A MEDICINA PRATICADA EM SÃO PAULO

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Até antes da década de 1970, os maranhenses quando adoeciam gravemente ou ficavam em situação delicada nos hospitais de São Luís, não titubeavam em viajar para o Rio de Janeiro, que por ser a capital do país, era servida pela melhor rede hospitalar, com médicos preparados para o atendimento de pacientes em condições precárias de saúde e/ou acometidos de enfermidades complicadas e necessitados de  cirurgias urgentes e de porte.

 Naquela época, os doentes se deslocavam para o Rio de Janeiro, não porque São Luís carecesse de hospitais e de competentes médicos. O problema, quase sempre residia na falta de equipamentos cirúrgicos avançados e mais eficazes do ponto de vista tecnológico, para permitir aos médicos maranhenses serem bem sucedidos em suas atividades profissionais.

Quando isso acontecia, os próprios médicos se encarregavam de recomendar aos pacientes a busca de centros mais adiantados, nos quais, provavelmente, obteriam resultados mais satisfatórios nos tratamentos clínicos ou cirúrgicos.

Em São Luís, a Santa Casa de Misericórdia, os Hospitais Português e Tarquínio Lopes (Geral), bem como o Centro Médico Maranhense, mesmo sem  disporem de relevante estrutura tecnológica, ofereciam condições para que os competentes cirurgiões, Carlos Macieira, Raimundo  Matos Serrão, José Henrique Moreira Lima, Benedito Murad, Zilo Pires, Antônio Dino, Santos Neto, Antônio Hadad, Benedito Penha, Geraldo Melo e outros, apresentassem desempenhos positivos em procedimentos melindrosos e nada corriqueiros.

 Do mesmo jeito, agiam e trabalhavam os abnegados clínicos, Djalma Marques, Amaral de Matos, José Murad, Clementino Moura, Bacelar Portela, Pedro Neiva, William Moreira Lima, Crisanto Azevedo, Alfredo Duailibe, Ivaldo Perdigão Freire, Fernando Viana, Nunes Freire, Salomão Fiquene, Orlando Araújo, Clovis Chaves, Lourival e Paulo Bogéa, João Maranhão Ayres, Joaquim Meneses, Nilson Oliveira e outros,  numa época em que os profissionais da medicina atendiam os pacientes a domicílio ou em consultórios modestos, situados geralmente no centro da cidade.         

Esta situação começa a se modificar quando o Rio de Janeiro, por não ser mais a capital da República, perde para São Paulo a hegemonia que detinha em quase todos os setores da vida brasileira, ressaltando-se a parte hospitalar e médica.

Pelos investimentos realizados nas áreas pública e privada, a economia paulista deu um salto quantitativo e qualitativo, transformando-se no motor da sociedade brasileira e impondo-se como o maior polo industrial e científico do País, fato que determina a implantação de uma rede hospitalar de primeiro mundo e dotada de notáveis equipes formadas por cirurgiões renomados e clínicos conceituados, à altura de atenderem pacientes vindos de qualquer parte do Brasil e portadores de doenças graves e desafiadoras.

Tendo como carros-chefes os Hospitais Sírio-Libanês, Albert Einstein, Do Alemão, Do Coração, das Clínicas, Nove de Julho, Beneficência Portuguesa, ACCamargo, São Paulo armou-se de uma estrutura médica e hospitalar sem igual no País, com capacidade para o tratamento de enfermidades complicadas e salvação de vidas.

De uns tempos para cá, felizmente, com a introdução nos principais hospitais de São Luís de equipamentos modernos e avançados, bem como de investimentos relevantes, já não se pode mais dizer como antigamente aquela frase maldita e constrangedora, de que os nossos melhores hospitais eram os “aviões de carreira”.

Em tempo: para concorrer com os Hospitais Sírio-Libanês e Albert Einsten, que ocupam a pole-position na medicina brasileira, São Paulo ganhou recentemente um novo e modelar estabelecimento hospitalar: o Vila Nova Star, da Rede D’Or, contratando reputados profissionais no mercado, que prestavam serviços a hospitais já consagrados.

