A RENÚNCIA DE MAGNO BACELAR DA PRESIDÊNCIA DA ASSEMBLEIA

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O empresário Magno Bacelar ocupou ao longo da vida pública cargos importantes no Maranhão, quase todos eleitos pelo povo, destacando-se os de deputado estadual, deputado federal, vice e prefeito de São Luís, suplente e senador da República e prefeito de sua terra natal, Coelho Neto. Também foi nomeado para Chefe da Casa Civil e Secretário de Educação do Estado, no mandato do governador Pedro Neiva de Santana.

Nas eleições proporcionais de 1965, quando José Sarney se elegeu governador do Estado do Maranhão, Magno se reelegeu deputado à Assembleia Legislativa pelo PSD, mas a 27 de outubro de 1965, quando o regime militar se encontrava no poder, o pluripartidarismo foi extinto e, com base no Ato Institucional nº 2, nasceu o bipartidarismo, com a criação da Arena – Aliança Renovadora Nacional, de apoio ao governo,  e do MDB – Movimento Democrático Brasileiro, de oposição ao regime militar.

Em maio de 1966, quando da eleição da Mesa Diretora do Poder Legislativo, Magno Bacelar tornou-se o epicentro de uma crise política, porque o MDB, ainda sob o comando do governador Newton Bello, conseguiu expressiva maioria parlamentar, elegendo Magno o novo presidente do Parlamento do Estado, ato não bem visto pelo comando da 10ª Região Militar, sediado em Fortaleza.

Menos de 24 horas da eleição de Magno, desembarcou no aeroporto do Tirirical um grupo de oficiais do Exército, vindos de Fortaleza, com a finalidade de depor Magno Bacelar da presidência da Assembleia Legislativa, sob o pretexto de ele não ser do mesmo partido do governador José Sarney, dicotomia essa que poderia gerar conflitos entre os Poderes Executivo e Legislativo e pela suposição de não estar alinhado com o ideário revolucionário.

O deputado Magno Bacelar e os companheiros do MDB tentaram resistir às pressões dos militares, mas estes em nome dos altos escalões da 10ª RM, continuaram exigindo o cumprimento de uma ordem, que, depois de longas conversações, terminou sendo acatada pelos parlamentares que resistiam ao descabido ato de força. Pressionado e ameaçado até de perder o mandato, Magno renunciou à presidência da Assembleia, obrigando-se ademais a filiar-se com outros companheiros do MDB à Arena, que era minoria no plenário, mas de repente virou maioria e dando número para o deputado Osvaldo da Costa Nunes Freire ser eleito  presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão e a Arena ficar majoritária no plenário.

O MARANHÃO MAIS INFELIZ

No último domingo, dois eméritos articulistas de O Globo, do Rio de Janeiro, escreveram a respeito da “indicação do senador maranhense Weverton Rocha, para relator do projeto que abre brecha na Lei de Improbidade Administrativa.”

O primeiro, Merval Pereira, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, revelou que “logo Weverton que é réu em ação civil de improbidade e em ação penal por peculato, mostrando que o Congresso está aprovando projetos que mostram o combate à corrupção sem o menor pudor”.   

O segundo, professor Roberto Livianu, procurador da Justiça em São Paulo, afirma que a Lei de Improbidade Administrativa está agora na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, onde o relator, Weverton Rocha, a partir de sombrias e insondáveis ramificações do compadrio político, é um senador que responde a processo criminal por corrupção e  protagonista da histórica sessão de estralhaçamento  das 10  Medidas contra a Corrupção, que 24 horas depois de escolhido, já apresentava relatório de 33 páginas e desprezando as emendas apresentadas”. 

A CONSTITUIÇÃO DE DOIS ARTIGOS

Quando vejo essas barbaridades praticadas pelos nossos representantes no Congresso Nacional, não posso esquecer o saudoso poeta Capistrano de Abreu, que dizia que a Constituição do Brasil só deveria ter dois artigos.

O primeiro: Todo brasileiro é obrigado a ter vergonha na cara. O segundo: Revogam-se as disposições em contrário.

NELSON, BOM DE VOTO

Com menos de 15 dias para as eleições à Academia Caxiense de Letras, Nelson Almada Lima, decidiu inscrever-se para substituir um dileto amigo naquele sodalício.

Dos cinco candidatos inscritos, Nelson foi o mais votado, revelando assim o seu bom cacife eleitoral.

Os amigos do novo imortal caxiense estão em preparativos para marcar presença na sua solenidade de posse.

MARANHENSE CRITICA BOLSONARO

O maranhense Luiz Thadeu Nunes e Silva não teve dó e nem piedade do Presidente Jair Bolsonaro, nessa sua recente viagem a Nova York.

Em mensagem publicada no jornal O Globo, o nosso conterrâneo assim se manifestou: “Vejo a foto do Presidente da República de meu país, de manga de camisa, cercado de altas autoridades de seu governo, comendo pizza em uma rua de Nova York, por não poder entrar num restaurante da cidade, pois há um decreto proibindo a entrada de pessoa não vacinada em estabelecimento fechado”.

Assino em baixo.   

JOSIMAR E BOLSONARO

Um político maranhense, que já dialogou com o Presidente da República, sobre a sucessão do governador Flávio Dino, afirma que dos candidatos com quem conversou o que mais lhe agradou foi o deputado federal Josimar do Maranhãozinho.

Dizem que a conversa travou-se no mais alto nível intelectual.

Como dizia o sagaz senador Vitorino Freire: – Aguenta Maranhão Velho.

VOLUNTÁRIOS DA MEMÓRIA

A pandemia reinante no Brasil, não impediu o desembargador Lourival Serejo realizar uma louvável gestão na presidência do Tribunal de Justiça do Maranhão, sobretudo no que diz respeito à conservação da memória daquele Poder.

Quem participou do ato de inauguração do Museu do Tribunal de Justiça, na tarde-noite da última quarta-feira, saiu dali empolgado com o trabalho do atual chefe do TJ, principalmente com relação aos documentos e fotos históricos expostos, nos quais a memória da Justiça do Maranhão resplandece em toda plenitude.

Para coroar o belo trabalho do presidente do TJ, deu-se o lançamento do projeto “Voluntários da Memória”, com a finalidade de arrecadar doações que ajudem a contar a significativa história da nossa Corte de Justiça.

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