Em apenas um ano, Maranhão perdeu quase 3 mil postos de trabalho na construção civil e 123 empresas do setor fecharam as portas no estado

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Retração na construção civil no Maranhão ficou acima da média nacional e do Nordeste entre 2017 e 2018

Levantamento divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que, entre 2017 e 2018, o Maranhão registrou redução de 2.885 postos de trabalho na construção civil. O mesmo levantamento apontou que 123 empresas do setor fecharam as portas no estado.

O valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção civil no Maranhão foi de R$ 4,2 bilhões. Em relação a essa variável, naquele ano, o estado detinha cerca de 1,7% do conjunto nacional e 8,8% no todo Nordeste. Quando se compara dado dessa variável de 2009 com 2018, o Maranhão perdeu posição relativa. Em 2009, o percentual do estado em relação ao Brasil era de 1,9%, e em relação ao todo Nordeste, era de 11,3%.

Quando se analisa o quadro nordestino, percebe-se que, entre 2009 e 2018, o estado do Ceará avançou sobremaneira sua posição relativa dentro da região. As UFs que mais perderam posição foram Pernambuco, – 4,1 pontos percentuais (p.p.) e Bahia, -2,6 p.p.. O Maranhão, em 2009, era responsável por 11,3% do valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção civil. Em 2018, esse percentual passou a ser de 8,8%, recuo de 2,5 p.p..

Ao comparar dados de 2017 e 2018, constata-se que, no Maranhão, houve uma queda de 10,7% no valor dessa variável, enquanto no Brasil houve avanço de 1,9% e, no Nordeste, foi registrado um crescimento pouco perceptível, + 0,2%.

No ranking da 27 UFs brasileiras, o Maranhão, em 2018, no que diz respeito ao valor das incorporações, obras e/ou serviços da construção, ocupava a 14ª posição, com 1,7%.

Empregos desapareceram

Na passagem de 2017 para 2018, o setor registrou uma queda de 2.885 postos de trabalho.

Recuo, na comparação 2017 com 2018, no número de pessoal ocupado foi detectado tanto no Nordeste, -4,4%, quanto no Brasil, -0,2%. Os dados da PAIC, observando o caso do Maranhão, estão perfeitamente compatíveis com os dados da PNAD C trimestral vistos acima.

Fechamento de empresas

O número de empresas atuantes no Maranhão na indústria da construção civil, em 2018, foi de 660 unidades. Em relação ao ano de 2017, houve diminuição na quantidade de empresas atuantes, pois, nesse ano, eram 793 unidades. Percebeu-se também queda, entre 2017 e 2018, no número de empresas atuantes no Nordeste: 9.526 unidades empresariais atuantes em 2017 e 9.223 atuantes no ano de 2018.

O volume de salários, retiradas e outras remunerações do setor da construção civil, valendo reforçar que esse dado é válido para empresas com cinco ou mais pessoas ocupadas, em 2018, foi de R$805.829.000,00 (oitocentos e cinco milhões e oitocentos e vinte e nove mil reais). Esse valor correspondeu a 1,6% do total nacional (R$49,9 bilhões) e 8,9% do total Nordeste (R$9,1 bilhões).

No comparativo entre o Brasil, o Nordeste e o Maranhão nos anos de 2009, 2017 e 2018, em relação ao salário médio mensal pago pelo setor da construção civil, levando em consideração o salário mínimo vigente no referido ano, constata-se que o Maranhão, entre 2009 e 2018, teve queda nesse indicador. O dado de 2009 para o Maranhão era bem próximo do Brasil. Em 2018, esse dado para o estado se afastou da média Brasil e já era próximo, e até menor que o da realidade nordestina.

Confira aqui o levantamento na íntegra.

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