mendes.

Motivo: em Brasília corre a notícia de Aloísio

Mendes entregou ao Presidente Jair Bolsonaro um dossiê completo sobre a vida pregressa de Mauro da Hidrele, indicado por Josimar para a superintendência do Incra no Maranhão, mas demitido por incompatibilidade moral com o cargo.

FLÁVIO NÃO SE INTIMIDOU

Caiu do cavalo quem imaginou o governador Flávio Dino ficar calado e quieto na recente reunião realizada em Brasília, do Presidente da República com os governadores da Amazônia.              

O governador maranhense quando abriu a boca, criticou diplomaticamente Jair Bolsonaro, por estigmatizar a presença das ONGS na Amazônia.

A crítica foi tão suave, que o Presidente da República não o olhou com raiva e nem desdém.

CRISE LIBIDINOSA

A cidade de São Luís, afora as crises que vivem a atormentar a sua população, passou a ser atacada por um mal inesperado.

Trata-se da crise da libido, que pode ser detectada pelo fechamento de inúmeros motéis que infestavam a cidade.

HINO NA MISSA

O escritor Bernardo Almeida, quando não tomava alguma birita, era um homem sóbrio e educado.

Mas quando bebia, era capaz de praticar atos incríveis.

Na conquista da primeira Copa do Mundo pelo time do Brasil, Bernardo, que havia assistido ao jogo pela televisão e ingerido algumas doses de uísque, foi participar de uma missa na igreja dos Remédios e na hora da Elevação, inesperadamente soltou a voz e cantou: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas”.  

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