Executiva Nacional do PSOL detona o aliado Flávio Dino por despejo truculento de famílias do Cajueiro

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Famílias do Cajueiro acamparam em frente ao Palácio dos Leões e foram vítimas de truculência policial

Em nota divulgada ontem, a Executiva Nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) saiu em defesa da comunidade Cajueiro, na zona rural de São Luís, cujas famílias residentes foram despejadas em cumprimento a uma decisão judicial em favor de uma empresa que instalará um terminal portuária na área com capital chinês. A sigla, cujos líderes nacionais são aliados do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), condenou a desapropriação feita na manhã da última segunda-feira (12) sem levar em conta a sentença obtida em ação da Defensoria Pública que protege o território, que determinava a citação individual dos proprietários dos imóveis demolidos.

Na nota, o PSOL exige de Flávio Dino (PCdoB) postura, em nível estadual, condizente com a que defende nacionalmente e que tenha uma posição em defesa da comunidade centenária do Cajueiro e de sua população. A legenda condenou a truculência policial marcou a repressão aos manifestantes da área em frente ao Palácio dos Leões, expulsos do local a tiros com balas de borracha, spray de pimenta e gás lacrimogêneo.

A sigla defendeu, ainda, a abertura de um canal de diálogo o Estado do Maranhão abra um canal de negociação e diálogo com as famílias da comunidade Cajueiro e que o governo respeite a área de preservação ambiental da localidade, em vez de entregá-la ao capital estrangeiro.

Segue a nota, na íntegra:

A Executiva Nacional do PSOL se solidariza e manifesta seu apoio à luta dos moradores da centenária comunidade Cajueiro, em São Luís (MA), ameaçada de despejo para dar lugar à implantação de um projeto de porto privado da empresa multinacional TUP Porto/WPR.

A desapropriação feita na manhã desta segunda-feira (12) desconheceu sentença obtida em ação da Defensoria Pública que protege o território. Não houve citação individualizada dos moradores que tiveram suas casas destruídas sem comunicação do dia e horário da desapropriação, violando direitos fundamentais de moradores, entre eles uma mulher grávida.

Não bastasse isso, os moradores que à noite se manifestavam em frente ao Palácio dos Leões foram violentamente reprimidos pela Polícia Militar do Maranhão com gás de pimenta, balas de borracha e uso de tropa de choque.

O PSOL exige do governador Flávio Dino (PCdoB), que tem sido parceiro na luta contra o governo Bolsonaro, que seja consequente com a postura que defende nacionalmente e tenha uma posição em defesa da comunidade centenária do Cajueiro e de sua população, descendente de índios e quilombolas, que vive sobretudo da pesca e da agricultura familiar.

Que o Estado do Maranhão abra uma efetivas mesa de negociação e diálogo com a comunidade de Cajueiro e respeite a área de preservação ambiental da localidade, ao invés de entregá-la ao capital estrangeiro, interessado em construir um Porto na região com base na força e na marra.

Executiva Nacional do PSOL
13/08/2019

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