Faene reestrutura modelo pedagógico para se adaptar ao “novo normal”

0comentário
Ricardo Carreira é diretor da Faene

Nesta entrevista, o diretor da instituição, Ricardo Carreira, explica as mudanças imprimidas recentemente na instituição e destaca pontos positivos do novo modelo pedagógico, adotado devido à crise sanitária

Com o agravamento da crise sanitária, qual o posicionamento da Faene em relação às aulas remotas?

Ricardo Carreira – A Faculdade de Negócios Faene tem se preparado desde o ano passado para as aulas híbridas, ou seja, aquelas que ocorrem de forma presencial e on-line. Tudo a partir da nossa estrutura e utilizando a plataforma Google for Education, bem como todas as suas dissidências. Todo o processo de transmissão das nossas aulas estava predisposto aos dois modelos. Nós estávamos tendo aulas on-line com a participação de 50% dos alunos presencialmente e a outra metade on-line. É um modelo ao qual nos adaptamos para atender 100% on-line, se for o caso. Hoje, independente de os alunos participarem presencialmente ou não, todas as atividades estão dentro do ambiente virtual.

Como tem sido a experiência para os alunos da Faene, já que discentes de graduação e pós têm mais facilidade de se adaptar ao ensino a distância?

O ensino superior conseguiu se adaptar bem mais rapidamente, com mais desenvoltura. Os nossos alunos das turmas de graduação pediram, mais uma vez, para que trabalhássemos 100% on-line. Sendo assim, alguns professores gravam ou transmitem as aulas diretamente da Faene, enquanto outros o fazem diretamente de suas residências.

Há algum cronograma curricular específico para o período de aulas remotas ou esse processo está vinculado à determinação do MEC, que autorizou o sistema até dezembro de 2021?

Antes de tudo isso acontecer, o MEC já havia determinado que todo e qualquer tipo de aula nas instituições de ensino superior do Brasil poderia ser 50% presencial e 50% on-line. Agora, pelo menos até dezembro deste ano, todas podem ser realizadas de forma on-line ou de acordo com a determinação de cada estado ou município. Se a instituição quiser, ela pode operar 100% on-line. Nós estamos preparados para os dois modelos. O importante é termos essas duas estruturas. Um fato interessante é que, a partir desse novo modelo, acabamos por atrair alunos de outras regiões do Brasil. Hoje, temos alunos de Brasília, de São Paulo, Ceará, Piauí, ou seja, esse universo foi ampliado. A perspectiva é que, em 2022, não abandonemos esse modelo on-line, que continuará coexistindo, com toda a estrutura e tecnologia que ele requer, associado à vivência do ensino presencial tradicional.

Quais os critérios da instituição para assegurar formas de aprendizagem pelos estudantes e o registro detalhado das atividades não presenciais?

RC- Cada ambiente virtual tem seus mecanismos para registro e controle de presença e nós utilizamos o Google for Education, pois a Faene é uma empresa conveniada,. Dentro desse ambiente virtual há todos os controles possíveis. Todas as atividades são repassadas por ele. O aluno faz o registro de sua participação no início e ao término da aula, por meio de um formulário especifico. Todas as atividades são disponibilizadas, com data de entrega, entre outros detalhes. Aliás, esses mecanismos nos possibilitaram um controle maior, bem como uma rigidez também maior.

Houve flexibilidade das formas de avaliação dos estudantes durante a vigência do estado de calamidade pública?

RC – Nós ampliamos as possibilidades de realização das atividades, para diluir mais os pontos. No entanto, os alunos continuam com a responsabilidade de entregá-las dentro dos prazos estabelecidos pelos professores.

Funcionários da instituição continuam trabalhando presencialmente ou alguns estão remotos?

RC – Por força da própria condição sanitária, nós estamos resguardando mais os nossos funcionários. Diante de qualquer sintoma gripal, por exemplo, nós preferimos que eles fiquem em casa. No entanto, há também os mecanismos de trabalho remoto, com acesso ao sistema e participação nas reuniões virtuais. Funcionamos em horários especiais quando não há aula presencial.

Quais os principais protocolos adotados na instituição dentro desse período?

Continuamos adotando horários especiais de atendimento, aferição de temperatura na entrada, obrigatoriedade do uso de máscaras, distanciamento social, álcool em gel, etc. Dentro das salas de aula, temos restrições de distanciamento entre as carteiras, obrigatoriedade do uso de máscaras e álcool em gel.

Quais os principais avanços da Faene de 2020 para cá, apesar da pandemia?

RC – Acho que o grande avanço foi termos entrado de cabeça nesse mundo da tecnologia educacional, pois estamos usando muito mais as ferramentas do que antes. Hoje, usamos mais os games, os aplicativos e formulários, que agregam mais conhecimento. Há ainda o uso mais frequente do YouTube, que serve de suporte nas aulas. O professor não fica mais restrito às apostilas nem a um determinado tipo de material. Não há mais limite e se pode usar todo tipo de material e formato.

Quais as perspectivas de crescimento para os próximos anos?

RC – Nós estamos desenvolvendo um projeto de ampliação da Faene, inclusive tecnológica, para que os alunos participem das aulas de variadas formas. Além disso, abriremos a nossa unidade avançada em Santa Inês, onde teremos um escritório e três cursos funcionando inicialmente. As aulas devem começar em junho. Em um primeiro momento, serão oferecidos os cursos de Gestão de Negócios e Inovação, Auditoria, Controladoria e Finanças e Marketing.

Quais suas considerações finais?

RC – É um momento muito difícil para todos nós, de muita apreensão, do ponto de vista da saúde e da economia. No entanto, uma instituição de ensino como a Faene precisa ter o seu papel cada vez mais potencializado. Em outras palavras: o conhecimento certamente nos abrirá caminhos. Em um momento de dificuldade como este, as nossas perspectivas rodam a partir do nível de competência e habilidade que dispomos. A Faene, com certeza, pode contribuir para melhorar e ampliar essas competências, para que as pessoas tenham condições e alternativas para seguir em frente com seus negócios. Claro, sempre respeitando os protocolos sanitários, uma vez que todos nós precisamos preservar as nossas vidas. Sempre digo que essa situação da pandemia, além dos riscos que corremos, requer uma busca por alternativas e soluções.

Sem comentário para "Faene reestrutura modelo pedagógico para se adaptar ao “novo normal”"


deixe seu comentário

Twitter Facebook RSS