Pós Carnaval

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Passado o carnaval, todas as atenções se voltam ao trabalho.
Enquanto me recupero da folia, posto dois textos para reflexão: o primeiro deles sobre os ensinamentos de Mazarin e o segundo, (uma contribuição recebida de Marize, leitora de meu Blog).

“La pièce retrace les derniers mois de la vie de Mazarin, principal ministre du jeune roi Louis XIV dont il achève la formation de souverain.Colbert use de son influence pour préparer son accession à la surintendance des finances à la mort du cardinal.

– Colbert : Pour trouver de l ‘argent, il arrive un moment où tripoter ne suffit plus. J’aimerais que Monsieur le Surintendant m’explique comment on s’y prend pour dépenser encore quand on est déjà endetté jusqu’au cou…
– Mazarin : Quand on est un simple mortel, bien sûr, et qu’on est couvert de dettes, on va en prison. Mais l ‘Etat… L ‘Etat, lui, c’est différent. On ne peut pas jeter l ‘Etat en prison. Alors, il continue, il creuse la dette ! Tous les Etats font ça.
– Colbert : Ah oui ? Vous croyez ? Cependant, il nous faut de l’argent. Et comment en trouver quand on a déjà créé tous les impôts imaginables ?
– Mazarin : On en crée d ‘autres.
– Colbert : Nous ne pouvons pas taxer les pauvres plus qu’ils ne le sont déjà.
– Mazarin : Oui, c’est impossible.
– Colbert : Alors, les riches ?
– Mazarin : Les riches, non plus. Ils ne dépenseraient plus. Un riche qui dépense fait vivre des centaines de pauvres.
– Colbert : Alors, comment fait-on ?
– Mazarin : Colbert , tu raisonnes comme un fromage ! Il y a quantité de gens qui sont entre les deux , ni pauvres , ni riches… Des Français qui travaillent , rêvant d ‘être riches et redoutant d ‘être pauvres ! C’est ceux-là que nous devons taxer , encore plus , toujours plus ! Ceux-là ! Plus tu leur prends, plus ils travaillent pour compenser… C ‘est un réservoir inépuisable”.

Quer ser socialista?

“Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca reprovou um só aluno antes mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira.Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e ‘justo.’
O professor então disse, “Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas em testes.”
Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam ‘justas.’ Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém repetiria. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um A…
Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam Bs.. Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.
Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos – eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como um resultado, a segunda média dos testes foi D.
Ninguém gostou. Depois do terceiro teste, a média geral foi um F.
As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por ‘justiça’ dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram…
Para sua total surpresa.
O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foram seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado.
“Quando a recompensa é grande”, ele disse, “o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós.
“Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros, sem seu consentimento, para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável.”

O pensamento abaixo foi escrito por ADRIAN ROGERS NO ANO DE 1931 !!!

“É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade.
Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.
O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a.”

Adrian Rogers, 1931

5 comentários para "Pós Carnaval"


  1. Marco Mugnatto

    O texto parte de várias premissas erradas.

    Pra começar, o socialismo não é necessariamente todos terem as mesmas coisas, mas todos terem o mesmo poder de consumo. O socialismo fala de acabar com a propriedade dos meios de produção (máquinas que produzem os meios de consumo), mas não em acabar com a propriedade privada dos meios de consumo (por exemplo roupas e até mesmo carro, se for possível) e cada um consome coisas diferentes. Da mesma forma, uns tiram notas boas em determinadas matérias, outros se dão mais bem em outras matérias.

    Outra premissa errada é falar como se no capitalismo ganhasse mais quem estudou mais ou trabalhou mais. Isso jamais foi verdade. Quanto a estudos (pelo menos os formais), podemos citar alguns dos homens mais ricos do mundo: Michael Dell, Bill Gates e Steve Jobs. Nenhum deles tem curso superior completo. E todos sabemos que geralmente ganham mais os corruptos, os que tem sorte e “ganham na loto”, e os que herdam grandes fortunas, não exatamente os que trabalham e estudam mais. Não é a toa que várias classes de trabalhadores vivem indignadas. Então já vivemos em um sistema que NÃO É ASSIM!

    “Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos”

    No capitalismo se percebe que é bom para o empresário que se gere muito desemprego. Isso torna as pessoas desesperadas por qualquer migalha que consigam, as faz trabalhar mais mesmo aceitando ganhar menos. E quanto mais conformismo no trabalhador, mais o empregador se aproveita para pagar ainda menos. Seria de se esperar que o povo se revoltasse contra essa injustiça, mas não se revolta. Da mesma forma não acho que dê para se ter tanta certeza assim de que a reação perante a igualdade social seria de apatia e vadiagem. Isso é mero achismo. Se for pela pura lógica o capitalismo também não deveria conseguir se sustentar.

