AMBULANTE

7comentários

Maria Rita armava barraca na mureta da Praça Benedito Leite e vendia:
Dois-tão de pernas grossas; duas coxas macias, ancas graciosas e luzidias como as da égua Esmeralda, caso de amor de “seu” Dico.
Cintura de umbigo tufado – culpa da parteira “Dona” Maria José do Bom Parto.
Peitos ainda durinhos, mas já querendo murchar de tanto freguês apalpar.
Pescoço de bailarina, cabelos de espanhola, olhos de moça-virgem e andar de brincar ganzola.
Maria Rita armava barraca e vendia…

7 comentários para "AMBULANTE"


  1. Aninha

    Nome de Santa, descrição de tentação, só não entendo porquê ainda montava a barraca, e só espero que não tenha vendido também seu coração.

  2. Pérola

    Olá Joaquim,
    O que falar desse poema? Leve, doce e charmoso, talvez até…insinuante!! Acho que todos nós deveriamos ter um pouquinho de Maria Rita na alma, para alegrarmos nossas vidas de uma forma gostosa e singela, mas sempre com um toque de sutileza no ar…. Adorei vc Maria Rita!!!!

  3. Ana

    Mais uma vez você deu um show! Este seu texto fala de algo tão pesado, seco, duro e árido, no entanto aborda o tema de forma tão leve, suave, sutil e delicada! Meus parabéns! Duvido que possa aparecer alguém que não goste deste texto, que não sei se chamo de poema ou micro conto.

  4. A. S.

    Incrível!Fantástico!Maravilhoso!Não tenho outras palavras pra traduzir o que senti ao ler seu poema.

  5. Maria

    Péssimo, já foste bem melhor.

  6. julio cesar guimarães

    muito democrático você. posta comentários a favor e contra. muito bem, pode quem quiser discordar de sua literatura ou de sua política, mas não podem desconhecer o seu espírito tolerante.

  7. Itaney Veras

    Gostei muito do seu blog.
    Um abraço,

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