Por falar em Rede D’Or, São Luís contará brevemente com um novo e moderno hospital, contíguo à área onde se encontra instalada a UDI.  

MORADORES DO PUNTA DEL LESTE

Seis meses depois do incêndio, que devorou quatro apartamentos e abalou profundamente toda estrutura do prédio, os moradores do Edifício Punta Del Leste, no Calhau, receberam o sinal verde para retornarem ao prédio sinistrado.

O Punta Del Leste, para poder ser novamente ocupado, sofreu ampla reforma, ao longo da qual os moradores passaram por problemas e sacrifícios.

SEIS CANDIDATOS À AML

 O presidente da Academia Maranhense de Letras, Carlos Gaspar, deve marcar esta semana a eleição para a Cadeira nº 02, vaga com a morte do escritor Waldemiro Viana.

Inscreveram-se seis candidatos: Roque Macatrão, Fernando Braga, Mauro Rego, Teodoro Pires Neto, Raimundo Pinheiro Pires e José Eulálio Figueiredo, todos habilitados a fazer parte da AML, segundo o parecer dos acadêmicos Benedito Buzar, Felix Alberto Lima e Ceres Costa Fernandes.

Até agora há uma imprevisibilidade quanto ao resultado da eleição.

ALEMÃO E ROBERTO CARLOS

Ao comemorar, sem pompas e festas, os oitenta anos de vida, o cantor Roberto Carlos recebeu merecidamente homenagens pela sua biografia e do vasto e refinado repertório musical construído ao longo do tempo.

Por falar no Rei, é bom lembrar que ele veio pela primeira vez em São Luís, no auge da carreira, nos anos oitenta, contratado por Cláudio Vaz dos Santos (Alemão), para uma apresentação no Estádio Santa Izabel.

RISOS PARA BOLSONARO

Aconteceu no Parlamento Francês, dias atrás. No momento em que o premiê Jean Castex discursava sobre a pandemia, disse que o Brasil recomendava a cloroquina para combater a Covid-19.

Foi o bastante para o plenário explodir numa estrondosa e vergonhosa gargalhada.    

PRESIDENTE DO TJ

Sem medo de errar, afirmo que o atual presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, desembargador Lourival Serejo, quando terminar o seu mandato, no ano vindouro, deverá ser reconhecido publicamente como um dos mais eficientes chefes do Poder Judiciário.

O trabalho de Serejo, ainda que silencioso por causa da pandemia, não se limita apenas ao aspecto físico e material, para melhorar o funcionamento do TJ, ele, como intelectual, cuida também e entusiasmado, da parte cultural e histórica da instituição que completou mais de duzentos anos de presença ativa na vida maranhense.

LUTA DE FOICE NO ESCURO

A cada dia, aumenta a luta verbal e jurídica entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador Flávio Dino.

Se o governador maranhense ataca o chefe da Nação por meio jurídico, Bolsonaro não o perdoa e   se reporta a ele de modo verborrágico.             

 Nessa luta de foice no escuro, o Chefe do Executivo do Maranhão tem levado nítida vantagem sobre o boquirroto presidente, que, esta semana, foi novamente derrotado no Supremo Tribunal Federal, por uma ação que manda Bolsonaro realizar o Censo Demográfico de 2020.     

 A DEMISSÃO DO MARANHENSE

O único maranhense que fazia parte do Governo Bolsonaro era Roberto Castelo Branco, que presidiu a Petrobras não por influência política, mas pela reconhecida competência de técnico e economista.

Roberto nasceu em São Luís, filho do ex-juiz da Justiça Militar no Maranhão, José Castelo Branco e de Maria Cunha, filha do Dr. Josias Cunha. Era primo de Leônidas Caldas.

Roberto é Phd em economia e com pós-doutorado na Universidade de Chicago.  Foi demitido porque Bolsonaro não admite gente competente no seu governo.

DECLARAÇÕES INFELIZES

Saiu um livro imperdível, intitulado Bozo Presidente, com a seleção das piores e infelizes declarações do atual Chefe da Nação, dentre as quais estas: “Daqueles governadores de Paraíba, o pior é o do Maranhão”; “A Constituição sou eu”.   

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