MARANHÃO NOVO E O DE TODOS NÓS

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Eliézer Moreira, advogado e membro da Academia Maranhense de Letras, escreveu um livro com o título de “Maranhão Novo: a saga de uma geração”, obra imperdível e necessária sobretudo para as novas gerações, mal informadas a respeito de um governo e de um governador, eleito em 1965, depois de uma campanha eleitoral vibrante e popular, levando de roldão um sistema de poder que dominou o Maranhão durante vinte anos, comandado pelo senador Vitorino Freire.

O governador autor dessa notável façanha política, chamava-se José Sarney, jovem de 35 anos, que subiu as escadas do Palácio dos Leões em 31 de janeiro de 1966, para realizar um governo moderno, inovador e soterrar a arcaica e viciada estrutura econômica e social do Maranhão.

O livro de Eliézer reporta-se exclusivamente aos idos de 1966-1970, quando o governador José Sarney decide convocar um elenco de jovens, que vivia marginalizado dentro e fora do Estado, para se juntar a ele numa guerra pacífica mas indômita, para promover mudanças na máquina administrativa do Maranhão, que apresentava os piores índices de desenvolvimento e com uma população de milhões de analfabetos, desempregados e pobres.

 Para materializar esse projeto de transformação, Sarney formou um grupo técnico de alta qualidade pessoal e moral, da estirpe de Bandeira Tribuzi, Nivaldo Macieira, Eliézer Moreira, Joaquim Itapary, Mário Leal, Darson e Edmilson Duarte, Cabral Marques, João Alberto, Miguel Nunes, Chico Batista, Alberto e Lourenço Vieira da Silva, José Reinaldo Tavares, Vicente Fialho, Roberto Macieira, Celso Lago, Manoel Dias e Mirtes Haickel, dentre outros, para fazer parte da sua Assessoria Técnica, depois transformada em Sudema – Superintendência de Desenvolvimento do Maranhão. 

Com esse grupo de intelectuais e técnicos, o jovem governador pensou, planejou e executou projetos que mudaram radicalmente a estrutura econômica e social do Estado, fazendo o seu governo ser até hoje considerado como o mais importante e produtivo, pelas obras de infraestrutura construídas e pela mentalidade reformista.

Em carta a Eliézer, Sarney escreveu: “ O seu livro é repleto de informações e é a única fonte de que podem se valer historiadores como ponto de referência, o que irá esclarecer muitos fatos, além de ser um repositório do pensamento de uma geração que mudou a História do Maranhão, que eu gosto de referir como a geração dos poetas, título que me apropriei egoisticamente como líder desse grupo, formado por uma equipe brilhante, dedicada e cheia de amor ao Maranhão, responsável pela sua preparação para ser um Estado desenvolvido, como hoje o é”.  

Os estudiosos e pesquisadores procuram cotejar o Maranhão Novo com o Maranhão de todos nós, este, vindo à tona nas eleições de 2014 e 2018, sob o comando de um jovem político, culto, honesto e sagaz, chamado Flávio Dino, que se encontra na metade do segundo mandato, mas sem conseguir convencer o eleitorado que nele votou de que a sua administração, ainda que bem-sucedida em alguns setores, não pode ser nivelada com a de Sarney, que chegou ao Palácio dos Leões há 55 anos, mas até hoje é lembrado como o melhor e o mais positivo do período republicano.

Diante, pois, desse quadro comparativo nada semelhante, até porque os tempos são outros e os problemas se diferem em magnitude, tudo leva a crer que a vantagem do governo Sarney sobre o de Dino, deve-se primordialmente à  presença de um competente grupo de técnicos, a grande maioria no fulgor da juventude, que o assessorava e ocupava cargos de relevância no Estado.

Enquanto no Maranhão Novo os assessores de Sarney eram conhecidos e preparados para o cumprimento das funções e ações delegadas pelo governador, no Maranhão de Todos Nós, os que exercem cargos de primeiro escalão, são praticamente desconhecidos da população, que não sabe se estão habilitados para o exercício de tarefas administrativas.

Apenas um exemplo: na gestão de Sarney, na área da Educação, sobressaíram-se as Escolas João de Barro, voltadas para alfabetização do homem rural, e os Ginásios Bandeirantes, destinados ao ensino secundário dos jovens do interior.

No governo de Flávio, a ênfase foi a construção das Escolas Dignas, com os requintes da modernidade e da força dos meios de comunicação, mas não conseguiram superar as vantagens das Escolas João de Barro e dos Ginásios Bandeirantes.

DISCURSO DA ESTUPIDEZ

Na reunião do governador com os representantes dos três poderes e autoridades políticas e sanitárias, o desembargador Lourival Serejo lembrou que estamos enfrentando três grandes

problemas nessa epidemia: a expansão do Covid-19 e suas variantes, o discurso da estupidez e o clamor da fome.

Ao referir-se ao discurso da estupidez, o presidente do TJ estava conectado à obra de Mauro Mendes Dias, que trata dessas vozes fanáticas e negacionistas.

HOMENAGEM A SARNEY

Quando a Academia Maranhense de Letras voltar a se reunir, no fim deste mês, o presidente Carlos Gaspar anunciará a homenagem ao decano da instituição, José Sarney.

A solenidade, com a presença do homenageado, faz parte das comemorações de seus noventa anos, completados em abril do ano passado. 

Na homenagem serão lançados um livro e um filme sobre a vida política e literária de Sarney, preparado e custeado pela AML.  

COROBA E O CORONAVÍRUS

O Covid-19 só estava esperando o prefeito Benedito Coroba assumir o cargo de prefeito para poder atacá-lo e junto com a população de Itapecuru.

Na primeira onda do Covid, os itapecuruenses não foram molestados pela doença, mas na segunda onda, o coronavírus não está livrando ninguém.

UM BOM SECRETÁRIO

O novo secretário de Saúde da prefeitura de São Luís, Joel Nunes, era um ilustre desconhecido na cidade.

Pelo bom trabalho que vem realizando, depois de Eduardo Braid assumir o cargo de prefeito, vem conquistando os aplausos da população, que tem acompanhando com desusado interesse as ações postas em prática na cidade pelo incansável médico, com respeito à vacinação do povo.

UM TRIO QUE VIROU DUPLA

Até pouco tempo, três parlamentares federais do Maranhão – senador Roberto Rocha e os deputados Aluísio Mendes e Hildo Rocha – eram os queridinhos do presidente Jair Bolsonaro e dele conseguiam o que pediam.

Depois que o deputado Hildo Rocha não votou no deputado Artur Lira, candidato de Bolsonaro a presidente da Câmara Federal, caiu em desgraça no Palácio do Planalto.

 DONO DAS PREFEITURAS

Depois do anúncio dos prefeitos eleitos, o deputado Josimar do Maranhãozinho encheu a cidade de São Luís de outdoors, declarando que “era dono de mais de quarenta prefeituras no Maranhão”.

Não é por acaso que se diz aqui e alhures que o parlamentar ou pra lamentar fez fortuna à base de recursos de prefeituras.    

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