Não apenas adversários, mas os próprios aliados do prefeito de São Luís insistem, em conversas de bastidores, que ele deverá recuar de entrar na disputa pela sucessão do governador Carlos Brandão

Duas lideranças políticas maranhenses expuseram nos últimos dias impressões pessoais sobre a possibilidade de o prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD) não disputar o Governo do Estado em 2026.
- ex-aliado de Braide, o deputado federal Aluisio Mendes (PRB) já havia falado a políticos e jornalistas que o prefeito não irá disputar o governo;
- a presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), corroborou as impressões de Mendes e reforçou que Braide foi eleito para ser prefeito.
“Nada contra o Braide. Ele nem sequer é pré-candidato. Foi eleito para ser prefeito e é isso que a população espera dele. Mas cada um faz sua escolha política”, declarou Iracema Vale. (Veja aqui)
São dois adversários falando de um possível oponente, o que justificaria o posicionamento crítico e contrário a ele; mas o problema é que a impressão de que Braide não pretende disputar o governo tem sido evidenciada pelos seus próprios – e poucos – aliados.
Este blog Marco Aurélio d’Eça publicou em 7 de abril o post “Brandão e Braide têm a mesma data-chave em abril de 2026…”. O texto mostra que, para ser candidato a governador, o prefeito precisa tomar uma decisão tão difícil quanto a de Brandão.
- O prefeito precisa abrir mão de dois anos de mandato na Prefeitura de São Luís;
- Se perder, ficará ao menos quatro anos sem poder disputar eleições majoritárias.
“Favorito nas pesquisas de intenção de votos, com forte aceitação popular em São Luís e agora controlador do próprio partido, prefeito de São Luís ainda depende da decisão do governador Carlos Brandão para ser candidato”, destaca o post, citando outro, sobre o mesmo tema, intitulado “O paradoxo de Eduardo Braide…”.
O prefeito de São Luís lidera as pesquisas de intenção de votos e já tem capilaridade em todo o Maranhão.
Mas, à medida que se aproxima a hora da decisão, ele mede cada vez mais o tamanho dos desafios.
Talvez por isso, os aliados duvidem de sua entrada na disputa…