Estudo que relaciona câncer e pobreza aponta o Maranhão como estado onde a doença é mais letal

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Um estudo realizado pelo Observatório de Oncologia, do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, para avaliar fatores sociais que possam estar relacionados com os resultados e a eficácia do tratamento do câncer no Brasil, apontou o Maranhão como o estado onde a doença é mais letal. Com o segundo menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dentre as 27 unidades da federação, o Maranhão só perde para Alagoas, último colocado do ranking, quanto ao risco do câncer levar à morte, se levadas em conta as condições socioeconômicas da população.

A coleta de dados da pesquisa foi realizada entre 2010 e 2016. Nesse período, o Maranhão tinha 39,53% da sua população vivendo em condições de pobreza, o que levou a taxa de morte pelo câncer a 48,5%, acima até de Alagoas, que apresentou taxa de letalidade pela doença de 46,5%, apesar de ter o menor IDH do país.

O estudo avaliou fatores sociais que possam estar relacionados com os resultados e a eficácia do tratamento do câncer no Brasil e mostrou que estados onde há letalidade maior pela doença há mais desigualdade social, maior percentual de população pobre, menor gasto per capita em saúde, menor número de leitos hospitalares e menor percentual de população com acesso a planos de saúde.

De acordo com um dos realizadores da pesquisa, o médico oncologista Felipe Ades, os estudos apontam uma forte relação entre fatores socioeconômicos e maior letalidade por câncer. “A hipótese do estudo é que a eficácia do sistema de saúde estaria relacionada à capacidade médica instalada, o financiamento do sistema de saúde, os indicadores sociais e econômicos de cada estado e o perfil demográfico da população. Os resultados apontam uma forte relação entre fatores socioeconômicos e maior letalidade por câncer”, explicou.

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