Gustavo Lacombe fala sobre amor nos tempos de likes na 11ª FeliS nesta sexta (17)

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Gustavo Lacombe fala sobre amor nos tempos de likes

Um autor que fala sobre o amor, principalmente em sites e redes sociais, Gustavo Lacombe tem 27 anos e é, em suas próprias palavras, carioca de nascença, jornalista por formação e escritor por prazer. E ele vai ministrar a palestra ‘O amor nos tempos de likes’, no Anfiteatro Beto Bittencourt, nesta sexta-feira (17), às 20h, como parte da programação da 11ª Feira do Livro de São Luís (FeliS). A mediação é da jornalista Talita Guimarães. A FeliS é uma promoção da Prefeitura de São Luís com o apoio do Governo do Estado e vai até o próximo domingo (19).

Lacombe é autor dos livros ‘Destino, acaso ou algo mais forte’; ‘O amor é para os raros’; ‘Depois da meia noite’; e o quarto, que está em fase de pré-venda, ‘Versos que camuflei para poder dizer tudo o que não tenho coragem’.

Às 14h, acontece a oficina ‘Educação, Gênero e Sexualidade’ com os professores Rosyene Conceição Soares Cutrim e Alberto Magno Moreira Martins, na Sala de Multimídia, no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho.

A programação de sexta-feira (17) continua com exposições, rodas de conversa, palestras, contação de histórias, apresentações culturais e lançamentos de livros nos auditórios da Casa do Maranhão e no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, que inclui o Café Literário, o Teatro Alcione Nazaré e a Casa do Escritor, no Cine Praia Grande. Acesse a programação completa: feiradolivrodesaoluis.com.br/.

A MULHER NO REGGAE

A presença feminina no reggae e como o ritmo influencia na formação da identidade do maranhense foram temas de palestras no Auditório 2 (Úrsula), na Casa do Maranhão, na Praia Grande. Às 15h30, da quinta-feira (16). A jornalista e pesquisadora Karla Freire ministrou a palestra “A mulher no reggae”, apresentando um pouco da pesquisa que fez para o mestrado em Ciências Sociais. Ela discutiu a participação feminina no reggae no Maranhão, que é dominado pelos homens, representando um microcosmo da sociedade patriarcal, onde impera muitos machismos.

“Todas as cantoras, produtoras culturais e DJs entrevistadas durante a pesquisa relatam que sempre a competência delas é posta em xeque por homens que atuam na área. Eu, como pesquisadora, senti isso. Quando estava em campo, fui vista como uma estranha, branca, de classe média, uma mulher que estava querendo falar sobre reggae”, compartilhou Freire.

A pesquisadora explica que a cantora e compositora Célia Sampaio, na década de 90, iniciou o movimento que fez despontar uma geração de mulheres de destaque no reggae como cantoras e DJs, nos anos 2000. “Hoje em dia temos várias representantes. Uma das mais recentes é a Núbia Rodrigues, que é bem jovem, 22 anos, negra, do Cohatrac. Ela faz letras de protesto, sobre racismo, condição social e empoderamento feminino”, destacou.

Freire pontuou que a palestra é importante para o público jovem entender porque o reggae é tão importante em São Luís, o que ele significa, a quem interessa o seu sucesso e porque é mais forte na periferia. Além disso, é importante para refletir sobre as temáticas da violência contra a mulher e o feminicídio, que estão em alta.

Antes o reggae era muito menosprezado pelas elites, acrescentou a pesquisadora. Mas, com o passar dos anos, o movimento foi crescendo nas periferias e também se espalhou pelas classes médias. “Hoje, São Luís é reconhecida pelos meios de comunicação de massa assim como pelos aparatos governamentais como a capital brasileira do reggae. Não foi uma coisa imposta de cima para baixo. Pelo contrário, foi uma coisa que a população se identificou e me parece que quem domina a sociedade teve que aceitar. Daí a importância de entender que o maranhense sim se identifica com o reggae, que é essencial para a cultura da nossa cidade”, enfatizou.

A professora de Língua Inglesa e ex-secretária de cultura do município de Bacabal, Cristina Miranda, assistiu a palestra e disse que curte as grandes radiolas de reggae desde sua adolescência, porque as letras normalmente pregam a paz, a resistência e a igualdade social. “O reggae significa identidade e espaço de resistência, sobretudo de resistência negra. Por isso que o reggae é muito forte no Maranhão e eu, enquanto professora de Língua Inglesa, levo letras para os alunos em sala de aula, sobretudo de Bob Marley para que a gente possa traduzir e ver o que que a música está passando”.

Miranda também afirmou que está sinceramente encantada com a FeliS porque é uma forma de despertar a leitura e permitir o acesso ao teatro e outras atividades lúdicas. Ela defende que a Feira desperta a compra de livros em uma época que a internet e as redes sociais estão em alta. “Acho que este evento poderia ser duas vezes por ano. Fica uma dica para que as escolas comecem a pensar em feirinhas, para levar esse ambiente para as comunidades porque o que a gente precisa mesmo é de leitura”, sugeriu.

Seguindo a mesma linha de discussão, às 17h, também no Auditório 2, foi a vez de Waldinei Silva, do Prof. Dr. Carlos Benedito (UFMA) e de Ademar Danilo (SECTUR) falarem sobre “Reggae. A construção da identidade contemporânea do maranhense”, com mediação de Cláudio Adão (GDAM). Para fechar com chave de ouro, o cantor de reggae Dub Brown e o DJ Andrezinho Vibration agitaram a massa regueira no espaço Praça do Reggae, no Centro Histórico, a partir das 21h.

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