Dirofilariose, mais uma doença transmitida pelo Aedes aegypti, e que também infecta cães e gatos

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A médica veterinária Dra. Larissa Carvalho Marques examinando amostras de sangue para detecção da dirofilariose

Com a chegada do verão, chega junto o medo de que os casos de zika, dengue e chikungunya, aumentem consideravelmente nesta época do ano. Doenças que podem se tornar fatais para os seres humanos, e todas elas transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. O que muita gente não sabe, é que este mesmo mosquito pode também contaminar cães, gatos e até seres humanos, com uma outra doença letal, a Dirofilariose, conhecida popularmente como verme do coração.

A doença, que também pode ser transmitida pelos mosquitos dos gêneros Anopheles e Culex, se não tratada a tempo mata os animais. A Dirofilariose é uma doença parasitária com mais de 50 anos, onde o verme se aloja no coração e pulmão do mamífero carnívoro. O mosquito ao picar o animal infectado, normalmente no focinho, ingere larvas ( microfilárias) presentes no sangue periférico, estas evoluem no sistema digestivo do mosquito passando para a fase infectante, onde se tornam transmissível aos animais domésticos e aos seres humanos.

“Estamos tão focados nas doenças atuais, que esquecemos que o Aedes é também o causador de uma Zoonose parasitária muito antiga, a Dirofilariose, que se não prevenida ou tratada a tempo pode levar animais domésticos à óbito e ainda infectar humanos”, alerta a médica veterinária, Dr. Larissa Carvalho Marques da Pet Family, clínica veterinária localizada no bairro do Calhau que vem desenvolvendo um trabalho preventivo contra a doença.

Dra. Larissa e Dra. Natália Sarges no consultório

As altas temperaturas, aceleram o desenvolvimento das larvas do transmissor Aedes Aegypti, mosquito responsável pela disseminação de várias enfermidades. O combate ao mosquito só surtirá os efeitos desejados, se houver a plena colaboração da população, que deve se empenhar completamente nesta batalha. De nada adiantam as medidas tomadas pelo poder público, se os moradores não colaborarem, uma vez que aproximadamente 85% dos focos do transmissor, estão dentro dos domicílios, o que exige atenção constante dos moradores, algo que nem sempre acontece. “Normalmente a população só se envolve, quando já é tarde demais, durante as epidemias. Somente com o engajamento da população, as enfermidades causadas pelos mosquitos que provocam tantas mortes nesta época do ano, tanto em humanos como em animais de estimação, podem ser contidas”, afirma Dra. Larissa.

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