Segundo Fiocruz, São Luís está há seis semanas seguidas com sinal de crescimento de casos e mortes por síndromes respiratórias e Covid-19

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Novo boletim Infogripe aponta que entre os registros com resultados positivo para os vírus respiratórios, 96,7% dos casos e 99,1% dos óbitos são em decorrência do novo coronavírus

Cenário referente às síndromes respiratórias preocupa na capital maranhense e em pelo menos uma macrorregião de saúde do estado

Os novos dados do Boletim InfoGripe, elaborado pela Fiocruz, indicam que São Luís acumulam cerca de seis semanas consecutivas tendência de aumento do número de casos e mortes provocadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Covid-19. Ainda de acordo com levantamento, o Maranhão é um dos 15 estados onde há pelo menos uma macrorregião de saúde com sinal de crescimento nas taxas relacionadas aos vírus respiratórios na tendência de longo ou de curto prazo.

Divulgada no último dia 18, anova parcial do Infogripe indica manutenção do sinal de queda de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) a partir de segunda semana de janeiro em todo o Brasil. Apesar desse cenário, a ocorrência de casos e de mortes por SRAG e Covid-19 continua em um patamar muito alto em todas as regiões do país.

A atual análise é referente à Semana Epidemiológica 6 de 2021, que abrange o período de 7 a 13 de fevereiro, e tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 14 deste mês. Entre os registros com resultados positivo para os vírus respiratórios, 96,7% dos casos e 99,1% dos óbitos são em decorrência do novo coronavírus.

“A situação nas regiões e estados do país é bastante heterogênea. Portanto, o dado nacional não é um bom indicador para definição de ações locais. Conforme destacado em boletins anteriores, e explicitado em nota técnica elaborada pela Fiocruz, os dados aqui apresentados devem ser utilizado em combinação com demais indicadores relevantes, como a taxa de ocupação de leitos das respectivas regionais de saúde, por exemplo”, ressaltou o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Capitais

Dados do mais recente Boletim Infogripe, elaborado pela Fiocruz, por estado

De acordo com o boletim, oito das 27 capitais brasileiras apresentam sinal moderado (probabilidade > 75%) ou forte (probabilidade > 95%) de crescimento na tendência de longo prazo até a Semana 6. Entre as demais, oito capitais apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo (nas últimas seis semanas).

Fortaleza (CE) e João Pessoa (PB) apresentam sinal forte (prob. > 95%) de crescimento na tendência de longo prazo. Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS) e São Luís (MA) apresentam sinal moderado (prob. > 75%) de crescimento na tendência de longo prazo.

Alta acumulada

Aracaju, Boa Vista, Fortaleza e São Luís acumulam cerca de seis semanas consecutivas com sinal de crescimento, enquanto Florianópolis acumula cinco semanas consecutivas com sinal de crescimento. Palmas (TO) apresenta sinal de estabilidade na tendência de longo prazo acompanhada de sinal moderado de crescimento na tendência de curto prazo.

“Conforme já ressaltado nos boletins do InfoGripe, a tendência reportada para Cuiabá (MT) não é confiável, uma vez que se mantém a grande diferença entre os dados de SRAG do estado reportados no Sivep-Gripe, utilizados pelo InfoGripe, e aqueles reportados no sistema próprio do estado, com grande subnotificação no Sivep-Gripe”, observou o Marcelo Gomes.

Por outro lado, a avaliação das macrorregiões de saúde de cada estado, que permite identificar a situação também no interior, aponta que em 15 unidades da federação há ao menos uma macrorregião de saúde com sinal de crescimento na tendência de longo ou de curto prazo, sendo eles: Roraima e Tocantins (Norte); Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe (Nordeste); Espírito Santo e Minas Gerais (Sudeste); Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Sul); Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (Centro-Oeste).

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