AGNALDO TIMÓTEO: O ETERNO ROMÂNTICO

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Por influência de meu pai, que adorava, prestigiava e mantinha as bandas musicais da minha terra natal – Itapecuru, sou, desde garoto, um visceral apreciador da música popular brasileira.

Vem daquela época, a minha idolatria pelos cantores Chico Alves, Sílvio Caldas, Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Agostinho dos Santos, Carlos Galhardo,Ivon Cury, Lúcio Alves, Luíz Gonzaga, Jorge Goulart, Miltinho, Nora Ney, Ângela Maria, Dolores Duran, Dalva de Oliveira, Ellen de Lima, Maysa, Lana Bittencourt, que ouvia cantar pela Rádio Nacional, do Rio de Janeiro ou por meio de discos vinil, tocados em radiolas, sem esquecer dos filmes brasileiros, produzidos pela Atlântida.

Mais tarde, com o avanço da tecnologia e da chegada da televisão, os artistas acima citados, que brilharam na década de 1950, passaram a ceder lugar a uma nova geração de cantores, que ocuparam o espaço das grandes atrações da época de ouro do rádio.

Com os novos tempos da televisão, as radiolas, os discos vinil e os elepês foram gradativamente saindo de circulação e substituídos pelas novidades intituladas de CDs e DVDs, que dominaram o mercado fonográfico.

Sob o influxo da tecnologia de massa, surge uma safra de  cantores românticos, a exemplo de Agnaldo Timóteo, Altemar Dutra, Agnaldo Rayol, Nelson Ned, Orlando Dias, Adilson Ramos, Elimar Santos, Waldick Soriano, Carlos Alberto, Benito de Paula, Pery Ribeiro, Ellis Regina, Waleska, Claúdia Barroso, Helena de Lima, Simone, Alcione, Joana e outras menos votadas, que capitaneados pelo consagrado Cauby Peixoto, procuraram dividir o  espaço ocupado pelos astros da Jovem Guarda, da Bossa Nova e dos roqueiros nacionais e internacionais.  

Nessa luta de foice no escuro, pelo domínio do mercado, os cantores românticos, ainda que em desvantagem na conquista do público, continuaram em evidência e prestigiados pelos apreciadores de canções que não se apagam da memória de saudosistas e também de setores da nova geração, que não aderiram a essa onda roqueiros e de sertanejos universitários.    

Como sou apreciador de música romântica, dos cantores que fazem parte dessa safra, Cauby Peixoto e Agnaldo Timóteo são os meus preferidos, pelo brilho das vozes, da seleção musical, gravadas em CDs e DVDs.

Enquanto Caubi sempre foi endeusado pela crítica musical, Agnaldo, nem sempre teve o mesmo tratamento, sendo antipatizado por certos setores da sociedade, por ter a língua solta e de falar impropriedades, sobretudo depois de se envolver na  política, disputando mandatos no Rio de Janeiro e São Paulo, ao lado de lideranças controvertidas, destacando-se Paulo Maluf.

Mesmo sabendo ser um boquirroto e do time da direita, sempre relevei seus pecados políticos, pois via nele o cantor que me deleitava pela maneira como soltava a sua firme e inconfundível voz.  

A última vez que vi Agnaldo Timóteo cantar ao vivo foi no final de 2019, ao se apresentar numa festa natalina em São Luís, para os servidores públicos aposentados.

Ele, na oportunidade, já mostrava sinais de debilidade física, pois cantou praticamente sentado, mas a sua voz matinha- se firme como nos bons tempos em que gravou inigualáveis canções em CDs, a maioria dos quais guardo e ouço para evocar o passado e não ser contaminado por essa onda musical da atualidade, cujos interpretes, salvo poucas e honrosas exceções, deveriam procurar outras profissões.

O MANELES DE CEDRAL

O jornal O Globo, do Rio de Janeiro, do qual sou um veterano assinante, porque possui os melhores cronistas e colunistas do país, na última segunda-feira, o cineasta Cacá Diegues surpreendeu os seus leitores, com uma crônica inspirada numa história vista no youtube.

Trata-se da vida do português Manuel da Silva, de setenta e seis anos, que mora na cidade maranhense de Cedral, que já casou cinco vezes e tem nove filhos e vinte e sete netos.

Conhecido na cidade como Seu Maneles, sustenta a família construindo embarcações, para pescadores e os que precisam de barcos e canoas para trabalhar.

O importante, segundo Cacá Diegues, é a maneira como o português vive ao longo desse tempo: em plena nudez, dia e noite, e servindo-se das coisas do mato, até mesmo quando faz as suas necessidades.

Nesse particular, afirma que só uma vez se deu mal com as folhas do mato: por descuido, depois de defecar, limpou-se com folhas que lhe deixaram com o rabo queimado por longo tempo. 

 TESTEMUNHA DA HISTÓRIA

Pelo meus longos anos de estrada, acompanhei atos e acontecimentos da política brasileira, que tiveram desfechos como a deposição de Getúlio, em 1945, o suicídio de Vargas, em 1954, a renúncia de Jânio Quadros, em 1961, a deposição de João Goulart e a ditadura militar em 1964, a redemocratização do país, em 1985, os impeachements  de Fernando Collor, em 1992, e de Dilma Roussef, em 1996.

Pelo visto, acho que ainda verei outros episódios históricos neste meu querido Brasil.   

PANDEMIA, ATÉ QUANDO?

O pior dessa pandemia é a gente não saber quando vai acabar. Quando ela começou em março de 2020, achava-se que duraria no máximo seis meses.

Já se passaram um ano e continuamos de máscaras, sem abraçar os amigos ou vê-los no caminho do cemitério.

Tudo por causa da irresponsabilidade de certos governantes.        

MÃO E CONTRA MÃO

Enquanto vemos Flávio Dino, Carlos Brandão, Carlos Lula e Eduardo Braid lutando dia e noite para não deixarem a pandemia se alastrar no Maranhão e ceifar a vida de nossa gente, na direção oposta, os apaniguados de Weverton Rocha, em Brasília e no Maranhão, fazem conchavos políticos, com vistas às eleições de 2022.

TROCADILHOS OPORTUNOS

Quem me conhece mais de perto, sabe que eu cultivo razoavelmente a arte do trocadilho. Eis os mais recentes:  Quem Anvisa, meu amigo não é.

Eu fico Putin de raiva quando vejo o Brasil não comprar a vacina soviética.

Como Bolsonaro não ajuda o Brasil a acabar com a pandemia é melhor ele Jair se preparando para perder as eleições de 2022.

O ex-chanceler Ernesto Araújo ficou russo de raiva ao ser demitido do cargo de Ministro das Relações Exteriores.  

Dos governadores do Maranhão, Flávio é o mais citaDino.

HILDOFOBIA

Em Brasília, o deputado Hildo Rocha passou a ser mais conhecido pelo ataque a um cachorro que tentava persegui-lo quando fazia caminhada.

  Dizem que o ataque do cão foi em decorrência do projeto que o parlamentar maranhense aprovou na Câmara Federal, permitindo à iniciativa privada a compra da vacina contra a Covid-19.  

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