Polícia faz megaoperação para expulsar facção criminosa de prédios invadidos no Bequimão

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Policiais militares dentro de um dos blocos do condomínio inacabado, alvo da operação logo ao amanhecer

Uma megaoperação conjunta realizada pelas polícias Civil e Militar foi deflagrada ao amanhecer desta quinta-feira para expulsar membros de uma facção criminosas de um condomínio de prédios inacabados no conjunto Bequimão. A obra foi abandonada pela Prefeitura de São Luís em meados da década passada, na gestão do ex-prefeito Tadeu Palácio e nos últimos anos passou a ser ocupada por famílias carentes, que dividiam espaço com bandidos vinculados a uma das quadrilhas mais violentas do estado, que ditavam as normas no local.

Megaoperação envolveu centenas de policiais civis e militares, com apoio do Centro T ático Aéreo

Mais de 600 policiais, com apoio do Centro Tático Aéreo (CTA), participam da operação, que já resultou em pelo menos uma prisão e na apreensão de armas e de quantidade ainda não determinada de drogas. Segundo o subcomandante da PM, coronel Jorge Luongo, que lidera os militares envolvidos na ação, o detido trata-se do indivíduo conhecido como Luã, criminoso de alta periculosidade. Ele estava armado quando foi surpreendido e capturado dentro do apartamento onde morava.

Além de mandados de prisão, a Justiça autorizou as forças de segurança pública a revistar cada um dos mais de 270 apartamentos do condomínio em busca de entorpecentes, armas e indícios de envolvimentos dos respectivos ocupantes com o crime.

Histórico

Prédios inacabados foram transformados em quartel-general do crime por facção que aterroriza a Ilha

O projeto inicial do condomínio previa a construção de 448 apartamentos, destinados a famílias de baixa renda da região da península do Ipase. No entanto, os serviços nunca foram concluídos. Em 2004, quando foi assinada a ordem de serviço pelo então prefeito Tadeu Palácio, o empreendimento fazia parte da primeira fase do Programa Habitar Brasil 0 Bird (HBB), financiado pela Caixa Econômica Federal e pelo Banco Mundial (Bird).

Com o atraso das obras, a então Secretaria Municipal de Terras, Habitação e Fiscalização Urbana (SEMTHURB), hoje secretaria municipal de Urbanismo e Habitação (SEMURH), informou que a suspensão dos serviços deveu-se à falta de repasse de verbas pelo Ministério das Cidades.

Polícia foi autorizada pela Justiça a revistar cada um dos mais de 270 apartamentos do condomínio

Em mio de 2013, a construção do condomínio foi reiniciada timidamente, mas o contrato com a nova empresa responsável pela obra, a LTM Construções LTDA., venceu e os serviços foram mais uma vez abandonados.

Nessa mesma época, os apartamentos, mesmo inacabados, começaram a ser invadidos e com o passar do tempo o local tornou-se antro do crime.

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