O governador Flávio Dino (PSB) elevou a níveis estratosféricos a sua rixa política com o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL). Enquanto o Brasil vive momento promissor no desenvolvimento do seu programa aeroespacial, tendo como carro-chefe o Centro Espacial de Alcântara, o governo maranhense se mostra alheio a essa perspectiva. Ignorando totalmente o potencial existente dentro do território do seu próprio estado, Dino assinou protocolo de intenções internacional com a Agência Espacial do Peru (Conida), que atuará em cooperação com a Universidade Estadual do Maranhão (Uema) na realização de diversos estudos na área tecnológica.

Assinado em 24 de setembro deste ano, o protocolo de intenções internacional tem vigência de quatro anos e é uma ação da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, a qual a Uema é vinculada. O objetivo é cooperar na pesquisa e desenvolvimento de projetos nas áreas de Astrofísica, Sensoriamento Remoto, Instrumentação Científica e Foguetes Sonoros.

O protocolo de intenções não prevê transferência voluntária de recursos entre as partes para a execução do acordo.

Ideologia

A parceria firmada pelo governo Flávio Dino com a Agência Espacial do Peru encontra explicação também na ideologia política. O país andino é governado pelo líder sindical, Pedro Castillo, eleito em julho deste ano como legítimo representante da esquerda.

Lamentável constatar que, para Flávio Dino, a afinidade política é muito mais importante do que o potencial técnico-científico, que no Centro Espacial de Alcântara é digno de reconhecimento internacional.

Confira o extrato do protocolo de intenções: