ELEIÇÕES EM DOIS TURNOS EM SÃO LUÍS

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De conformidade com a Lei 8.214, de 24 de julho de 1991, as eleições nos municípios com mais de 200 mil eleitores, seriam considerados eleitos o prefeito e o vice, que obtivessem maioria absoluta de votos.

Se nenhum candidato alcançasse a maioria absoluta na primeira votação, uma nova eleição se realizaria com a participação dos dois candidatos mais votados, considerando-se eleito o que obtiver a maioria de votos, não computados os em branco e os nulos.

Nas eleições de 3 de outubro de 1992, 11 candidatos concorreram à sucessão do prefeito Jackson Lago: Conceição Andrade, João Alberto, Haroldo Saboia, Jaime Santana, Evandro Bessa, Costa Ferreira, Mauro Fecury, Carlos Guterres, Beto Douglas, Nan Sousa e Rubem Soares.

Nenhum conseguiu a maioria absoluta de votos, por isso os dois mais votados no primeiro turno, Conceição Andrade e João Alberto, voltaram a se enfrentar a 15 de novembro de 1992, com a vitória da candidata do PDT, que conquistou 137.687 sufrágios, e o opositor, 77. 239 votos.

Nas eleições de outubro de 1996, Jackson Lago, rompido com Conceição Andrade, disputa contra um batalhão de candidatos: João Castelo, Pedro Fernandes, Afonso Manuel, Antônia Senhorinha, Antônio Fontenele, Marcos Nascimento e Eurico Fernandes.

Como nenhum obteve a maioria absoluta, os mais votados, Jackson Lago e João Castelo, se enfrentam no segundo turno, no qual Jackson impôs-se de forma inequívoca sobre o concorrente.    

Nas eleições de outubro de 2000, Jackson Lago concorre à reeleição, mas vence logo no primeiro turno, com uma votação expressiva de 194.109 sufrágios, enfrentando os candidatos João Castelo, José Antônio Almeida, José Raimundo Rodrigues, Helena Heluy, Cloves Savalla e Marcos Silva.

No pleito de 2004, Tadeu Palácio, envergando a camisa do PDT, consegue uma votação robusta de 221.854 votos, o que lhe garante vencer no primeiro turno os candidatos Ricardo Murad, João Castelo, Helena Heluy, Edivaldo Holanda (pai) e Luiz Noleto.

Com vistas às eleições de 2008, uma das mais disputadas em São Luís, pela qualidade e quantidade dos candidatos: João Castelo, Flávio Dino, Clodomir Paz, Raimundo Cutrim, Gastão Vieira, Cleber Verde, Welbson Madeira, Paulo Rios, Waldir Maranhão, José Ribamar Pedrosa e Pedro Fernandes, nenhum obteve a votação exigida pela legislação eleitoral, razão porque o pleito decidiu-se no segundo turno entre os candidatos mais bem votados, João Castelo e Flávio Dino, cuja vitória, depois de uma quarta derrota, o ex-governador, afinal, saiu vitorioso.        

Em 2012, o prefeito João Castelo decide disputar a reeleição, mas não consegue votação suficiente para se eleger no primeiro turno, concorrendo contra os candidatos Edivaldo Holanda Júnior, Tadeu Palácio, Elisiane Gama, Ednaldo Neves, Haroldo Saboia, Marcos Silva e Washington Oliveira.

Edivaldo e Castelo, os mais votados, partem para o segundo turno, no final do qual o primeiro teve 36, 44 % e o segundo, 30, 6% da votação.

Nas eleições de 2016, no primeiro turno, em 2 de outubro, concorreram com Edivaldo Holanda Júnior, que disputava a reeleição, os candidatos Eduardo Braid, Elisiane Gama, Wellington do Curso, Fábio Câmara, Rose Sales, Zé Luís Lago, Cláudia Durans e Valdeny Barros.

Os mais votados no primeiro turno, Edivaldo Júnior e Eduardo Braid, respectivamente, com 45, 66% e 21, 34% da votação, se defrontaram no segundo turno (30 de outubro), com o prefeito suplantando o opositor de modo convincente, abiscoitando 53,94% da votação.

No próximo domingo, o eleitorado de São Luís participará de um oitavo pleito, este, travado entre Eduardo Braid e Duarte Júnior. Dos sete já realizados, cinco se decidiram no segundo turno e dois no primeiro turno.

PREFEITO ITINERANTE

Nas recentes eleições municipais, abundaram os candidatos evangélicos aos cargos executivos e legislativos, o que contrasta diametralmente com os membros da igreja católica, que se ausentaram da pugna eleitoral, excetuando-se o padre William, que se elege prefeito de Alcântara.

Antes de Alcântara, o trêfego sacerdote foi eleito gestor dos municípios de Santa Helena e Guimarães.

A próxima meta do padre William é ser prefeito do Vaticano.

DA VELHA GUARDA

Dos candidatos que não pertencem à nova geração de políticos do Maranhão, apenas Pedro Fernandes se deu bem nas urnas, elegendo-se prefeito do município de Arame.

João Alberto, Paulo Marinho, Pereirinha, Pavão Filho, Afonso Manuel, candidatos à vereança de Bacabal, Caxias e São Luís, bem como Ricardo Murad, Léo Costa, Filuca Mendes, Ildo Marques, Sebastião Madeira, Valdivino Cabral, Magno Bacelar( Nota Dez), candidatos a prefeito de Coroatá, Barreirinhas, Pinheiro, Imperatriz, Santa Inês e Chapadinha, foram inapelavelmente derrotados por um eleitorado renovado.    

O TRIUNFO DE COROBA

O ex-promotor Benedito Coroba, obteve uma vitória maiúscula à prefeitura de Itapecuru.

Nos anos oitenta, ele, o favorito na eleição ao cargo de prefeito, perdeu para uma candidata bisonha.

Nestas eleições, Coroba derrotou o jovem médico, Ricardo, apoiado por quatro ex-prefeitos de Itapecuru: José e Miguel Lauand, Júnior Marreca e Magno Amorim.

NETO DE DONA ENIDE

O jovem empresário, Daniel Tavares Dino, neto de Dona Enide Dino, elegeu-se vereador à Câmara Municipal de Itapecuru.

Ele comanda, naquela cidade, os negócios da fábrica de derivados da cerâmica. Pelo bom relacionamento com a população itapecuruense, participará dos trabalhos legislativos da minha terra.

FORA BOLSONARO

Pelo que se sabe, os dois candidatos que vão disputar as eleições de segundo turno, em São Luís, Eduardo Braid e Duarte Júnior, não vão pedir o apoio do presidente Jair Bolsonaro.

Ambos, querem medir forças sem a presença de estranhos à militância política maranhense.

A BRAVURA DE KARLA

Em várias eleições, Karla Sarney concorreu a cargos legislativos, para a Câmara Municipal de São Luís e Assembleia Legislativa do Maranhão, mas sem obter votação suficiente para se eleger.

As derrotas sofridas, não abaterem a jovem candidata, ao contrário, deram-lhe mais força e convicção para continuar a luta por um lugar ao sol na vida política maranhense.

Pela determinação, impetuosidade e força de vontade, o que Karla esperava, aconteceu no recente pleito: elegeu-se vereadora à Câmara Municipal de São Luís.  

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