Suplente de Garibaldi vira suplente de Agripino

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O ex-deputado federal João Faustino (PSDB) vive uma situação inusitada. É o único suplente que trocará de senador na próxima legislatura. No Senado desde 15 de julho, quando Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) se licenciou do mandato para se concentrar na campanha para a reeleição, João Faustino comemorou a eleição de outro senador potiguar, o líder do DEM na Casa, José Agripino Maia (DEM), de quem será suplente na próxima legislatura.

“O problema foram as alianças partidárias no estado”, conta Faustino. “Na eleição passada, o PSDB construiu aliança com o PMDB. Daí eu ter sido suplente do senador Garibaldi. Este ano, o PMDB não apoiou nenhuma candidatura ao governo no estado. Nesta eleição, o PSDB fez aliança com o DEM. Coube ao PSDB a indicação do primeiro-suplente. Nessas circunstâncias, continuo como primeiro-suplente”, explica.

O primeiro-suplente de Garibaldi e futuro primeiro-suplente de Agripino diz que a figura da suplência é “indispensável” e a equipara aos postos de vice-prefeito, vice-governador e vice-presidente da República. Crítico da escolha de parentes como suplentes, Faustino defende mudança nas regras para a substituição dos senadores.

“Parente próximo não deveria ser suplente, como mandam as regras contra o nepotismo. Garibaldi teve de demitir um sobrinho que era do quadro de servidores do Senado. Quando há posição explícita do Senado contra o nepotismo, isso deveria valer também para a indicação dos suplentes”, avalia.

Para ele, é preciso que haja clara identidade partidária entre o titular e o suplente. “Eles precisam compor uma verdadeira aliança política. O suplente também deve ter presença eleitoral. Afinal, o que leva à vitória é a votação. A contribuição tem de ser de votos”, afirma o tucano, ex-assessor da Casa Civil no governo José Serra em São Paulo.

Na quinta-feira passada (11), Faustino despediu-se dos colegas no Senado. Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) deve reassumir o mandato esta semana. O discurso não foi de adeus, mas de “até logo”, tal como o pronunciado pelo candidato a presidente, José Serra, ao reconhecer a derrota para a petista Dilma Rousseff. “É realmente uma situação inusitada”, reconhece o suplente de senador.

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