O governo Flávio Dino (PCdoB) investiu alto na contratação de artistas de fora para animar o São João do Maranhão este ano. O gasto total com os cachês destinados às atrações de outros estados será de R$ 713 mil. Os valores que serão pagos a cada uma das contratações foram publicados na edição de ontem (29) do Diário Oficial do Estado.

Quanto às atrações locais, mais de 400 grupos ou artistas selecionados, incluindo grupos de bumba meu boi, tambor de crioula, danças regionais e grupos alternativos, além de músicos, se apresentarão no São João maranhense, a valores que nem de longe se comparam às cifras que receberão os forasteiros.

Em São Luís, um dos que se apresentarão na programação oficial dos festejos juninos é o cantor pernambucano Alceu Valença. O show, marcado para o dia 19 de junho, custará aos cofres públicos do Estado a quantia de R$ 205 mil. A paraibana Elba Ramalho também subirá ao palco na capital para animar os folguedos juninos e pela apresentação, dia 30 de junho, ganhará R$ 170 mil. Outra contratada é cearense Rita de Cássia, por R$ 43 mil, cachê bem mais baixo em relação aos padrões das atrações de fora, mas astronômico se comparado ao que ganharão os artistas e grupos locais. A forrozeira se apresentará dia 28 de junho.

Imperatriz

A atração contratada por cachê mais elevado animará o São João de Imperatriz em pleno Dia dos Namorados, 12 de junho. A segunda maior cidade do Maranhão receberá, para abrilhantas a programação junina oficial, ninguém menos do que a consagrada dupla Zezé di Camargo e Luciano. Pelo show, os irmãos receberão nada menos do que R$ 295 mil.

Enquanto gasta a cifra astronômica com artistas de fora do Maranhão, cantores e grupos locais ainda têm que passar pelo rigoroso crivo da Secretaria de Estado da Cultura para conseguir espaço na programação. E o que é pior, amargar a incerteza de quando receberão seus cachês.

Em tempo: leitor atento do blog alerta que os R$ 713 mil são destinados exclusivamente ao pagamento de cachês aos artistas. Não estão incluídas as despesas com produção, passagens áreas, hotel, diárias dos músicos, excesso de bagagem e outros itens, que certamente farão os gastos ultrapassarem a cifra de R$ 1 milhão.

Confira as resenhas dos contratos firmados com os produtores dos artistas de fora publicadas no Diário Oficial do Estado: