Caos em hospitais, morte misteriosa de médico acusado de corrupção e secretário lutando na Justiça para não ser preso: triste panorama da Saúde no governo Flávio Dino

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Flávio Dino e Carlos Lula: confiança do governador em seu secretário de Saúde segue inabalada, apesar dos pesares

Está claro que ao impetrar habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o secretário de Estado da Saúde, Carlos Eduardo de Oliveira Lula, pretende obter uma espécie de salvo conduto em uma eventual próxima fase da operação Sermão aos Peixes, deflagrada pela Polícia Federal para investigar e prender envolvidos em desvios de recurso da Saúde no Maranhão.

A tentativa do auxiliar do governador Flávio Dino (PCdoB) de auto proteger-se de uma possível prisão por corrupção na pasta que comanda veio, por coincidência – ou não -, na mesma data em que o médico Mariano de Castro Silva, acusado de ser o operador do esquema que causou um rombo de R$ 18 milhões na saúde, por meio do desvio de verbas destinadas à pasta pelo Governo Federal, foi encontrado morto, no apartamento onde morava há três meses com uma irmã, em Teresina, capital do Piauí.

Trata-se de uma situação extremamente delicada, para muitos, um fato desmoralizante, que já deveria ter motivado a exoneração do secretário. Somam-se à grave suspeita que pesa sobre Carlos Lula o caos generalizado em hospitais da rede estadual, onde pipocam denúncias de óbitos de pacientes por falta de medicamentos e de material hospitalar, e a morte recente do médico Mariano de Castro, que deixou registrado em cartas detalhes de como se processava o roubo na saúde em âmbito estadual.

Mesmo diante de tanta corrupção, descaso, incompetência e até indícios de queima de arquivo, em vez de tomar a medida mais lógica e acertada para o caso, Flávio Dino banca a “inocência” de Carlos Lula e o mantém no cargo, arriscando a já demasiadamente desgastada imagem do seu governo. A propósito, o secretário informou, por meio de nota, que o habeas corpus foi impetrado em 2017 e nada tem a ver com os acontecimentos atuais.

Inicialmente firme ao garantir que nada tinha a ver com os crimes descobertos, Carlos Lula assumiu-se investigado ao tentar barrar na Justiça uma provável decretação da sua prisão. Qual não foi o pavor do titular da SES ao ver a superintendente da PF no Maranhão, delegada Cassandra Ferreira Alves Parazi afirmar à imprensa, na entrevista coletiva para apresentação do resultado da Operação Pegadores, que “o esquema ocorria com o conhecimento do secretário de Saúde, que nada fez para contê-lo”.

A PF prestou todas as informações com base no inquérito que apura os ilícitos na Saúde e que tanto mal já causaram aos maranhenses, sobretudo aos mais pobres. Ainda assim, o governador prefere deixar tudo como está.

Seguem cópias de documentos que informam sobre a tramitação do pedido de habeas corpus:

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