Dia Mundial da Psoríase: 90% dos brasileiros não conhecem a doença

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A psoríase pode assustar, quando na análise médica é apontada como crônica; porém, pessoas podem ter uma qualidade de vida com o tratamento

O dia 29 de outubro é marcado como uma data importante no universo dermatológico, já que é comemorado o Dia Mundial da Psoríase. O objetivo é conscientizar e esclarecer detalhes desta doença que ainda é pouco conhecida pela população, além de combater a desinformação e o preconceito gerado pela doença.

A criação da data surgiu da necessidade de gerar informações mais aprofundadas e falar sobre o tratamento da psoríase para a população. Organizações especializadas na área da Dermatologia uniram-se e, em 2004, oficializaram o dia como uma forma de intensificar debates acerca da doença.

A psoríase pode assustar, quando na análise médica é apontada como crônica; porém, pessoas podem ter uma qualidade de vida com o tratamento, como explica o dermatologista do Sistema Hapvida, Dr. Diogo Pazzini Bomfim. “Apesar de não ter cura, existe controle. Com o avanço da medicina foram desenvolvidos novos medicamentos, como os imunobiológicos que revolucionaram o tratamento, permitindo uma pele sem ou quase sem lesões. A doença traz impactos funcionais e psicossociais, portanto, o tratamento efetivo melhora muito a qualidade de vida”.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), entre 1% e 3% da população mundial sofrem com a doença. Outro levantamento, do Datafolha, realizado no final de 2020, apontou que 90% dos brasileiros não sabem o que é a psoríase, o que reforça a necessidade de campanhas de conscientização.

O diagnóstico e os sintomas

Diogo explica que o diagnóstico é feito através de exames clínicos e, se for necessário, através de uma biópsia de pele.

O dermatologista ainda comenta que essa doença inflamatória é bem complexa, com várias formas clínicas. Ele exemplifica o tipo mais comum, chamado de psoríase em placas ou vulgar, que são placas secas na pele, avermelhadas, com escamas prateadas ou esbranquiçadas, que podem coçar, doer, inclusive podendo rachar e sangrar. Também pode atingir as unhas, levando a deformidades genitais e no couro cabeludo.

Tratamento

Diogo ressalta que não existe uma prevenção específica da psoríase, pois ela é multifatorial, com uma suscetibilidade genética para ocorrer, relacionada também ao sistema imunológico, mas que interações ambientais podem ajudar na diminuição dos gatilhos que desencadeiam a doença. Estes gatilhos são situações de estresse emocional, infecções, má alimentação, sedentarismo, tabagismo e alcoolismo.

“O fundamental é o acompanhamento regular com o dermatologista e a busca por uma vida saudável, com alimentação balanceada, exercícios físicos regulares e cessar o tabagismo e o etilismo”, completa o médico.

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