O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) negou que as medidas adotadas pela prefeitura no primeiro ano da pandemia de Covid-19 na tentativa de reequilibrar o sistema de transporte tenham sido eficazes. A informação, agora desmentida categoricamente pela entidade, foi dada pelo ex-secretário adjunto da SMTT Israel Petrus, em depoimento à CPI dos Transportes, na Câmara Municipal, na última terça-feira.

Ao prestar declarações à Comissão Parlamentar de Inquérito, o ex-adjunto disse que a saúde financeira do sistema foi garantida no primeiro ano da crise sanitária graças às medidas compensatórias implementadas pela Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes, como a adequação de toda a operação do serviço. que teria equilibrado oferta e demanda.

Israel Petrus citou ainda o subsídio do Governo Federal e o decréscimo no valor do combustível à época e frisou que as ações adotadas foram suficientes para evitar o risco de déficit.

Mentira deslavada

De acordo com o SET, não procede a afirmação de Petrus de que até o fim da sua gestão, em dezembro de 2020, não havia desequilíbrio no sistema de transporte. Segundo o sindicato que representa as empresas e consórcios que operam as linhas de ônibus na capital, trata-se de uma “mentira total e deslavada”.

O SET afirma, ainda, que caso fosse verdadeira a informação prestada pelo ex-adjunto da SMTT à CPI, o sistema de transporte público de São Luís seria o único no Brasil a operar sem prejuízo na pandemia.

Conforme o sindicato das empresas, a redução de operação citada pelo secretário não foi e não é suficiente para o equilíbrio econômico do contrato. “Esperamos que a CPI busque os dados e chegue à verdade”, enfatizou a entidade.