Sob intervenção de Flávio Dino, transporte por ferry-boat tornou-se uma bomba-relógio

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Ferry-boat Cidade de Tutóia, pertencente à Serviporto, atualmente está parado, reduzindo a frota da empresa sob intervenção de Flávio Dino a apenas duas embarcações

Operando sob intervenção do governo Flávio Dino (PSB) há um ano, o serviço de transporte aquaviário por ferry-boat antes administrado pela empresa Serviporto registra queda de qualidade dia após dia. Com a proximidade do Natal e do Réveillon e, posteriormente, do Carnaval, quando o fluxo de passageiros deverá aumentar de forma expressiva, a situação tende a ficar caótica, inclusive com risco de panes e acidentes, tamanho o descaso e a incompetência técnica do atual controlador.

Desde dezembro de 2020, o governador Flávio Dino já baixou três decretos de intervenção no transporte por ferry-boat operacionalizado pela Serviporto, transferindo à Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) a gestão da atividade. O último ato foi publicado no Diário Oficial do Estado no dia 9 deste mês (veja abaixo). Tão logo o governo se apropriou do serviço, sob alegações que não se sustentam à luz do Direito líquido e certo, a travessia entre a Ponta da Espera e o Terminal do Cujupe (em Alcântara) e na rota contrária passou a ser uma verdadeira aventura.

Já ocorreram sucessivas falhas mecânicas, com registro de embarcações à deriva na Baía de São Marcos. Alguns desses episódios foram filmados, em tom de denúncia, por usuários do serviço. Nas imagens, constata-se o pânico generalizado que tomou conta dos passageiros e até mesmo das tripulações em meio à tormenta. Cada ocorrência é o prenúncio de uma tragédia, mas, apesar da gravidade da situação, nenhuma providência efetiva foi tomada até agora pelo governo.

De sua parte, o Ministério Público, que tem atribuição de fiscalizar o serviço, parece silenciar e fechar os olhos e ouvidos. Da mesma forma acontece com o Judiciário. Todos, portanto, pecam por omissão e, em caso de desastre, deverão compartilhar a culpa.

Levantamento

Um levantamento feito com dados numéricos comparativos dos períodos pré e pós intervenção expõe a piora da qualidade do transporte aquaviário por ferry-boat desde que o governo se apropriou das operações da permissionária. O número de atrasos aumentou, as panes com embarcações à deriva em pleno trajeto também tornaram-se mais frequentes. Enfim, o que se vê é um flagrante retrocesso, que leva a circunstâncias extremamente temerárias, tornando o serviço uma verdadeira bomba-relógio.

Ferry-boat demorou três horas em viagem do Cujupe à Ponta da Espera, logo no primeiro mês da intervenção estadual no serviço

Apesar de todos os fatores negativos, inclusive do perigo real de uma catástrofe, com consequências imprevisíveis, Flávio Dino insiste, a qualquer custo, em manter o controle dos ferry-boats da Serviporto, exercendo seu poder de mando de maneira arbitrária e sem a devida capacitação técnica para desempenhar a atividade.

E ao ignorar todos os riscos provocados por sua conduta, ele se coloca na condição de principal responsável caso o pior aconteça.

Os vídeos abaixo mostram dois ferry-boats em pane, um deles à deriva, e outro com água do mar invadindo a cabine:

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