    Para mim essa parte do texto, “todos tirarem F”, é prova de que é errada a premissa de que “não precisa trabalhar pois a outra metade irá sustentar”. Não irá, como o exemplo mostra. Logo, as pessoas perceberiam a necessidade de mudarem esse hábito e trabalharem para que algo fosse construído. O capitalismo também é injusto, repito, e mesmo assim se sustenta, logo, não vejo porque outra condição não seria possível.

    Quanto a escola, já que o assunto é esse, no meu ver está demasiadamente errada em sua metodologia. Se ensina as pessoas a decorarem. Você provavelmente vai dizer, por exemplo, que aqueles que eu citei, Gates, Dell, Jobs, não estudaram muito no meio academico mas tem outras habilidades conquistadas por fora, como conhecimento de informática acima da média e também de administração. Por isso mesmo acho que esse ensino para decoreba das escolas e sistema de notas está totalmente equivocado. No meu ver a escola ideal não teria repetencia, por exemplo. A escola devia servir mais para prover acesso aos interesses do aluno, não para obrigar todo mundo igualmente a estudar coisas que jamais serão utilzadas na prática por aqueles que não tem interesse em determinadas matérias. Nesse sentido, a escola é extremamente e injustamente “igualitária” atualmente.

    Pois é. O capitalismo tem outros tipos de “igualdade ruim” também. Por exemplo uma coisa chamada “moda”. Todos devem seguí-la nesta sociedade. Isso é estimulado frequentemente pelos meios de comunicação pois determina o consumismo das pessoas em busca de “estarem na moda”, de seguirem esses padrõesIGUALITÁRIOS de comportamento, que as fazem trocar de celular, por exemplo, só porque o modelo anterior ficou “mal visto”. Na maioria das vezes os benefícios são apenas estéticos. Mas sem o modismo as empresas teriam mais dificuldade em empurrar produtos novos ao consumidor.

    Concordo plenamente que nem toda igualdade e´boa, mas nem toda diferença também. E o sistema atual na verdade tem muita igualdade ruim que precisa mudar, e muita desigualdade também ruim que também precisa mudar. E repito que está longe de ser “a cada um conforme seu trabalho também” como diz a falsa premissa do texto. O capitalismo infelizmente não é assim.

    • jose jorge

      Bem comentado! As observações são totalmente procedentes.
      Obrigado.

  2. Marco Mugnatto

    Pra mim o maior erro é se fechar. “Comunismo é ruim, capitalismo é bom”. Ou vice-versa. Isso tem um nome: fanatismo. A sociedade sempre evoluiu na história, não é agora que deva tudo parar de melhorar.

  3. Caio Rubens Alvim de Carvalho

    Querido Zéjorge,

    Gostaria de dar meus parabéns pelo seu resumo tão bem feito que descreve o local, os atuais lugares “quentes” da cidade, e o modo de vida alegre desta gente que habita este lindo pedacinho de terra do Rio de Janeiro, comprimido entre a montanha e o mar, centro político desta nação quando capital da República, que através de gerações constituídas de pessoas oriundas de todas as regiões do Brasil mescladas com um pouco de cada parte deste planeta foram os ingriedientes essenciais junto com o sol, sal e o verde da mata atlântica resultar no “espírito carioca” de ver e viver a vida.

    Um forte abraço do seu amigo e mineiro de origem, testemunha viva desde 1950, quando passei a morar nesta cidade maravilhosa.

    Caio Rubens A. Carvalho

  4. Alysson Pinheiro

    Muito bom texto, Pós Carnaval, o Adrian Rogers, anteviu em 1931, o que parecia ser óbvio o esfacelamento do Sistema Socialista-Comunista, que aconteceu na União Soviética e leste da Europa há 20 anos atrás.É muito difícil que uma sociedade progrida com a punição do trabalho e idéias, onde mentes brilhante como os citados Bil Gates ou steve Jobs seriam podados.A China que exibe crescimento estrondosos acima 10% há mais de uma década, foi feliz ao ver que o barco do socialismo não ia levá-la lugar nenhum, resolveu pular fora, infelizmente mantendo ainda uma das marcas registradas do comunismo, o Autoritarismo e a falta liberdade. Hoje esse gigante asiatico produz e distibui riquezas em um ano talvez que em todo período comunista propriamente dito, quando milhoes de pessoas morreram de fome no interior do páis. Sem falar da ilha dos Castro que salvo a educação e saúde foi um enorme fracasso, bem nas barbas do Tio Sam, que sabe os americanos não o deixaram intactos para servir de exemplo de Insucesso. O pior de tudo é que depois de tantos exemplos, ainda existe pessoas como o transtornado do Chavez que ainda acreditam nessa hitoria que já desceu pelo ralo da historia, e está levando a vizinha Venezuela ao caos com seu translouco Socialismo Bolivariano, Pobre Venezuela!

    Valeu pelo Texto Zé Jorge, muito bom saber que a baixada é celeiro de pessoas tão cultas como você Parabéns

    Alysson
    São Bento-MA

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